segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Sorriso divino para a resistência ordeira à autoridade abusadora

Capela do Convento da Luz
Capela do Convento da Luz
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Na proximidade do Natal de 1974, o prof. Plinio Corrêa de Oliveira publicou um comovedor relato de um drama que se encerrou com um sorriso natalino.

O caso aconteceu em São Paulo, mais precisamente no famoso Convento da Luz.

E teve a participação de Santo Antônio de Sant'Ana Galvão, também chamado como São Frei Galvão.

O artigo original leva o título “Resistência na São Paulo colonial” pois nos fala da resistência das corajosas freiras conceicionistas que na época sofreram uma iníqua proibição.

Nestas proximidades do Natal, o tema – por seu essencial cunho religioso – vem especialmente a propósito.

Haviam cessado em junho de 1775 as funções de capitão-general do famoso Morgado de Mateus, D. Luís Antônio de Sousa Botelho e Mourão.

Governara este com sabedoria, firmeza e bondade a Capitania paulista.

Sucedeu-lhe imediatamente nas funções Martim Lopes Lobo de Saldanha, sob cuja férula São Paulo veio a passar oito anos de despotismos e arbitrariedades.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Comuno-indigenismo sacrílego na Argentina

O sacrário profanado e Nossa Senhora pichada por 'movimento social' com apoios no governo e no Vaticano
O sacrário profanado e Nossa Senhora pichada
por 'movimento social' com apoios no governo e no Vaticano
Luis Dufaur
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Autodeclarados “índios mapuches” depredaram sacrilegamente a paróquia de El Bolsón, no departamento argentino de Bariloche, estado de Rio Negro.

Eles prenderam e surraram o pároco durante uma hora, até saírem cantando na maior das impunidades, segundo noticiou “Clarín”.

Em número de 12 os “mapuches” escondiam seus rostos com máscaras e exibiam roupas esporte para esportes invernais. Eles tomaram a igreja consagrada à padroeira do país Nossa Senhora de Luján.

Picharam grosseiramente a imagem dEla, de Cristo e dos santos, quebraram a mobília sagrada, altares e imagens. Por fim violaram o sacrário e profanaram as hóstias.

O “movimento social” reclama a expulsão dos “brancos” da bela Villa Mascardi, estabelecida como local de feiras num aldeamento fundado pelo missionário jesuíta Nicolás Mascardi no século XVII junto a um lago do departamento de Bariloche.

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Nova onda de esquerdismo com pitadas de Satanás

Manifestantes da nova onda de esquerda incendeiam  igreja de São Francisco de Borja, no centro de Santiago do Chile
Manifestantes da nova onda de esquerda incendeiam
igreja de São Francisco de Borja,
no centro de Santiago do Chile
Luis Dufaur
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A Bolívia no rumo chavista


Evo Morales era procurado pelo Ministério Público boliviano por sedição, terrorismo, crimes contra a saúde e genocídio (“Le Monde”, 18-12-19 e 11-8-20).

Acabou foragido na Argentina, onde recebeu de Fernández recursos para eleger presidente da Bolívia “seu” economista Luis Arce.

Tendo sido eleito, Arce passará a servir Morales na presidência, da mesma forma como Fernández serve a Cristina Kirchner.

Bloqueios de estradas promovidos pelo MAS (partido de Evo Morales) são responsabilizados pela morte, em apenas uma semana, de 31 doentes de covid-19, por falta de oxigênio.

A presidente da Bolívia, Jeanine Áñez, denunciou na ONU o governo de Buenos Aires por amparar uma conspiração “violenta” e exercer “um assédio sistemático e abusivo contra as instituições e valores” de seu país (“La Nación”, 24-9-20).

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Esquerdas se articulam e contra-atacam nas Américas

Juan Grabois, líder das invasões de propriedades, em calido abraço com Papa Francisco
Juan Grabois, líder das invasões de propriedades,
em cálido abraço com Papa Francisco
Luis Dufaur
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“A oposição achou o método da demonização absoluta, ao dizer que iríamos nos tornar como a Venezuela”,
disse o presidente argentino Alberto Fernández, lamentando o imenso erro cometido ao tentar expropriar Vicentín, a multinacional argentina do agronegócio.

Em seguida recordou uma frase do Papa Francisco, a quem deve a sua eleição: “O caminho do ódio não conduz a parte alguma”.

Atribuiu esse ódio ao povo e inocentou o seu partido.

Pouco depois voltou à carga contra as propriedades e contra os bolsos dos particulares.

O nosso continente quer ver-se muito longe da onda revolucionária populista, mas Fernández pretende encarnar um novo estilo no contra-ataque empreendido por ela.

Qual a característica principal desse contra-ataque? Ao que tudo indica, consiste em usar uma máscara de moderado.

Ungido pelo Papa Francisco, ele finge um esquerdismo mitigado.

Deixa o trabalho sujo e antipopular à sua vice-presidente Cristina Kirchner, que vai restituindo o poder aos agentes populistas.

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

O maior êxodo da história latinoamericana

Num ponto de fronteira do Brasil com a Venezuela
Num ponto de fronteira do Brasil com a Venezuela
Luis Dufaur
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A enxurrada de migrantes venezuelanos nos últimos anos é um fato sem precedentes na América Latina, explicou em entrevista ao “Clarín” Juan Carlos Murillo, Representante Regional para a América Latina do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).

Mais de 5 milhões de pessoas que saíram do país caribenho saturando os sistemas migratórios dos diversos Estados.

Atualmente existem cerca de 174.000 venezuelanos com status de imigração na Argentina, o país sul-americano que está mais longe do Caribe.

