segunda-feira, 2 de março de 2009

Cólera devasta um Zimbábue miserabilizado pela Reforma Agrária

Vítimas da cólera no Zimbabue
Após uma reforma agrária plena, o Zimbábue é dizimado pela fome e sofre uma inflação anual de 231 milhões por cento (sic).

A miséria geral propiciou terrível epidemia de cólera. O governo socialista nega, mas a Organização Mundial da Saúde (OMS), em inícios de fevereiro contabilizou 3.295 mortos e 64.701 contaminados.

Para a OMS, perto da metade dos 12 milhões de zimbabuanos são vítimas potenciais do bacilo da cólera, por causa das condições de insalubridade de vida no país.

Zimbabuanos querem fugir do pais e entrar na Africa do SulMilhões de zimbabuanos fugiram à vizinha África do Sul, levando a doença. Ali, já foram registrados mais de 2.600 casos e 31 mortes. A população sul-africana agride os imigrantes acusando-os também de lhes tirar os empregos.

Cenas de inferno, ou de pesadelo socialista.

O ditador Mugabe pretextou a necessidade de reparar os males da persistência do pensamento racista, interpretado segundo o realejo do igualitarismo socialista. Iniciou, então, “discriminações positivas” em prol dos “negros” contra os brancos, manipulando “movimentos sociais” compostos de ex-guerrilheiros.

Os crimes cometidos contra os brancos foram inúmeros e forçaram sua saída do país.

Reforma Agraria no Zimbabue, fazendeiros presosMugabe iniciou uma reforma agrária com financiamento britânico. Os fazendeiros ficaram tranqüilizados. Mas foi um golpe. Quando se percebeu que estas fazendas acabavam quase sempre nas mãos dos amigos políticos do próprio Mugabe a verba britânica secou, segundo explicou Peter Fry, antropólogo e professor da UFRJ.

Os fazendeiros ludibriados foram expulsos pela violência pelos “sem terra” locais. “A expulsão dos agricultores brancos foi um tiro racista no pé”, acrescentou Fry. Faltaram alimentos e insumos para a indústria. A inflação disparou.

Casa do ditador do Zimbabue Robert MugabeEnquanto isso, Mugabe, como bom ditador socialista, vive em luxos nababescos.

A “carta racial” foi o pretexto. O socialismo foi seu pensamento e seu objetivo. O drama atual é uma das conseqüências.

O apagamento da civilização e o retorno à barbárie estão ai. E não vai faltar ecologista extremado e missionário indigenista para comemorar.

No Zimbabue só Mugabe e seus amigos comemoram. Para sua festa de aniversário encomendou 2.000 garrafas de champagne, 8.000 lagostas, 100 quilos de camarão, 4.000 porções de caviar, 3.000 patos, 16.000 ovos, 3.000 doces de chocolate e baunilha e 8.000 caixas de bombons, segundo informou o diário “El País” de Madrid.

À festa foi convidada a nomenklatura socialista. Como nos tempos de Stalin, ou como na Rússia de Putin, ou tantas outras ditaduras marxistas ou socialistas.

Casa do ditador do Zimbabue Robert MugabePara um diplomático ocidental, referido pelo diário “The Times” de Londres, a festa é simplesmente “obscena”, na hora que o país afunda na ruína econômica, o sistema sanitário está em colapso e o desespero popular aumenta com a cólera, a malária e a AIDS.

O banco central eliminou 12 zeros da moeda, pois as máquinas de calcular não conseguiam funcionar: o dólar americano valia 250 trilhões (sic) de dólares zimbabuanos. 94% da população está desempregada.

Só falta a Datafolha ou o Ibope zimbabuanos nos informar que Mugabe tem 84% de popularidade, ou até mais...

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