segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Promovendo a esquerda Papa se desmoralizou na Argentina

Associou sua imagem com as esquerdas hoje em crise
Associou sua imagem com as esquerdas hoje em crise
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Rubén Peretó, professor da Universidade Nacional de Cuyo, Argentina, em entrevista ao vaticanista Aldo María Valli destacou que muitos bispos e padres jogaram descaradamente a favor do peronismo, por convicção e por ordens do Vaticano”, noticiou “Infovaticana”.

Os religiosos progressistas agiram contra a chapa do candidato eleito na Argentina que, sendo “católica e educada em escolas católicas”, defendeu “posições, que deveriam ter sido apoiadas por bispos católicos e líderes religiosos”.

Peretó concluiu que politicamente “o Papa saiu derrotado, porque se engajou pela vitória da esquerda”.

Loris Zanatta, especialista em América Latina da Universidade de Bolonha, justificou a posição de Francisco I citando que Milei criticou o Pontífice como “representante do mal na terra” e “difusor do comunismo”.

A aspereza do partido de Milei não é contra a Igreja Católica ou o Cristianismo, é contra a militância esquerdista do Papa Francisco, comentou o jornalista Carlos Esteban.

O triunfo de Milei, prosseguiu, foi um tapa na cara de Papa Bergoglio e confirmou o que todos sabem no país platino: os argentinos não gostam do Papa Francisco e não o querem.

O próprio pontífice jamais pisou seu solo natal desde que foi eleito Papa.

Há anos, os jornais e os portais que devem publicar notícias sobre o Papa atual, fecham os comentários aos leitores porque a maioria se manifesta contrária em termos fortes.

Se antes da eleição muitos poderiam ter pensado que a rejeição do Papa Bergoglio era generalizada apenas entre as pessoas informadas, hoje ficou comprovado que a repulsa domina em todas as camadas sociais.

Se asociando con grevista quando o Senado debatía a privatização de aérea estatal Aerolíneas Argentinas
Se associando com greve quando o Senado debatia a privatização
de aérea estatal Aerolíneas Argentinas
Inclusive entre os mais pobres. Justamente por isso o pontífice “nunca virá à Argentina, porque sua viagem seria um fracasso”, observou o jornalista.

E concluiu que os resultados eleitorais demonstram um fato que só pode desagradar aos católicos de esquerda: o Papa e o episcopado perderam qualquer relevância ante a sociedade argentina quando se inclinam por posições não-tradicionais.

Nessas condições, disse ainda, “as palavras dos bispos e dos sacerdotes não deixam vestígios; ninguém os ouve. A Igreja Argentina é um sal que perdeu o sabor. E sabemos bem o que o Senhor aconselha a fazer com o sal insípido”.


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