A situação na Venezuela provocou o maior êxodo da história contemporânea da região, disse o representante da ACNUR.

É sem dúvida o maior drama migratório do continente bem chamado pelos Papas de “continente da esperança” por todas suas potencialidades católicas.

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Socialismo de Maduro é “culpado de graves crimes”, diz ONU

Repressão socialista ostenta crueldade.
Repressão socialista ostenta crueldade.
Luis Dufaur
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Uma missão internacional da ONU para investigar a situação dos direitos humanos na Venezuela concluiu que o presidente Nicolás Maduro e seus ministros do Interior e da Defesa estão envolvidos em graves crimes cometidos pelas forças de segurança do país, noticiou “Clarín”.

O relatório divulgado pela Missão oferece extensa informação “que mostra que as autoridades do Estado – tanto a nível presidencial como ministerial – exerceram poder e supervisão sobre as forças de segurança civil e militar e as agências identificadas como perpetradores das violações e crimes documentados”.

“A Missão tem motivos razoáveis para acreditar que tanto o Presidente como os Ministros do Interior e da Defesa contribuíram para a perpetração dos crimes documentados neste relatório”, concluiu a investigação.


As graves violações de direitos humanos denunciadas foram perpetradas em operações realizadas por todas as entidades de segurança do Estado na Venezuela. O número das execuções extrajudiciais perpetradas pelas forças do regime superaria os 2.000 de janeiro até agosto de 2020.

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Brasil: a Arca de Noé do Século XXI?

Desgastada calúnia: o Brasil está acabando com a Floresta Amazônica
Desgastada calúnia: o Brasil está acabando com a Floresta Amazônica






Tantos são os problemas que assolam o Brasil e o seu povo que se torna difícil traçar uma unidade descritiva desse circo de horrores em que a esquerda pretende transformar nosso País.

Na verdade, ela quer tocar fogo no circo e permanecer imune e impune.

Literalmente, quer ver o circo pegar fogo, ou pelo menos a Amazônia em chamas…

Comecemos por ver e analisar as desgastadas calúnias de que o Brasil está acabando com a Floresta Amazônica.

Os focos de queimadas podem ser decorrentes da técnica milenar da coivara utilizada na limpeza de pastagens ou na preparação de roças para o plantio de pequenos produtores.

Ou até mesmo de festas juninas.

Mas, em todo caso, as queimadas diminuíram em relação a 2019 segundo dados coletados pela Embrapa Territorial e divulgados em 17-8-20.

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Covid reforçou mercado negro do PC cubano


Luis Dufaur
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Em tempo normal, o Estado cubano promete carne bovina às crianças de até 7 ou até 13 anos, dependendo da região. O drama é que a carne não chega e as famílias precisam procurá-la fora da lei. Tudo piorou com o coronavírus.

A médica Dra. Yasmín [os nomes foram alterados para proteger a identidade] só recebeu a entrega subsidiada de março, pouco antes da pandemia. Tampouco conseguiu no mercado negro ou nos camelôs que oferecem meio quilo por dois dólares, preço alto para a miséria geral, conta longa reportagem do “Clarin”.

E a Dra vive em Camagüey, a maior província de Cuba com melhores rendimentos de gado. Nem perto do Matadouro de Nueva Paz se consegue: vai tudo para o mercado negro.

Todos os dias, alguns casais de bolsa e mochila montam em um caminhão. Eles giram o dia todo descendo em cada povoamento para ver se há algo à venda.

A corrupção do governo está ligada à venda de alimentos básicos no mercado negro. Procurar “carne vermelha” é punido por lei com pesadas multas e perda da carteira de motorista. Mas ali entra a máquina da corrupção do Partido comunista.

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

No Covid Cuba exportou: mas não foi saúde

Covid foi usado para promover o comunismo a pretexto de saúde
Covid foi usado para promover o comunismo a pretexto de saúde
Luis Dufaur
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Assim que tomou corpo a pandemia, o governo argentino, aliás como outros latino-americanos, falou em trazer médicos cubanos, embora sem se saber sequer se são profissionais.

Qual é a causa do fascínio que exerce Cuba como centro até da medicina, quando sus práticas são uma fraude, perguntou o escritor Carlos Manfroni em “La Nación”.

Cuba é como um ídolo adorado pelo eixo bolivariano, do qual sublinha que exporta saúde para América toda, enquanto deblatera contra os governos de tendência oposta.

Um dos muitos exemplos que dá Manfroni, é José Miguel Insulza, então secretário geral da OEA, que quase implorou que Cuba voltasse à organização, não muito depois de Fidel Castro o ter tratado de “bobinho”.

Por fim, o tirano recusou o convite feito de joelhos, acrescentando toda espécie de injúrias à OEA, observou Manfroni.

Em 16 de abril de 2001, no 40º aniversário da proclamação do comunismo cubano, Fidel Castro garantiu que “sem o socialismo, Cuba não seria um país em que, durante 42 anos, não se conheceu a repressão e a brutalidade policial, tão comuns na Europa”.

Venezuela: fome, hiperinflación, e pandemia sem tratar

Homem come do lixo em Caracas
Homem come do lixo em Caracas
Luis Dufaur
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Morei alguns meses em Caracas na década dos ’70. Difícil transmitir a sensação de distensão e facilidades de vida, abundância de importados e excesso de dólares.

No ano que eu cheguei o governo fechou o orçamento com um excedente de dez bilhões de dólares, valor que deveria ser corrigido bem para acima na cotação atual.

Ninguém se queixava economicamente de nada em todas as categorias sociais. Todo o mundo comprava importados nos supermercados, enquanto a reforma agrária nacional destruía a fonte de alimentos do país.

