segunda-feira, 29 de setembro de 2008

A Revolução Comuno-Indigenista substitui a arcaica luta de classes pela nova luta de raças

CAMARA DOS DEPUTADOS, Índios Pataxó fazem ato pela anulação dos títulos de propriedade dos fazendeiros de Caramuru-Paraguaçu, Bahia, 23-9-2008 ©José Cruz-ABr
Está em curso no Brasil uma Revolução Comuno-Indigenista, conduzida por missionários abrigados pelo CIMI – Conselho Indigenista Missionário) entidade vinculada à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), unidos a órgãos públicos como a FUNAI (Fundação Nacional do Índio), dependente do Ministério da Justiça, a alguns membros do Ministério Público e a milhares de ONGs representando interesses de vários países do Primeiro Mundo.

Uma forte pressão da ONU, hoje dominada por ativistas socialistas, também se faz presente.

Substituição da luta de classes pela luta de raças

PF prende trabalhadores em Roraima, Roosewelt Pinheiro-ABrCom foi possível que o Brasil – tão propenso à harmonia entre as classes e as raças –
e onde durante séculos perdurou a concórdia e a miscigenação entre eles, se tornasse palco de uma confrontação odiosa e violenta, ameaçando degenerar em sério conflito em diversas partes do território nacional?

Esse é um processo insuflado de longa data, há mais de 30 anos, visando a transformação gradual dos pacíficos indígenas em massa de manobra revolucionária com o fim de abalar profundamente o Brasil tradicional e cristão e estabelecer tumores socialistas dispersos pelo território nacional, com um regime de vida coletivista e comuno-tribal.

CAMARA DOS DEPUTADOS, Índios Pataxó fazem ato pela anulação dos títulos de propriedade dos fazendeiros de Caramuru-Paraguaçu (Bahia) 23-9-2008 ©José Cruz-ABr.jpgEm outra etapa, seriam constituídos em grandes nações, como a Yanomane (na fronteira entre Venezuela e Brasil e e a Guarani entre o Brasil e o Paraguai.

No livro Outros 500 – Construindo uma nova história, publicado pelo CIMI (Editora Salesiana, São Paulo 2001) por ocasião das comemorações dos 500 anos da descoberta do Brasil, lê-se:

“Os povos indígenas, os sem-terra, os sem-teto, os desempregados, os meninos e meninas de rua, os trabalhadores escravos, os aposentados desrespeitados em sua dignidade, toda a população marginalizada tem uma bandeira única para os Outros 500, que é a transformação desse sistema que nos oprime. Nossos direitos e ideais fazem parte dos projetos de uma sociedade melhor para todos. Nós povos indígenas passaremos mais 500 anos, se preciso for, dizendo a todos os excluídos essa verdade, e quando todos nos estivermos unidos em torno dessa causa, os governantes não serão mais ninguém, apenas uma névoa que um dia manchou a história desta terra e o horizonte desta gente (grifo nosso). Nós oprimidos vamos corrigir essa história e construir um mundo melhor para os nossos filhos e também para os filhos de quem nos tem oprimido, uma sociedade justa para todos."

Presidente Lula conversa com cacique Raoni, Planalto, José Cruz-ABrÉ uma nova face do comunismo. O que está em jogo é a civilização brasileira: ou ela prossegue seu caminho trilhando os rumos benditos da Civilização Cristã, ou será entregue à barbárie a que os religiosos do CIMI querem reduzir os povos indígenas.

Será a vingança por Portugal ter descoberto do Brasil, trazendo para nós a civilização européia cristã. Essa é a longo prazo a perspectiva indigenista para nosso País.

Todas essas terras não são entregues aos índios com direito de propriedade. Elas pertencem à União que concede aos índios somente a posse.

Essa posse que o Governo vê como mansa, e coletivizada, estará logo posta em questão, se for aprovada pelo Congresso Nacional, o que não é difícil, a Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas, que o Brasil aprovou na ONU.

Revistinha para coletar fundos para a Revolução Quilombola vendida em igrejas da Alemanha, foto de 19-02-2008Depois de liderar durante anos o grupo de países contrários a essa Declaração, o Brasil trocou de lado e votou a favor.

A Declaração concede aos povos indígenas autonomia política e administrativa, impedindo que não-índios e até mesmo as Forças Armadas possam entrar em seu território sem consentimento dos silvícolas.

Máteria publicada pelo site da CAMPANHA PAZ NO CAMPO

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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Fantasmagórica Unasul e a Rússia de Putin coonestam repressão ditatorial de Evo Morales

Exército da Bolivia tomou Cobija, reduto oposicionista
A Unasul – entidade sem existência legal, e que não foi além de uma carta de intenção ‒ reuniu-se em Santiago do Chile.

A presença do presidente Lula era indispensável para que os líderes de esquerdismo espalhafatoso ‒ Chávez, Morales e Kirchner ‒ não impusessem seu tom e assim revelassem o verdadeiro e radical objetivo da reunião.

