segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Acordo EUA-Castro-Vaticano multiplica as desgraças dos médicos cubanos em fuga

Medicina cubana: sala de emergências num posto de saúde em Cuba
Medicina cubana: sala de emergências num posto de saúde em Cuba



Os cubanos estão abandonando em massa as “missões médicas” da Venezuela, combinadas por Fidel Castro e o defunto Hugo Chávez e reeditadas no Brasil com o plano “Mais Médicos”.

A Colômbia é o primeiro país de destino desses sofridos cubanos, após fugirem da Venezuela.

Assim que conseguem sair do pesadelo do socialismo do século XXI, os cubanos apelam para o programa de vistos dos EUA, que concede facilidades aos fugitivos do comunismo castrista.

Por essa via, eles podem chegar até o final de seu longo e sofrido calvário.

Porém, o restabelecimento de relações entre a ditadura castrista e o presidente Obama, patrocinado pelo Papa Francisco, está fechando essa janela para a liberdade e reforçando o esquema de controle opressor.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Cardeal Pell: “A Igreja não tem mandato divino para falar sobre questões científicas”

Cardeal George Pell, “ministro da Economia” do Vaticano: “A Igreja não tem um mandato do Senhor para se pronunciar sobre questões científicas”
Cardeal George Pell, “ministro da Economia” do Vaticano:
“A Igreja não tem um mandato do Senhor
para se pronunciar sobre questões científicas”
Luis Dufaur





O cardeal George Pell, Arcebispo de Sydney e “ministro da Economia” do Vaticano, foi entrevistado pelo jornal econômico “Financial Times” no mesmo dia em que apresentou o estado das contas da Santa Sé.

Na oportunidade, falando a propósito da encíclica “Laudato si'”, o purpurado esclareceu que “a Igreja não tem mandato do Senhor para se pronunciar sobre questões científicas”, segundo noticiou o site Vatican insider.

O “Financial Times” entendeu que o cardeal se distanciou assim da “revolucionaria encíclica do Papa, que pede uma ação global contra a mudança climática”.

O cardeal afirmou sobre a Laudato si': “Há partes que são belíssimas. Mas a Igreja não tem competência alguma especial em matéria de ciência. A Igreja não tem um mandato do Senhor para se pronunciar sobre questões científicas. Nós acreditamos na autonomia da ciência”.

Na mesma ocasião, o Cardeal Pell concedeu entrevista ao site Crux sobre outro aspecto da Encíclica: o agudo anticapitalismo da ‘Laudato si’, acentuado pela subsequente viagem pontifícia à América do Sul.

“O mercado está longe de ser perfeito, mas temos assistido a níveis historicamente sem precedentes de prosperidade atingidos por causa da disseminação global do capitalismo e pelo aumento da liberdade para os mercados. O crescimento na China e na Índia, por exemplo, é real e maravilhoso”, defendeu o “ministro de Economia” designado pelo Papa Francisco.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Comunicado do IPCO: Papa Francisco em Cuba





Reflexões que o Instituto Plinio Corrêa de Oliveira deseja compartilhar com o público brasileiro, nas vésperas da chegada do Papa Francisco em Cuba, pedindo à Santíssima Virgem que conceda ao povo cubano a tão esperada liberdade.


Liberdade para a ilha-cárcere ou (oxigênio para a) consolidação de uma cruel ditadura?


A próxima viagem do Papa Francisco a Cuba constituirá a terceira visita pontifícia à ilha-cárcere.

De maneira similar às duas visitas anteriores, a de João Paulo II em 1998 e a de Bento XVI em 2012, se multiplicam as hipóteses do que poderá acontecer durante e após a visita papal numa ilha que continua desde há incríveis seis décadas dominada por uma cruel ditadura comunista.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Escolas públicas geridas pela PM são bem sucedidas e se multiplicam no Brasil

Cresce número de escolas geridas pela PM. Pais e alunos satisfeitos em Goiás.  Foto: Folha de S.Paulo
Cresce número de escolas geridas pela PM. Pais e alunos satisfeitos em Goiás.
Foto: Folha de S.Paulo




As escolas geridas pela PM de Goiás também dão o bom exemplo mantendo um regulamento disciplinar sério.