Havia fabulosa produção de petróleo, cotação internacional muito alta e muita alegria de viver. Quando li o que eu vou comentar levei um choque de não acreditar.

É que segundo reportagem de “Clarín”, “a classe média desapareceu da face da potência petrolífera do Caribe, a Venezuela”. Os ricos já fugiram do país, só ficam nadando em ouro a seita socialista e seus teólogos libertários.

A reportagem continua: “96% das famílias caíram para abaixo do nível de pobreza, sendo que 79% do total mergulhou no subsolo da pobreza extrema, agora agravada pela pandemia de coronavírus”.

Os dados são da Pesquisa sobre Condições de Vida (ENCOVI) 2019-2020 apresentados pelas principais universidades da Venezuela, lideradas pela católica Andrés Bello (UCAB).

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Argentina não quer esquerda nem com pretexto de Covid

O brado pela Propriedade Privada nunca se ouviu tão forte
O brado pela Propriedade Privada nunca se ouviu tão forte
Luis Dufaur
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A paralisação econômica induzida pelo isolamento para cortar o contágio de coronavírus criou graves complicações para as empresas privadas argentinas.

Vítima delas figura um gigante do agronegócio nacional: a empresa Vicentín, quarto maior exportador de produtos agropecuários do país que comercializa a produção de milhares de produtores agrícolas.

A empresa solicitou uma concordata que ficou nas mãos da Justiça. O momento foi explorado pelo presidente Alberto Fernández, de mal disfarçadas tendências bolivarianas, para expropriá-la com um brusco golpe de caneta.

Seus representantes ingressaram a viva força na diretoria da Vicentin, expulsando os donos, desrespeitando as negociações presididas pela Justiça, os legítimos interesses dos credores e das inúmeras cooperativas agropecuárias atingidas pelo caso.

O brutal procedimento confiscatório lembrou imediatamente as violências socialistas do regime da Venezuela.

E a Argentina toda entrou em ebulição com manifestações populares de grande importância nas cidades que giravam em volta da atividade da Vicentin, narrou “La Nación”.

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Nicarágua: médicos lidam com o Covid sob o terror esquerdista

Os ditadores só aparecem  nos grafitti das ruas de Nicáragua
Os ditadores só aparecem  nos grafitti das ruas de Nicáragua
Luis Dufaur
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Na Nicarágua o pessoal médico enfrenta heroicamente a pandemia, mas o sistema de saúde pública foi afundado pelo chavismo e num ambiente de terror trabalha para esmagar qualquer dissidência, descreveu reportagem de “La Nación” de Buenos Aires.

Os corredores dos hospitais estão empapelados com propaganda política, fotos de “heróis e mártires” sandinistas, do presidente Daniel Ortega e da vice-presidente Rosario Murillo, que parecem espionar como o Big Brother da conhecida novela “1984”.

Do lado de fora, nas delegacias e ministérios ondeja a bandeira vermelha e preta do partido governante.

“Lá dentro tudo é secreto”, disse a anestesista Maria Nela Escoto, despedida com mais uma dúzia de médicos especialistas por criticar o tratamento da pandemia por parte do governo.

Ortega alentou o povo a viver de forma “normal”. O governo só contabilizava 83 mortes e 2500 casos confirmados, quando o Observatorio Ciudadano, uma rede de médicos independentes, falava de 2087 decessos e pelo menos 7402 casos suspeitos.

A polícia faz “enterros expressos” pelas noites em cemitérios vigiados.

Durante quase três meses o pessoal sanitário ficou proibido de usar o material especifico contra a epidemia “para não alarmar'' os pacientes.

A Dra. Escoto foi expulsa do hospital Lenin Fonseca porque assinou junto com quase 600 médicos, uma carta pública pedindo equipamentos de proteção para os trabalhadores da saúde em hospitais públicos.

As expulsões foram ordenadas pelo Dr. Gustavo Porras, líder sindicalista que é deputado e presidente sandinista do Parlamento de Nicarágua.

O oncologista pediátrico Gustavo Méndez ficou atendendo em sua casa após ser expulso do Hospital de Niños porque defendeu uma quarentena que o governo bolivariano não gostava
O oncologista pediátrico Gustavo Méndez ficou atendendo em sua casa
após ser expulso do Hospital de Niños
porque defendeu uma quarentena que o governo bolivariano não gostava
Os médicos banidos contam que não se pode “filtrar informação” sobre o que acontece nos hospitais. E quem o faz “é posto imediatamente na rua”.

Nem os jornalistas podem ingressar nos centros de saúde e se tentam se aproximar com câmaras são detidos pela Polícia ou ativistas do governo.

“Os trabalhadores da saúde estão desanimados e têm medo. Temem se contagiar e perder o emprego”, disse o médico Fernando Rojas, anestesista também demitido do hospital Bertha Calderón.

Rojas foi admoestado várias vezes por pedir máscaras e luvas para os funcionários.

“A subdiretora do hospital, Ana Lídia Ortiz, vigia pessoalmente os médicos e os fotografa nos corredores. Faz trabalho de espião”, garante o médico.

A principal oncologista, Indiana Talavera, foi removida há três meses por solicitar máscaras. “Isso fez desabar o serviço de oncologia”, lamentou.

As autoridades de saúde recusaram atender a manifestantes oposicionistas feridos pela Polícia, registrou a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) que contabilizo 328 mortos e mais de 2.000 feridos nos protestos.

No hospital infantil Vélez Páiz um vigia “tirou a máscara da cara de um médico”', contou Rojas.

Dos 800 empregados do hospital Bertha Calderón, 250 foram enviados “em repouso” a suas casas, com sintomas de coronavírus.