A declaração final da Unasul (União de Nações Sul-Americanas) ratificou a censura dos presentes a toda ingerência externa nos assuntos bolivianos e confirmou o apoio a Evo Morales que chegou em avião venezuelano. A declaração foi assinada pelo presidente-ditador Hugo Chávez que prometera intervir militarmente na Bolívia se Evo caia.

Os milhões de dólares distribuídos sem dissimulo pela embaixada venezuelana aos partidários de Evo seguiam correndo largamente. “A intromissão venezuelana em nosso país é uma vergonha que estamos denunciando há muito tempo”, afirmou o presidente do Parlamento Crucenho, Carlos Pablo Klinsky, em Santa Cruz. “Chávez é o chefe de Evo porque é ele quem dá ao nosso presidente montanhas de dinheiro de Caracas.” (OESP, 16/9/08)

As Forças Armadas da Bolívia tinham manifestado sua “indignacão” pelas reiteradas e “desafortunadas” críticas de Chávez (“El Univeersal”, Caracas, 18/9/08). Mas Chávez na Unasul bancou o democrata e todos fingiram acreditar.

Exército da Bolivia tomou Cobija, reduto oposicionistaCom as costas quentes, Evo (ou o seu mandante) agiu rapidamente. Mandou o Exercito prender um governador e pelo menos mais 10 líderes da oposição em flagrante violação dos procedimentos legais, como nos tempos das famigeradas ditaduras militares.

A seguir armou os “movimentos sociais” (os oposicionistas não são “movimento social” mas “golpe civil” na jerga singular do Unasul) e os mandou cercar Santa Cruz de La Sierra, principal reduto da oposiçao democrática (“golpe civil” em “Unasulês”).

Em coro com os dirigentes da Unasul, também a “democrática” Rússia fez saber que “está observando detalhadamente o desenvolvimento dos eventos na Bolívia. Preocupa-nos o brusco agravamento da situação nos últimos dias” (EFE, 17/9/08). Puro amor à "democracia", é claro.

O presidente Lula muito zeloso por não intervir nos assuntos da soberana Bolívia se disse disposto a enviar ajudas de tipo militar para sustentar Evo. E mencionou “caminhões”, “ônibus” e uma não especificada ação da PF na área de fronteira.

Repressão militar ordenada por Evo, La Estrella de OrienteNesse clima de intimidação, Evo começou um “diálogo” com os oposicionistas, respondendo ao desejo do presidente Lula.

Muito menos ativo foi o presidente argentino. O incêndio em casa vai longe. As revelações da mala de dólares enviados por Chávez para a eleição “soberana” e “democrática” da presidente argentina estão pondo a nu uma manobra internacional do mais baixo nível.

Muito “democrático” anda também o coronel golpista Hugo Chávez. A organização Human Rights Watch elaborou um trabalho de centenas de páginas documentando que na Venezuela esses direitos humanos já não tem quem os garanta.

O Judiciário perdeu toda independência, estando ocupado por simples partidários do onipotente e vulcânico chefe de Estado.

Em poucas horas, muito democraticamente o diretor para as Américas do Human Rights Watch (HRW), José Miguel Vivanco foi expulso do país.

Estripulias esquerdistas quase caricatas como estas de Hugo Chávez e colegas causariam espanto e provocariam reações internacionais muito fortes.

061113, Lula e Hugo Chávez, inauguração ponte sobre Rio Orinoco, Wilson Dias-ABrMas no bailado político sul-americano Chávez se exibe à esquerda e tendo à sua direita (à direita, é preciso sublinhar à direita, sobre tudo para americano ver) o presidente Lula.

Aquela mídia sempre perspicaz para favorecer à esquerda faz notar então o efeito “moderador” do fato do presidente brasileiro se posicionar à direita do ardido presidente-ditador e companheiro venezuelano.

O efeito anestesiante deste bailado, de momento tem funcionado. Mas, até quando?


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quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Oposição quer o socialismo e o comunismo fora da Bolívia. Agentes cubanos e venezuelanos devem sair, diz

Grafitti contra Evo, centro Santa Cruz
Numa data que reaviva “Traumas de um outro 11/9” [queda de Salvador Allende em 1973] segundo “O Globo” (11/9/08) fontes de Itamaraty habitualmente bem informadas do que se passa no miolo do governo boliviano julgam que “a situação está preta” para Evo. (O Estado de S. Paulo, 11/9/08).

Para as mesmas fontes as forças armadas bolivianas “não obedecem a Evo”, como ficou patente na desproteção do gasoduto que exporta gás para o Brasil.

O fornecimento de gás está interrompido em proporções incertas. Cada fonte avança a percentagem que mais lhe serve. Para o Itamaraty “as Forças Armadas estão, na prática, insubordinadas”.

Protestos anti-socialismo, Santa CruzSegundo a “Folha de S. Paulo” (11/9/08) o presidente Lula está muito preocupado com a sorte do seu colega boliviano. O governo oficialmente manifestou que se solidariza com o presidente boliviano

Para o assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia, que muitas vezes antecipa as posições do presidente Morales, a situação é “grave”.