Mascar chiclete é transgressão leve. Usar óculos com lentes ou armações de “cores esdrúxulas” também, mostrou reportagem da Folha de S.Paulo.

São transgressões médias: sentar-se no chão fardado, espalhar boatos, deixar de prestar continência ou de cortar o cabelo no estilo escovinha.

Já “manter contato físico que denote envolvimento amoroso” (beijar) ou se meter em rixa são faltas graves.

O aluno perde pontos a cada quebra de regra. Quem não se adequar é transferido.

Os resultados estão sendo tão bons que o Estado aumentou de 18 para 26 os colégios militares.

Segundo a polícia, o modelo melhora o desempenho dos alunos (em nove Estados os colégios ficaram em 1º entre as estaduais no Enem).

O Brasil possui atualmente 93 instituições de ensino da PM. Neste ano, Minas Gerais criou mais duas, chegando a 22 – elas atendem a mais de 20 mil alunos. A Bahia, com 13, deve abrir mais quatro.

Em Goiás, o comerciário Ricardo Cardoso, 41, que tem duas filhas em escolas da PM, quer colocar a terceira na instituição em 2016. A maioria das vagas é preenchida por sorteios. “O nível dessas escolas é muito melhor”.

Sua filha Júlia, 17, diz gostar do colégio Hugo Ramos, mas reclama da rigidez. “Um ou outro PM é rude. Mas a maioria é aberta”. Para o pai, os alunos têm “voz ativa”: “sempre que minha filha reclamou, deram resposta. Adolescentes reclamam de tudo”.

Aluno do terceiro ano do Colégio Miriam Ferreira, que se tornou militar na semana passada, Douglas Fleury, 17, diz aprovar a mudança devido ao uso de drogas dentro da escola.

Os alunos devem usar farda (esta varia de R$ 400 a R$ 700), mas a PM diz dar a farda em alguns casos. Os pais pagam ainda mensalidades não obrigatórias de R$ 80 a R$ 110.

A PM recorre a oficiais da reserva, que ganham adicional. Os docentes são civis – em outros Estados, alguns são militares – e ganham bônus de produtividade.

Não faltam as críticas dos saudosos do regime anterior. “Isso tem sabor de retrocesso”, diz Ieda Leal, do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás. Ela chama a medida de terceirização.

Para Maria Augusta Mundim, da Faculdade de Educação da federal de Goiás, o método é autoritário.

Mas as críticas incluem demasiada ideologia de esquerda e esquecem a finalidade da instituição escolar: o bem dos alunos, sua boa instrução e formação cívica, o futuro do Brasil.

Os Colégios Públicos Fernando Pessoa (Valparaíso - GO) e José de Alencar (Novo Gama - GO) passavam por problemas crônicos de violência, tráfico de drogas e prostituição, chegando a ocorrer um assassinato e um sequestro relâmpago:


domingo, 13 de setembro de 2015

Argentina perto de Rússia, como no tempo da URSS e da guerra das Malvinas

Cristina Kirchner em Moscou
Cristina Kirchner em Moscou



Os representantes do governo argentino, Agustín Rossi e Sergio Berni, assinaram em Moscou um leque de acordos de cooperação militar russo-argentina, informou o jornal Clarín, de Buenos Aires.

Nem mesmo durante a Guerra das Malvinas se tinha visto uma aproximação tão intensa.

Um dos convênios visa à realização, pela primeira vez na história, de exercícios militares conjuntos entre os exércitos russo e argentino. Outro convênio estabelece que os policiais de ambos os países trabalharão juntos na perseguição aos narcotraficantes.

A retórica nacionalista e bolivariana do governo Kirchner, que vinha afastando o país de uma cooperação intensa com os EUA nessas áreas, patenteia agora o destino final de sua mudança.

O ministro de Defesa argentino, Agustín Rossi, também assinou com seu homólogo russo um acordo para a “proteção mútua da informação secreta gerada pela cooperação técnico-militar” entre os dois países.