Até 1º de julho morreram por coronavírus pelo menos 38 médicos, 22 enfermeiros e 11 funcionários administrativos.

Para reduzir as cifras oficiais do Covid-19, o governo ordena registrar os decessos como pneumonia atípica, infarto ou simplesmente paro respiratório.

Hospitais lotados, médicos punidos, doentes desaparecido, ninguém acredita nos números do governo bolivariano
Hospitais lotados, médicos punidos, doentes desaparecido,
ninguém acredita nos números do governo bolivariano
Álvaro Ramírez, ex-diretor de Epidemiologia do ministério de Saúde, revela que o regime chavista de Ortega “disfarça de pneumonia as mortes por Covid-19''.

O ministério de Saúde deixou de publicar seus relatórios epidemiológicos semanais e o governo não atende à imprensa.

Até simpatizantes de Ortega foram demitidos por manifestarem solidariedade com seus colegas banidos, como foi o caso da ginecologista Maria Isabel Selva.

“Atingimos níveis de repressão e vingança até contra o pensamento”, escreveu o pediatra oncologista Fulgêncio Báez, que apoiou os sandinistas nos anos 80.

O Dr. Adán Alonso atendia voluntariamente aos pacientes de Covid-19 recusados nos hospitais de León e Chinandega. Pelo seu sacrifício altruísta era chamado de “o doutor do povo”.

Ele morreu de coronavírus e a polícia bloqueou seus funerais com tropa anti-distúrbios, perseguiu os carros que participaram da procissão fúnebre e confiscou as bandeiras nacionais que as filhas do médico morto levavam em sinal de protesto.



segunda-feira, 6 de julho de 2020

Venezuela: Rússia e Irã provocam EUA por petróleo

Lavrov apoia Madura contra os EUA
Lavrov apoia Madura contra os EUA
Luis Dufaur
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O Departamento do Tesouro americano sancionou a empresa Rosneft Trading S.A., filial da petroleira estatal russa Rosneft, por trabalhar a favor da ditadura de Maduro na Venezuela.

“Os EUA estão decididos a impedir o saque da riqueza petrolífera da Venezuela pelo regime corrupto de Maduro”, disse o secretário do Tesouro dos EUA, Steven T. Mnuchin — noticiou a BBC.

Com efeito, o governo dos EUA acabava de renovar seu apoio ao presidente constitucional Juan Guaidó com uma ovação no Congresso, além de uma reunião com o presidente Trump na Casa Branca.

Por sua vez, Maduro recebia em Caracas a visita de Serguei Lavrov, o ministro de Exteriores russo. Foram dois golpes de cena que, segundo o The New York Times, “não foram coincidência”.

Lavrov chegou a Caracas logo depois da visita de Guaidó a Washington e do giro do secretário de Estado Mike Pompeo por antigas repúblicas soviéticas que Moscou considera sua área de influência.

O porta-voz de Lavrov em Caracas garantiu que a visita visava “contrabalançar as sanções” dos EUA.

Petroleiro iraniano desembarca combustíveis na Venezuela
Petroleiro iraniano desembarca combustíveis na Venezuela
A Rosneft é uma das “empresas estratégicas” do Estado russo e seu diretor, Igor Sechin, é membro da Nomenklatura, gozando da máxima confiança de Putin.

A Rosneft foi a única companhia energética a não ser expropriada pelo governo chavista ou que abandonou o país enquanto a produção petroleira desabava.

Para o regime de Maduro, a Rosneft é tão importante como o fornecimento de armamento e sistemas de defesa, sentimento partilhado pelo Kremlin.

Hoje a Rosneft controla várias jazidas vitais do país, onde opera em sociedade com a estatal venezuelana PDVSA.

Os EUA tentam bloquear as exportações de Caracas, mas a Rosneft continua comprando o óleo venezuelano e fornecendo um salva-vidas à ditadura.

A Rosneft alega que recebe petróleo venezuelano como pagamento de dívidas.

É mero pretexto, pois a Rosneft consegue assim administrar entre 60%o e 70% das exportações venezuelanas.

O povo padece fome, mas o governo chavista está pagando sua imensa dívida ao regime do Kremlin, o qual mantém o povo russo subalimentado.

O economista Ramiro Molina, ex-diretor de algumas das mais importantes empresas venezuelanas do setor, acredita que a dívida será totalmente paga este ano.

Qual será então o novo pretexto? Se os venezuelanos estão no fundo da miséria, os russos não passam muito melhor.

Então, para onde vai toda essa riqueza?

“Eles carregam o óleo na Venezuela e o transportam até a Índia e Singapura, onde o transferem no mar para petroleiros que seguem para a China”, explica o economista.

Marinha de guerra venezuelana da espalhafatosa cobertura a navios tanque iranianos.
Marinha de guerra venezuelana da espalhafatosa cobertura a navios tanque iranianos.
A China evita se comprometer com a Venezuela e a Rosneft colhe os benefícios pela distribuição em condições muito vantajosas: 15 ou 20% a mais, pelo risco das sanções americanas.

Muitos petroleiros desativam seus sistemas de localização para que seu operar ilícito não possa ser acompanhado.

Também o governo venezuelano recebe euros em dinheiro vivo, que agora começaram a circular em Caracas.

Maduro teria recebido assim entre seis e sete bilhões de dólares por exportações petrolíferas, apesar das medidas de Washington.

A Venezuela, outrora um dos maiores produtores e exportadores de petróleo, possuindo ainda as maiores reservas conhecidas, vive numa situação dramática em matéria de combustíveis.

A empresa americana Baker Hughes informou no dia 8 de junho de 2020 que o país só tem uma perfuradora extraindo petróleo. É menos do mínimo histórico da petrolífera estatal (PDVSA), informou “El Universal” de Caracas.

