segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

“Exército privado” de Putin desce na América do Sul

Membros da milicia 'Wagner' ativos na Síria
Membros da milicia 'Wagner' ativos na Síria
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








Causou arrepio quando se tornou notório que por volta de 400 membros da “milícia Wagner” haviam desembarcado na Venezuela, oficialmente para garantir a segurança pessoal do ditador Nicolás Maduro, escreveu “La Nación”.

Maduro se gaba de estar rodeado de milhares de fanáticos chavistas armados até os dentes e prontos para dar a vida “contra o império”.

Também, os milhares de generais do exército venezuelano exuberantemente recobertos de condecorações fazem barulho jurando fidelidade ao ditador.

Porém, a História da América Latina fornece sobrados exemplos históricos para não confiar nessas bravatas.

O líder da milícia mercenária russa é o cossaco Yevgeny Shabayev. O Kremlin recruta e arma essas milícias dentro do exército russo, mas dispõe que os membros renunciem ao exército na hora de cumprir as missões sujas.

Muitos deles foram capturados na Ucrânia levando consigo os documentos que os acreditam como membros efetivos das forças armadas russas.

Veja também: Féretros de “soldados fantasmas” voltam a cemitérios russos

Shabayev disse que o contingente foi transladado a Venezuela quando começaram os grandes protestos democráticos populares. Primeiro passou por Cuba, onde endossaram roupas para enganação e seguiram para Caracas em algum dos raros voos civis que ainda pousam na Venezuela.

“Nosso pessoal está ali diretamente para sua proteção [de Maduro]”, esclareceu Shabayev.