O objetivo declarado desse acordo é facilitar “a produção conjunta de equipamentos de uso militar e a formação de especialistas na área tecnológica, a execução de trabalhos científicos de investigação e de desenho experimental”.

Rossi explicou que “serão criados grupos de trabalho para a realização de um intercâmbio de pessoal das Forças Armadas visando ao treino e à formação e participação conjunta em exercícios e manobras militares”.

A Rússia e a Argentina incrementarão consideravelmente a cooperação militar.
A Rússia e a Argentina incrementarão consideravelmente a cooperação militar.
A Força Aérea Argentina comprou dois helicópteros russos Mi17E, que ainda não caíram, e quer comprar mais três.

A Marinha adquiriu quatro naves de patrulhamento para o Atlântico Sul e para assistência logística das bases na Antártida. 106 marinheiros argentinos serão treinados nos portos russos de Murmansk e Arcangel.

Sergio Berni, secretário de Segurança argentino, assinou outro convênio com Viktor Ivanov, chefe da agência antidrogas russa, para “reforçar o intercâmbio de informação criminosa das organizações e pessoas envolvidas no tráfico de estupefacientes”.

Enquanto os países que respeitam o Direito Internacional aplicam sanções à Rússia pela anexação ilegal e despótica da Crimeia, Cristina Kirchner condenou em Moscou ditas sanções econômicas contra os invasores russos.

Na verdade, após desmoralizar e desarmar as forças militares e policiais argentinas, o governo nacionalista as subordina às poderosas equivalentes russas, que anseiam por recuperar a “grandeza” da ex-URSS.

E transforma o país em vassalo de Moscou enquanto vitupera contra o ‘imperialismo’ americano.


quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Modelo de escola gerida pela PM beneficia Amazônia e Nordeste

Estudantes e professores da rede pública estadual são premiados na 8ª edição das Olimpíadas Brasileiras de Matemática.
Estudantes e professores da rede pública estadual são premiados
na 8ª edição das Olimpíadas Brasileiras de Matemática.



Segundo informou O Globo, de 2011 para 2013, a escola estadual Prof. Waldocke Fricke de Lyra “deu um salto no Ideb. Nos anos iniciais do ensino fundamental, a média passou de 3,3 para 6,1. Nos finais, foi de 3,1 para 5,8. O índice de reprovação, de 15,2% em 2012, foi zerado no ano passado.

“A melhoria no desempenho apareceu também nas Olimpíadas de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). Órfã de pai desde os 8 anos e filha de uma motorista de ônibus, Jennyfer da Silva Veloso, de 16 anos, levou o bronze e uma menção honrosa na competição.

“Ela foi aprovada em primeiro lugar no vestibular da Universidade Estadual do Amazonas (UEA), onde começou a cursar matemática este ano.

“Ela conta a dificuldade de se adaptar na transição da escola para o regime militar e lembra do primeiro dia da mudança.

“— Eu estava com o cabelo pintado, usava piercing no nariz, tinha franja. Fomos levados para a quadra, nos explicaram tudo. Tive que tirar esmalte, prender a franja.

“Com o tempo, me acostumei e percebi que, aqui, realmente o que importa é o conhecimento, e não a aparência. A escola melhorou muito no novo modelo.

“Outro medalhista foi Yuri Macedo Michele, que garantiu a primeira medalha de ouro da escola na Obmep. Tímido, o garoto de 13 anos, aluno do 8º ano, fala da felicidade dos pais — a mãe dona de casa e o pai vendedor em uma fábrica de sorvetes — com a conquista.

“Entre os colegas, a popularidade do “aluno olímpico”, como são chamados os estudantes que se preparam no contraturno das aulas para as competições, aumentou”.

O Globo também relatou que

“Maria do Rosário de Almeida Braga, de 54 anos, diz que é uma das poucas educadoras que continuaram no colégio depois que a PM assumiu o controle.