A administração não fornece mais informações. O mínimo histórico foi em 2003, quando greves deixaram ativas apenas 17 perfuradoras, que em 1999 eram 200.

Francisco Monaldi, diretor do Centro Internacional de Energía y Ambiente del Instituto de Estudios Superiores de Administración (IESA), escreveu nas redes sociais que “a produção de petróleo da Venezuela atingiu os níveis dos anos 30, portanto de há quase um século”.

“A produção continuará caindo”, advertiu. Os “milagres” infernais do socialismo não param — completa.

Pelos dados da OPEP, só no mês de maio [2020] a Venezuela passou da 111ª posição para 115ª no ranking do Índice de Transição Energética 2020 do Foro Econômico Mundial.

A ditadura populista, com o aval russo, obteve que o Irã lhe enviasse cinco petroleiros com combustíveis para sobreviver.

Clavel, último petroleiro que chegou a Venezuela
Clavel: último petroleiro que chegou a Venezuela
O último deles ingressou no dia 1º de junho de 2020, escoltado por naves de guerra venezuelanas, noticiou “El Universal”.

O petroleiro “Clavel”, o quinto a chegar carregado de combustível, completou um total de 1,5 bilhões de barris de gasolina e substâncias para regular a octanagem do carburante, levados primeiro pelos cargueiros “Fortune”, “Forest”, “Petunia” e “Faxon”.

Nicolás Maduro multiplica os métodos para apertar o racionamento, tendo limitado o consumo a 120 litros mensais para veículos particulares e 60 litros para motocicletas.

Mas com a condição de que o cidadão esteja cadastrado num órgão especial do governo, denominado “plataforma Pátria”.

Quem precisar de mais deverá recorrer a postos que vendem o litro por 0,50 dólares, um preço inaccessível para a maioria dos venezuelanos.

O transporte público e de carga terá um subsídio de 100% nos próximos 90 dias, depois tudo dependerá de “uma mesa de diálogo”.

O Irã, por sua vez, como desafio aos EUA, confirmou que enviará mais carregamentos, pois tanto ele quanto a Venezuela estão sancionados pelo gigante americano.

O desabastecimento de combustíveis e o colapso da produção são atribuídos pelos especialistas à corrupção e a decisões desastradas da petrolífera estatal.

O governo abriu portas extrajurídicas a “importadores privados” para vender gasolina a preços dolarizados, sem explicar quem são nem se houve as licitações obrigatórias por lei.

O auxílio foi tão decisivo que o ditador Maduro viajará ao Irã – outrora concorrente no mercado mundial – para agradecer pessoalmente aos petroleiros de gasolina, “tão logo seja possível, pelas condições sanitárias do Irã e da Venezuela”, declarou na única TV – a oficial – que resta, acrescentou “El Universal”.

A referência às condições sanitárias parece ser uma situação desesperadora que atinge os dois países.

Premente ajuda humanitária iraniana a Venezuela
Premente ajuda humanitária iraniana a Venezuela
O Irã beira os 200.000 contágios e 10.000 mortes, enquanto a Venezuela apresenta números falseados, estando seu sistema médico e o fornecimento de serviços públicos — como água potável, coleta de lixo e esgoto — numa decadência atroz, talvez só superada por Cuba.

Por isso foi comemorado o lote de insumos médicos chegados do Irã para combater o Covid-19, segundo “El Universal”.

Diversos kits e equipamentos médicos foram saudados no aeroporto internacional de Caracas pelo presidente da Comissão de Alto Nível Irã-Venezuela e pelo embaixador iraniano Hojjatollah Soltani.

O embaixador exultou com a chegada dos navios com combustíveis e dos materiais contra o coronavírus, pois “demonstra que enquanto nossos inimigos tentam nos sancionar (...) o Irã, a Venezuela e muitos povos revolucionários do mundo nos fortalecem com solidariedade”.

Na carência, na ditadura e na doença, é claro.


segunda-feira, 22 de junho de 2020

“Infectadura”: denúncia de 300 cientistas argentinos

Malgrado quarentena, panelazos soaram por toda Argentina contra a 'infectadura'.
Malgrado quarentena, panelazos soaram por toda Argentina contra a 'infectadura'.
Luis Dufaur
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Trezentos cientistas, intelectuais e jornalistas denunciaram a manipulação governamental argentina da quarentena obrigatória para criar uma “Infectadura”, ou ditadura socialista dissimulada de luta contra a epidemia, noticiou a imprensa portenha.

Os cientistas líderes procedem do CONICET (Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas) – o maior instituto científico oficial do país platino. https://www.conicet.gov.ar/

O principal indiciado é o presidente Alberto Fernández, de tendências chavistas mal dissimuladas. A extensão da quarentena com base em critérios políticos e o modo como está sendo aplicada fornecem a base da acusação.

Para o texto completo e a lista dos assinantes

A carta aberta intitula-se “A democracia está em perigo” e diz, entre outras coisas: “Nenhum país estava preparado para a pandemia, mas a primeira reação do Estado argentino foi negar a existência do problema, apesar das advertências de um setor independente da comunidade científica e política”.

Vicentin quarta maior exportadora do agronegócio expropriada pela 'infectadura'.
Vicentin quarta maior exportadora do agronegócio expropriada pela 'infectadura'.
Aliás — comentamos —, reação semelhante à do ditador chinês Xi Jinping diante do início da pandemia em Wuhan.

A denúncia ainda afirma que “o presidente Fernández anunciou ter iniciado ‘a hora do Estado’. A frase (...) descreve um fenomenal avanço na concentração do poder para eludir qualquer tipo de controle institucional”.

“Em nome da saúde pública, uma versão aggiornata da ‘segurança nacional’, o governo achou na ‘infectadura’ um relato legitimado por especialistas (...) ignorantes das consequências sociais de suas decisões” — acrescenta o documento.

“Nestes dois meses, houve dezenas de milhares de presos e milhões de punidos em nome de sua própria saúde. (...)

“Estados e cidades que se fecharam como condados medievais. Aulas suspensas, doentes que não podem continuar com seus tratamentos, famílias separadas, mortos sem funerais e, agora, a militarização dos bairros populares”.

“O desdém pelo mundo produtivo não tem precedente com a consequente perda de empregos, o fechamento do pequeno comércio, de empresas e o aumento da pobreza.

“Os créditos (...) e a assistência das pequenas e médias empresas foram táticas publicitárias”, advertem.

Presidente Fernández nega, mas ninguém acredita ele vai no rumo ao precipício de Maduro.
Presidente Fernández nega, mas ninguém acredita ele vai no rumo ao precipício de Maduro.
O documento conclui que “a democracia está em perigo. Possivelmente como nunca, desde 1983 [golpe militar].

“O equilíbrio dos poderes foi desmantelado. O Congresso funciona sem continuidade e a Justiça (...) autoexcluiu-se da conjuntura do país”.

Como cientistas, acadêmicos, profissionais e agentes culturais, os signatários manifestam preocupação e apelam para grupos e organizações da sociedade civil, partidos políticos, sindicatos, formadores de opinião e meios de comunicação independentes a fim de redobrar a atitude crítica e vigilante em relação ao poder governamental.

No texto, eles exigem um plano para sair dessa situação anormal. E concluem que a sociedade argentina se mostrou responsável na hora de enfrentar a ameaça da pandemia, cumpriu com as normas, os conselhos sanitários e foi respeitosa da lei e de seus representantes.

É hora de o presidente fazer o mesmo — conclui.


segunda-feira, 15 de junho de 2020

Cuba, “a Revolução está perdida”

Miséria e desinteresse pela Revolução em Havana.
Miséria e desinteresse pela Revolução em Havana.
Luis Dufaur
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O povo cubano não acredita mais no tal futuro melhor, prometido desde a implantação da Revolução comunista na ilha, conclui longa reportagem do “The New York Times Weekly International”.

Exemplo paradigmático é o de Caridad Limonta, militante de alto escalão no Partido Comunista, além de ter sido vice-ministra da indústria ligeira.

Ela devotou uma fé absoluta à Revolução, e acreditou que F. Castro acabaria com as desigualdades e criaria uma nova e próspera Cuba.

Quando jovem foi enviada a uma universidade soviética num transatlântico lotado de alunos cubanos, todos padronizados, vestidos com as mesmas roupas e utilizando as mesmas malas.

Voltando à Havana em 1981, aplicou o que tinha apreendido na Rússia, e teve de fechar os olhos para os defeitos do regime.

Assim, chegou a vice-ministra, ademais de ter ocupado postos influentes no Partido. Mas ficou espantada ao ver dezenas de milhares de cubanos –los balseros – arriscando suas vidas para fugir da ilha, outrora Pérola das Antilhas.

Cada dia, ela percebia a Revolução envelhecer. As contradições entre a realidade e as promessas se tornaram incontornáveis.

Os hospitais horrivelmente deficientes, paralíticos aguardavam meses e até anos por uma cadeira de rodas.

Caridad Limonta deixou o Partido Comunista e virou 'microcapitalista' costurando berços com restos de serviços de cama dos hotéis para estrangeiros.
Caridad Limonta deixou o Partido Comunista e virou 'microcapitalista'
costurando berços com restos de serviços de cama dos hotéis para estrangeiros.
Os equipamentos hospitalares se desfaziam de podres, não havia remédios, enquanto médicos e enfermeiras viviam de subornos.

Quando ela completou 48 anos de idade teve de ser levada com urgência ao hospital que lhe designou a planificação socialista, na sua cidade Guanabacoa.

Vendo-a em estado grave, os médicos a transferiram para o principal centro de cardiologia de Cuba.

Recebeu o marca-passos de que necessitava, mas só porque tinha um alto cargo na ditadura. A cirurgia à qual foi submetida lhe causou uma infecção quase mortal que a deixou marcada para a vida toda.

Com isso, renunciou ao emprego, à militância no Partido, devolveu o carro que lhe o Estado lhe havia emprestado. Ainda mais. Renunciou à forma de macumba cubana que ela havia praticado como religião, sem obstáculos por parte do regime que se afirma ateu.

Ela via que o apoio à utopia revolucionária também se definhava em muitos outros colegas de outrora. Se ela se queixasse, seria imediatamente perseguida.

Sua opção era fugir, ainda que de modo muito precário, de balsa para a Flórida ou engolir tudo calada, e só pensar em sobreviver.

Recebia arroz e feijão subsidiados, além de uma pensão equivalente a 60 reais mensais, que lhe garantiam uma vida na miséria. Apelou para uma velha máquina de costurar, legado de sua mãe.

Colhia os lençóis descartados pelos hotéis para estrangeiros e montava berços de recém nascidos que vendia secretamente por poucos dólares.

Cautelosamente chegou a ser uma das primeiras ‘capitalistas legais’, tendo sido apresentada com outros tantos do ramo a Barack Obama, quando visitou Havana em 2016, para demonstrar que Cuba respondia à ‘abertura’ propalada.

Mural estragado em Havana encarna carunchamento da Revolução comunista.
Mural estragado em Havana encarna carunchamento da Revolução comunista.
Mas a bonança durou pouco. Ela aguardava que em 2018 viria um presidente que não se chamasse Castro, e fizesse a prometida nova Constituição.

Grande desilusão. Pelo fim de 2018, o filho se somou a uma onda de jovens que fugiu de Cuba. Caridad Limonta precisava da atenção médica gratuita e não podia sair de Cuba.

Seguia levando presentes para o médico como todos os cubanos que querem ser tratados.

Nela, o principal mudou: ela ficou farta da mentira socialista e está certa de que o futuro não será melhor na ilha.

Psicologicamente achatados, com o coração calejado por décadas de privações, os cubanos que ficaram na ilha-prisão acabaram por se adaptar às adversidades, resignando-se à infelicidade. Assim perderam a vontade de uma mudança para melhor.

Nos EUA, os candidatos democratas prometem retomar a frustrada política pró-castrista inaugurada por Obama.

Do outro lado, as posturas conservadoras que ficam na agressividade verbal, mas não acabam com a ditadura, não ajudam aos cubanos como Limonta.

O regime se vinga sobre eles alegando revidar ao que vem dos EUA.

Os homens importantes da nomenklatura comunista, chamem-se Castro ou outro nome, até o novo presidente Miguel Díaz-Canel, aproveitam para se refestelar com o pouco que a ilha tem ou consegue, como bons feitores da “igualdade socialista e revolucionária”.

A reportagem do “The New York Times Weekly International” conclui que “Limonta agora aceita algo que nunca imaginou: para ela, “a Revolução está perdida”.



segunda-feira, 25 de maio de 2020

América do Sul pode derrotar a fome no mundo

Colheita do trigo no sul da província de Buenos Aires
Colheita do trigo no sul da província de Buenos Aires



No ano 2020, a Argentina poderá estar alimentando 600 milhões de pessoas no mundo, segundo o Ministério de Agricultura do país vizinho, noticiou em seu momento “Clarín” de Buenos Aires.

Uma espada de Damocles paira sobre esse promissor horizonte: a animosidade contra o agronegócio professada pelo novo governo de Alberto Fernández. Esse fingiu de "moderado" em briga com sua vicepresidente, a extremista populista Cristina Kirchner.

Também a crise do coronavírus serviu de pretexto para atrapalhar o escoamento da safra.

Porém esse patamar está ao alcance das mãos auxiliadas pelas novas tecnologias existentes. Atualmente, embora com uso limitado dessas tecnologias, a Argentina é o país que produz mais alimentos per capita no mundo.

Por sua vez, em 2019 a agropecuária brasileira já alimentava mais de 1,5 bilhão de pessoas. (Agroemdia).

Estudo da Bain & Company, em 2010, previa que o Mercosul produzirá a maior parte dos 3,5 bilhões de toneladas de grãos que o mundo deve consumir em 2050 (Globo Rural).

Inúmeras inovações nas comunicações estão à disposição do produtor, como imagens satelitais, sensores e modelos que predizem eventos climáticos ou permitem adiantar safras, sensores eletrônicos para os grãos e software para estocagem, etc.

Os problemas do agronegócio argentino são análogos aos do brasileiro. Entre eles a hostilidade e o descaso de anos de governo populista peronista “bolivariano”, que flagelou os produtores agropecuários.

A Argentina perde 16 milhões de toneladas de alimento por ano, ou 12,5% da produção alimentar nacional, por abandono da infraestrutura.

Na Sociedade Rural de Palermo, Buenos Aires
Na Sociedade Rural de Palermo, Buenos Aires
Segundo o Conselho Latino-americano de Proteína Animal (Colapa), a Argentina produz anualmente mais de 17 milhões de toneladas de proteína animal, o maior produtor do continente e um dos máximos do mundo, apesar de a pecuária ter sido hostilizada ideologicamente por governos populistas.

Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Equador e México produzem 82% do total continental de proteína animal. A liderança desses países será decisiva nos anos vindouros, quando por volta de 2050 a população mundial poderá atingir 9 bilhões de pessoas, demandando mais 200 milhões de toneladas extras.

Porém, nossos países têm potencial para “romper o ciclo da pobreza e da insegurança alimentar” mundial, segundo a FAO, acrescentou o “Clarín”.

A verdadeira esperança dos famintos do mundo reside no colossal potencial agrícola da América do Sul.

Porém, não faltam os autoproclamados “defensores e arautos dos pobres”, que dos ministérios, púlpitos, cátedras universitárias e redações pregam contra os produtores rurais, a propriedade privada e a livre iniciativa, que, se deixados em liberdade, com certeza afastariam o espectro da fome dos mais necessitados da terra.

E infelizmente, o pontificado do Papa Francisco veio a se somar a essa ofensiva demolidora da propriedade privada, da agropecuária, e do bem-estar honesto do mundo.


segunda-feira, 11 de maio de 2020

Na epidemia, orgias na cúpula comunista venezuelana

Maduro justificou a orgia porque os jovens 'não sabiam que estavam doentes'.
Maduro justificou a orgia porque os jovens 'não sabiam que estavam doentes'.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs





Os ditadores comunistas reservam para si uma filosofia de vida toda voltada para os prazeres paroxísticos que dizem criticar nos “burgueses”, “capitalistas”, sem se incomodar com a miséria do povo.

Para essa categoria ditatorial, na União Soviética foi cunhado o nome de nomenklatura que se usa hoje na China, Cuba e a Rússia de Putin.

Um exemplo disso foi dado por uma farra dos filhos da elite socialista da Venezuela, durante uma semana de sexo, drogas e bailes numa luxuosa ilha do arquipélago de Los Roques, no Caribe, reportou “La Nación”.

