quarta-feira, 24 de junho de 2009

Cuba, Venezuela e agora Irã: política externa lulista causa apreensões no mundo livre

Lula cumprimenta líder do Irã, Seyed Mohammed Khatami, Caracas, Ricardo Stuckert-PR
“O Brasil está sob fogo, de modo crescente, por seu vergonhoso apoio a ditaduras ao redor do mundo”, avaliou o colunista Andrés Oppenheimer, do Miami Herald.

Lula cumprimenta líder do Irã, Seyed Mohammed Khatami, Caracas, Ricardo Stuckert-PR

O artigo do renomeado articulista merece a maior atenção. Eis alguns tópicos principais do artigo “O Brasil merece críticas por sua horrível política externa”:

“É difícil existir um ditador — ou um governo repressor — de que o Brasil não goste, afirmam os grupos de defesa dos direitos humanos.

“Na semana passada, quando o Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva se dirigiu ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, foi saudado com um coro de reclamações sobre sua política externa pela Anistia Internacional, pela Human Rights Watch e outros dos principais grupos de defesa dos direitos humanos.

“O apoio do Brasil a governos autoritários está minando o desempenho do Conselho de Direitos Humanos,” declarou a 15 de junho Julie de Rivero, diretora de advocacia do Human Rights Watch.

“O presidente Lula está levando sua política de não se envolver em contendas com outros países muito longe, dizem os críticos.

Lula com Chávez no eeroporto Simón Bolívar, Caracas. Ana Nascimento-ABR“No ano passado, depois que o Presidente venezuelano Hugo Chávez fechou a maior estação de televisão independente de seu país, a RCTV, Lula declarou à revista alemã Der Spiegel que “Chávez é sem dúvida o melhor presidente da Venezuela nos últimos 100 anos.

Lula com Chávez no eeroporto Simón Bolívar, Caracas. Ana Nascimento-ABR

“De modo semelhante, após se encontrar com o semi-aposentado ditador Fidel Castro durante uma visita a Cuba em janeiro de 2008, Lula afirmou esperar que Castro logo retornasse para assumir seu “papel histórico,” e louvou sua “incrível lucidez”.

Registro de votações

“Mais recentemente, os votos do Brasil no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas têm se alinhado mais freqüentemente com países totalitários do que com as democracias de centro-esquerda da América Latina, como Argentina, Uruguai e o Chile. Alguns exemplos recentes:

■ Em maio, o Brasil se absteve em uma votação de resolução patrocinada por Cuba que visava fazer com que o Conselho parasse de monitorar as violações de direitos humanos no Sri Lanka, onde o mais alto comissário de direitos humanos das Nações Unidas, denunciou a generalização de crimes de guerra. Em comparação, Argentina, Chile, México e a Comunidade Européia votaram pela manutenção do inquérito.

Lula e Putin no Itamaraty, Ricardo Stuckert-ABrLula e Putin no Itamaraty, Ricardo Stuckert-PR

■ Em março, o Brasil se absteve em uma votação similar sobre as Nações Unidas continuarem ou não a monitorar os direitos humanos na Coréia do Norte, onde os supervisores da ONU estavam examinando relatórios sobre execuções e campos de concentração. Em comparação, países europeus, Argentina, Chile e Uruguai votaram a favor do prosseguimento da missão.

■ Também em março, o Brasil se absteve em uma votação proposta pela União Européia para barrar uma proposta africana destinada a debilitar a obtenção de provas pelas Nações Unidas de abusos cometidos na República do Congo. Em comparação, Argentina, Chile, Uruguai e até a esquerdista linha-dura Nicarágua votaram a favor de continuar as sindicâncias.

■ Em fevereiro, durante a revisão da situação de direitos humanos em Cuba, promovida pelo conselho, o Brasil afirmou “dar as boas-vindas”‘ à “posição construtiva” de Cuba no sistema dos direitos humanos das Nações Unidas e não mencionou os prisioneiros políticos do país, ou a ausência de liberdade de imprensa e de outros direitos fundamentais.

Lula, Kirchner, Morales e Chávez, Puerto Iguazú, Ricardo Stuckert-PRLula, Kirchner, Morales e Chávez, Puerto Iguazú, Ricardo Stuckert-PR

“O Brasil considera os direitos humanos como um obstáculo para as suas metas estratégicas”, disse-me em uma entrevista telefônica José Miguel Vivanco, Diretor para as Américas do Human Rights Watch.

“O Brasil devia ser fiel a seus compromissos assumidos em tratados internacionais para defender universalmente os direitos humanos e os princípios democráticos, e parar de aplaudir ditadores. Se Lula continuar a fazer vista grossa para abusos de direitos humanos ao redor do mundo, estará abrindo um precedente para que futuros governos suprimam direitos humanos em seu próprio país”.

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segunda-feira, 8 de junho de 2009

Soberania brasileira ameaçada com beneplácito das esquerdas petistas e “católicas”

O príncipe Charles, herdeiro da coroa inglesa, propôs no Itamaraty que os países desenvolvidos assumam a conservação das florestas tropicais brasileiras emitindo títulos a serem comprados por investidores privados, fundos de pensão e seguradoras.

Os proprietários desses títulos garantiriam recursos e impediriam que as matas sejam aproveitadas para cultivo por parte da população brasileira.

Na prática virariam “padrinhos” particulares de enormes extensões do solo nacional com a intenção de impedir os brasileiros que explorem seus recursos. Com essa proposta, a soberania nacional sobre as florestas ficaria condicionada, isto é, seria atingida a fundo. Porque a soberania tem de característico que é plena ou não é soberania.

O príncipe de Gales soltou este despropósito ante empresários nacionais e estrangeiros. Entre eles estava o próprio presidente do BNDES, Luciano Coutinho que engoliu o despautério, a julgar pelo silêncio da imprensa.

2008-09-23, Índios frente ao STF, ato pela anulação de títulos de propriedade de fazendeiros de Caramuru-Paraguaçu, Bahia, ©Wilson Dias-ABrUma equipe britânica voltará ao Brasil para combinar com o governo petista a implementação do plano.

Charles admitiu que, pelo Direito, a Amazônia faz parte do “território soberano” do Brasil. Porém, insistiu na idéia de que o Banco Mundial, ONGs e governos estrangeiros se imiscuírem na gestão das florestas brasileiras a título de financiamento ecológico. Ele mencionou um projeto de sua organização: o The Prince’s Rainforests Project.

Na favela Nova Holanda, no Rio, o príncipe assistiu a uma encenação “para inglês ver”, incluindo o cacique Raoni, mais lembrado no exterior do que no País. A ofensiva comuno-missonária para tirar os brasileiros “brancos” de imensas áreas do território nacional converge objetivamente com planos ecologistas do gênero concebidos no exterior.

A manobra parece se beneficiar do pleno beneplácito do PT e da CNBB e dos planos mais radicais do comuno-progressismo...

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