“— Aqui só fica professor que quer trabalhar. Há exigências para o aluno e para o professor também. Mas o retorno é muito grande, inclusive financeiro — diz Maria do Rosário”.



A escola estadual Raimundo Nogueira, no conjunto Ajuricaba de Manaus, também adotou o modelo das escolas administradas pela Polícia Militar.

O assédio de traficantes aos alunos, casos de violência contra os estudantes no entorno da escola e até ameaças sofridas pelos professores faziam parte dos relatos de insegurança envolvendo a escola.

Por meio de parceria entre a Seduc e a Polícia Militar, o programa- piloto “Educando com Segurança” busca incentivar a disciplina e oferecer as condições ideais para o processo de ensino-aprendizagem no ambiente escolar.

Com o aval dos pais e professores, a escola passou a adotar uma cartilha com as mesmas regras dos colégios da Polícia Militar: formação antes de entrar na sala de aula, Hino Nacional e hasteamento de bandeira, rigidez no horário de entrada e cobrança maior quanto à participação dos pais no dia-a-dia da escola.

Somam-se às atividades cívicas palestras de motivação e prevenção às drogas, apoio às atividades culturais e esportivas extra-classe, formação de grupo de escoteiro e de percussão. Fonte A Critica de Manaus.

E a gente fica pensando quantas crianças estão sendo estragadas, talvez por toda a vida, por falta de coragem dos responsáveis em pôr ordem na educação no Brasil.

É claro que o coro dos direitos humanos, das ONGs e da esquerda católica não gosta da ordem e da disciplina, preferindo a pastoral de meninos de ruas, supostamente mais “democrática” e “cristã”.

Eles até tentam frustrar essa iniciativa.

Mas não valeria a pena dar um chega a essa filosofia distorcida e prejudicial para as novas gerações?

Reportagem na TV Verdes Mares: Colégio da Polícia Militar do Ceará, segundo resultados do ENEM, foi considerada a melhor escola pública do Ceará e a 2ª melhor do Nordeste.




domingo, 6 de setembro de 2015

Ditadura para combater hoje o vulcão;
e amanhã mais ditadura contra a seca,
a enchente ou o aquecimento global !

Rafael Correa usa fumarada passageira de vulcão
para visar confisco de terras e cerceamento
da liberdade de expressão



No Equador, o majestoso e temido vulcão Cotopaxi está fumegando com colunas de gases e poeira de até oito quilômetros de altura!

Trata-se do mais alto vulcão do mundo (5.897 metros) e é um dos potencialmente mais violentos e destruidores. Porém, não causou nenhum abalo relevante desde 1877.

O Cotopaxi fica a 45 quilômetros de Quito, a capital equatoriana. Quando morei nessa cidade, sempre sonhei em escalá-lo, pois o acesso é fácil e a expedição paga o esforço. Muitos turistas fazem isso, apoiados numa base científica anti-sísmica e refúgios, e chegam até a pequena cratera onde a lava ainda brilha pela noite.

Quase todos os dias sua majestade o Cotopaxi espirrava a seu modo, e eu perguntava: “O que foi?”. A resposta era invariável e, no meu entender, desinteressada: “Ah! O Cotopaxi...”

O povo equatoriano convive, aliás, sobranceiramente com os vulcões. Ele se lembra com espírito religioso das formidáveis explosões do passado e das maravilhosas intervenções salvadoras atribuídas a Nossa Senhora e a seu Divino Filho. E toca a vida tranquilamente entre aqueles colossos eternamente nimbados de neve, nuvens... e fumaça!

Mas o presidente bolivariano Rafael Correa mostrou-se tomado de inusual e suspeito pânico a propósito das últimas “fumaradas” do Cotopaxi. E, ditatorialmente, censurou as informações a respeito.

“Os equatorianos só poderão se informar sobre o assunto através dos boletins oficiais emitidos pelo ministério coordenador da segurança, com interdição de difusão de qualquer informação não autorizada feita por um meio de comunicação público ou privado, ou por meio das redes sociais”, diz seu decreto, vibrado em céu sereno e citado por Le Monde.