Evo Morales num gesto de exagero que evoca os últimos dias de Salvador Allende expulsou o embaixador americano. Marco Aurélio, como acostuma o petismo diante de gestos do gênero, achou que esse gesto era “um problema interno” desviou o assunto para o jogo Brasil x Bolívia. (O Estado de S. Paulo, 11/9/08). O 0-0 trouxe certo alivio para o governo de La Paz.

Chávez e socialismoNa Venezuela, o presidente Chávez voltou com seu realejo obsessivo sobre “golpes” americanos ou capitalistas. Em “solidariedade” com o seu pupilo Evo Morales expulsou o embaixador americano na Venezuela (“La Nación”, 11/9/08).

O jornal “Los Tiempos”, de Cochabamba, (8/9/08) informou que os opositores anunciaram a expulsão dos funcionários cubanos e venezuelanos trazidos por Morales. Neste contexto também foram fechadas as fronteiras e alfândegas com Brasil, e ocupados os escritórios de migração, como se temessem que de países vizinhos chegassem ativistas ou subversivos.

Os oposicionistas bloquearam estradas nas regiões de Santa Cruz, Beni, Tarija e Pando. Em revide, partidários de Morales anunciaram que bloqueariam o acesso de alimentos a Santa Cruz.

Oposicionistas em Santa CruzEm Beni, região amazônica, os oposicionistas interditaram entradas e saídas do Brasil.

El presidente da oposicionista Unión Juvenil Cruceñista, David Sejas, disse que foi dado um prazo de três dias aos médicos e pedagogos cubanos e venezuelanos para abandonarem os departamentos de Beni, Pando, Tarija y Santa Cruz para que estes fiquem “territórios livres do comunismo”. A exigência inclui os funcionários consulares.

O dirigente da Unión Juvenil Beniana (UJB) José Luis Peña confirmou que em Trinidad, capital de Beni, já “começou o rastreio” dos cubanos e venezuelanos que estão no departamento com serviços que têm “intenção dupla”. Na Radio Panamericana, Peña acrescentou que esses estrangeiros “têm mentalidade comunista” (“Los Tiempos”, 8/9/08).

Desde Caracas, Chávez bravateou estar disposto a ir defender Morales e acusou os EUA de tramar um golpe contra ele e contra Evo.

Para “Los Tiempos” “o tempo se esgota” e “é urgente frear a acelerada marcha do país para iminentes cenários de gravíssima confrontação interna”.

Oposicionistas de TarijaPara “El Deber” de Santa Cruz de la Sierra (9/9/08) é improcedente falar de “complô”, “golpe civil”, “movimento subversivo” ou outra teoria conspiratória. O que acontece, comenta, é que no cone sul-americano, as forças socialistas estão “tumultuosas e descontroladas. (…) Socialismo y socialistas aparelharam os regimes de governo e os dissidentes estão sendo escorraçados (...) Desse socialismo entronizado no cone sul-americano e mais um pouco ainda, o chefe do governo boliviano, Evo Morales, é o filho mimado, o figurino de filme. Os governantes de países vizinhos que sintonizam na mesma onda vêm no seu colega Evo um enviado providencial, um articulador da grande pátria socialista que na velha Europa teve uma existência rumorosa e esmagadora, mas no fim, efêmera.”

Desfile tipo sovietico, Riberalta, Lula-Evo-ChavezO “Correo del Sur” de Sucre (11/9/08) apresenta um longo e pormenorizado panorama do descontentamento que incendeia dois terços da Bolívia. Já se fala em 8 mortos e dezenas de feridos.

“O povo crucenho é contra a imposição de forma ditatorial de um regime socialista com tendências comunistas”, afirmou Richard Romero, empresário, que participava de uma das manifestações em Santa Cruz de La Sierra, informou “O Estado de S. Paulo” (11/9/08).



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segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Na Bolívia: Lula-Morales-Chávez no lugar de Marx-Engels-Lenine

Desfile soviético, Moscou, Lenine, Stalin, Marx Desfile tipo soviético, Riberalta, Lula-Evo-Chavez
Recente encontro entre os presidentes Lula, Evo Morales e Hugo Chávez em Riberalta, Bolívia, na opinião do jornal “Zero Hora” de Porto Alegre, evocou o "culto à personalidade" típico do império soviético [fotos].

Tropas desfilaram precedendo bandeiras com as imagens dos três presidentes. As fotos dos três líderes enchiam um enorme cartaz semelhante às enormes pinturas de Marx, Engels e Lenine ‒ fundadores do comunismo russo ‒ que presidiam os desfiles do Exército soviético na Praça Vermelha de Moscou.

“Trocando-se Lula, Morales e Chávez por Marx, Engels e Lenine ‒ e substituindo-se o calor amazônico pelo outono russo ‒, a solenidade de Riveralta e o Dia do Trabalho moscovita guardam semelhanças”, concluiu “Zero Hora”.

É para lá que esses presidentes sonham com levar seus países.

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