Para a ocasião trouxeram prostitutas importadas de Europa e se fotografaram com cantantes famosos.

A farra continuou em território continental venezuelano, e acabou com quase todo o mundo infectado.

“Houve uma festa numa ilha e praticamente todos deram positivo a Covid-19”, declarou Maduro pela TV estatal em 20 de março.

Para o povo hospitais venezuelanos sem medicamentos, sem luz e sem água na pandemia
Para o povo hospitais venezuelanos sem medicamentos,
sem luz e sem água na pandemia
Mas defendeu a orgia dizendo: “¿Por que van a criticar uma festa? Não sabiam que estavam doentes!”

Nessas festas consome-se drogas psicodélicas conhecidas como “cocaína rosada”, pela cor do narcótico e naqueles dias os EUA acusaram Maduro de narcotraficante.

Entre os participantes estava Jesús Amoroso, filho do principal funcionário anticorrupção de Maduro.

Também os filhos do próprio Nicolás Maduro sancionado recentemente pelo Departamento do Tesouro de Estados Unidos por socavar a democracia venezuelana.


segunda-feira, 9 de março de 2020

Cristandade: a verdadeira resposta aos desafios da Amazônia

Al Gore finge não querer pobreza na Amaônia, mas faz tudo para piorá-la
Al Gore finge não querer pobreza na Amaônia, mas faz tudo para piorá-la
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Al Gore, guru do alarmismo ambiental, tentou responder o comentário de Paulo Guedes, durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, quando o Ministro da Economia afirmou ser a pobreza o maior inimigo do ambiente, segundo publicou a "Folha de S.Paulo".

Qualquer que seja a preferência político partidária, não é possível negar a procedência do pronunciamento do ministro brasileiro.

As descrições feitas do meio ambiente da Gália, hoje França, pelos primeiros civilizados que penetraram em seu território são apavorantes.

Para ficar curado de um possível espanto, basta conferir o relato “De Bello Gallico”, descrição da conquista do território feita pelo famosíssimo general romano Júlio César.

Pântanos, bosques, bárbaros com a cabeleira que lhes cobria os rostos e, supremo sinal de terra agricolamente desprezível para os romanos, não crescia nem o trigo nem a uva, escreve Júlio César.

A obra da civilização cristã, porém, em cuja testa se colocaram decididamente os mosteiros, sobretudo os beneditinos e seu ramo de Cluny, transformou aquela terra maldita num oásis de beleza, produção e requinte que é a França atual.

Mas Al Gore não quer saber de nada disso.

Ele dá as costas às boas lições do passado, engajando-se furiosamente contra uma causa simpática.

Boa Vista, exemplo do esforçado avanço dos verdadeiros brasileiros longe dos embustes ecológicos.
Boa Vista, exemplo do esforçado avanço dos verdadeiros brasileiros
longe dos embustes ecológicos.
“Hoje é amplamente entendido que o solo na Amazônia é pobre. Dizer às pessoas no Brasil que elas vão chegar à Amazônia, cortar tudo e começar a plantar, e que terão colheitas por muitos anos, isso é dar falsa esperança a elas”, afirmou.

Ele tem uma parcela de verdade, mas ignora as grandes lições do passado e conclui uma suprema estupidez, pois é certo que há terras de grandes florestas que não são de grande qualidade. Cfr. Os mosteiros levaram a agricultura a patamar nunca visto

Basta ter estado nelas, aliás onde os ecologistas de salão frequentam pouco.

É verdade, contudo, que a ação benéfica dos homens pode transformar um território assustador num vergel admirável como se deu com a França.

O Fórum de Davos se concentrou em 2020 na preservação ambiental, com ênfase na Amazônia.

A reunião transcorreu em pleno inverno nos Alpes suíços, mais uma região que pode ser incluída na maravilhosa ação transformadora do homem e da civilização cristã.

“Os brasileiros, desde sempre, falam que não querem que outras pessoas se metam na questão amazônica. E isso deve ser respeitado”, teve de reconhecer o ex-vice-presidente americano para se proteger das críticas.

Mas logo depois retomou a sua falação fazendo o contrário do que acabava de dizer para se imiscuir nas questões brasileiras e criticando o ministro Paulo Guedes que havia apontado a pobreza como inimiga do ambiente afirmando a maior das obviedades que possa haver, ou seja, que o País primeiro precisava resolver outros problemas.

O bem do homem passa por cima do bem da mata, e se o combate à pobreza postula diminuir a mata, diminua-se a mata! Desmate-se!

No desmatamento hoje podem entrar interesses diferentes, como de fato entram com multinacionais estrangeiras de países ricos.

Mas se deve analisar os casos sem demagogia visando o bem comum.

Agronegócio leva prosperidade à Amazônia.
Agronegócio leva prosperidade à Amazônia.
Aliás, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira sempre dizia que se fosse verdade que a floresta amazônica salva o clima da Terra, os países beneficiados deveriam recompensar financeiramente, e, de modo proporcional, o Brasil por esse bem prestado.

Mas Al Gore não procura uma solução equilibrada para os problemas que apresenta, e trabalha por uma ideologia de fundo comuno-tribalista que vai miserabilizar essa região que promete tanto.

No final de sua arenga, Gore também alfinetou o presidente americano, Donald Trump, que pedira que as pessoas rejeitassem o alarmismo ambiental.

A militância política de esquerda é sempre dominante nesse bonzo dos exageros ecologistas.

“Sabemos o que precisa ser feito, para frear o aquecimento global. O que falta é vontade política”, disse Gore, confessando a verdadeira preocupação que o anima: a política, de esquerda ou extrema esquerda de preferência...