De um momento para outro a censura foi instalada! O presidente agitou o espantalho de “boatos dos quais qualquer um solta uma enormidade no Twitter e provoca o pânico”. Seu colega bolivariano da Venezuela, não teria feito melhor.

Correa parecia não conhecer seu país, e o ministro da Comunicação, Fernando Alvarado, moderou a draconiana censura.

O vulcão Cotopaxi perto de Quito foi mero pretexto
Os meios informativos equatorianos, constantemente vilipendiados por Correa, denunciaram a manobra. “A ambiguidade do decreto outorga ao governo um poder enorme, inclusive para ditar o que é que os cidadãos não podem falar”, reagiu César Ricaurte, diretor da Fundação Andina para a Observação e o Estudo da Mídia – Fundamedios.

“Pela primeira vez foi introduzida uma legislação, e por decreto, com poder para regulamentar as redes sociais, e isso é muito perigoso”, acrescentou.

De fato, Correa enfrenta uma vertiginosa perda de prestigio. Enormes manifestações populares contra seu socialismo aconteceram nas grandes cidades antes e depois da visita do Papa Francisco, que tentou apaziguar os protestos. As redes sociais são o meio preferido pelos descontentes para se exprimirem e se organizarem.

Para Diego Cornejo, diretor da Associação Equatoriana de Editores de Jornais, essa censura é “desproporcionada e inoportuna”. A coincidência com os protestos populares é mais do que suspeita.

Correa é geralmente acusado de propender para um socialismo ditatorial. Ele revida com impropérios seus opositores, que ele chama de “mentirosos”, doentes mentais, “sicários da escrita”, e outros epítetos de ditador sul-americano fora de si.

Correa também decretou um “estado de emergência” que lhe permite “suspender os direitos constitucionais que garantem a inviolabilidade dos domicílios e as liberdades de circulação, de reunião e de comunicação”, segundo o site francês Mediapart.

O estado de exceção também lhe permite reforçar o controle sobre o exército, que poderá ser enviado a qualquer hora em apoio das equipes de auxílio, as quais até o momento não tiveram muita coisa para fazer.

Segundo Sylvie Brunel, professora de Geografia na Universidade da Sorbonne, França, “em nome da urgência e do perigo, o decreto permite a remoção autoritária dos moradores em volta do vulcão, e a expropriação das fazendas grandes e pequenas que há tempos o governo está tentando com o pretexto de criar imensos reservatórios de água potável para garantir o fornecimento de Quito”.

Visita do Papa Francisco foi explorada para abafar grande surto de oposição anti-socialista.
Visita do Papa Francisco foi explorada para
tentar abafar grande surto de oposição anti-socialista.
Os franceses conhecem a história: durante a Revolução Francesa, para “salvar a pátria” de perigos mais ou menos imaginados, instalou-se o Terror, que se dedicou a guilhotinar os opositores.

O golpe ditatorial de Correa poderia inspirar prefeituras de tendência bolivariana, como a petista de São Paulo. E, com alguma adaptação, o governo peronista-bolivariano argentino, às voltas com chuvas e inundações colossais na região do Rio de la Plata.

“Língua não tem osso”. Ditador tem muita língua, e o que lhe serve de pretexto para lutar contra o vulcão, serve também para lutar contra a seca, as enchentes ou o aquecimento global!


quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Estados resolvem violência nas escolas públicas com disciplina militar

A educação que é a finalidade da escola teve salto qualitativo.
A educação que é a finalidade da escola teve salto qualitativo.



Bairro violento numa capital? Escola pública “dor de cabeça”? Quem não ouviu falar?

Porém, um projeto piloto em Manaus, objeto de reportagem da Band já em 2012, resolveu dois problemas de uma só vez, num bairro violento da capital amazonense:

1) a qualidade duvidosa do ensino na maior escola pública dentro de uma comunidade, na zona oeste e

2) a violência praticada por jovens estudantes.

A solução foi adotar a disciplina militar na unidade educacional, que agora está sob a direção da PM.

Na Escola Estadual Prof. Waldocke Fricke de Lyra os alunos vão disciplinados à sala. Os professores são saudados de pé pela turma, toda enfileirada no início da aula.

A disciplina militar entrou na escola pública em janeiro de 2011. Foi a estratégia encontrada para melhorar o ensino e conter os altos índices de violência no bairro Parque São Pedro, na zona oeste de Manaus.

Hoje o que se vê é algo bem diferente de um passado recente.

“Tinha caso em que o professor nem para a sala queria ir – explica a aluna Kellyane Souza – por causa da bagunça, eles não conseguiam controlar. Agora não”.

“Nós temos que andar de uniforme, cabelos cortados, simples, todos limpos, sapato engraxado”, diz o aluno Athirson Soares.

Nas ruas do bairro, a tranquilidade voltou à rotina dos moradores.

“Esse negócio de droga, essas crianças aqui usavam tudo isso. Hoje não, está diferente, a gente vê essas crianças com mais vontade de estudar”, diz Maria Amélia, dona-de-casa.

Quando estava completando apenas um ano, essa mudança na escola “já refletiu no desempenho dos alunos na sala de aula. A ideia é tornar a escola uma das cinco melhores do Estado”, relatou o jornalista da Band Yano Sérgio.

Chegada no horário, disciplina, ordem, bons resultados.
Chegada no horário, disciplina, ordem, bons resultados.
“A questão da disciplina favoreceu, hoje temos uma equipe nos auxiliando em ‘n’ problemas, com psicólogos. Temos outras ferramentas que favorecem”, explica a professora Cledinha Vidinha.

O responsável pela reforma é o coronel Rudnei Caldas, da PM, que com o apoio de 13 PMs fez uma transformação radical, da organização da unidade até os métodos de avaliação do aluno.

“Hoje o que é mais valorizado não é a menina ou o moço mais bonito, é o moço mais inteligente – explica o coronel. É ele que é valorizado. É ele que fica à frente do batalhão, é ele que comanda o pelotão. Esse status que ele adquire aqui se transfere para o ensino. A postura do aluno mudou porque o comportamento dele mudou. Ele se viu como protetor da comunidade”.

Valorizar a hierarquia motiva mais os estudantes, diz a reportagem da Band. Um exemplo disso é Jonatas, que quer ser ‘coronel-aluno’ no ano que vem.

“Se o aluno conseguir atingir aquela graduação, atingir boas notas, ele vai poder se destacar do batalhão escolar, comandar, vai ter privilégios”, explica Jonatas Phellipe.

Educação de primeira e segurança aumentam a satisfação dos pais de família. “Eu acredito que os pais trabalham seguro – diz Valeska Rodrigues que é mãe de um aluno –, sabendo que ele está estudando, adquirindo coisas boas para ele, qualidade do ensino, e acima de tudo ele vai se profissionalizando e se tornando um cidadão de bem”.

A fila para quem quer uma vaga na escola cresceu. Os moradores podem ter certeza agora que podem garantir um futuro diferente para os filhos.

Crime, droga, violência foram banidos e nível do ensino bate recordes.
Crime, droga, violência foram banidos e nível do ensino bate recordes.
Levou apenas cinco meses para Mael sair da condição de aluno- problema para ser estudante dedicado. Mais uma das muitas histórias que a escola militar da PM passou a colecionar no Parque São Pedro.

“Antes eu vinha à escola apenas para brincar, desrespeitar os professores. Hoje mudou 100% porque a escola está melhor, tem uma boa educação, eu dou mais atenção aos estudos do que no ano passado”, contou o aluno Mael Barbosa.

“A organização dos cadernos, o interesse, eles começaram a perceber que hoje o foco é outro”, acrescentou a professora Cledinha.

A gente sabe que fica difícil tirar mais policiais do combate ao crime nas ruas para disciplinar e melhorar a qualidade das escolas públicas.

Mas fica evidente que a experiência é positiva e merece a atenção dos gestores municipais e estaduais da educação no Amazonas, encerra a Band.

Na Escola Estadual Prof. Waldocke Fricke de Lyra, Manaus: