segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Covid reforçou mercado negro do PC cubano


Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Em tempo normal, o Estado cubano promete carne bovina às crianças de até 7 ou até 13 anos, dependendo da região. O drama é que a carne não chega e as famílias precisam procurá-la fora da lei. Tudo piorou com o coronavírus.

A médica Dra. Yasmín [os nomes foram alterados para proteger a identidade] só recebeu a entrega subsidiada de março, pouco antes da pandemia. Tampouco conseguiu no mercado negro ou nos camelôs que oferecem meio quilo por dois dólares, preço alto para a miséria geral, conta longa reportagem do “Clarin”.

E a Dra vive em Camagüey, a maior província de Cuba com melhores rendimentos de gado. Nem perto do Matadouro de Nueva Paz se consegue: vai tudo para o mercado negro.

Todos os dias, alguns casais de bolsa e mochila montam em um caminhão. Eles giram o dia todo descendo em cada povoamento para ver se há algo à venda.

A corrupção do governo está ligada à venda de alimentos básicos no mercado negro. Procurar “carne vermelha” é punido por lei com pesadas multas e perda da carteira de motorista. Mas ali entra a máquina da corrupção do Partido comunista.

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

No Covid Cuba exportou: mas não foi saúde

Covid foi usado para promover o comunismo a pretexto de saúde
Covid foi usado para promover o comunismo a pretexto de saúde
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
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Assim que tomou corpo a pandemia, o governo argentino, aliás como outros latino-americanos, falou em trazer médicos cubanos, embora sem se saber sequer se são profissionais.

Qual é a causa do fascínio que exerce Cuba como centro até da medicina, quando sus práticas são uma fraude, perguntou o escritor Carlos Manfroni em “La Nación”.

Cuba é como um ídolo adorado pelo eixo bolivariano, do qual sublinha que exporta saúde para América toda, enquanto deblatera contra os governos de tendência oposta.

Um dos muitos exemplos que dá Manfroni, é José Miguel Insulza, então secretário geral da OEA, que quase implorou que Cuba voltasse à organização, não muito depois de Fidel Castro o ter tratado de “bobinho”.

Por fim, o tirano recusou o convite feito de joelhos, acrescentando toda espécie de injúrias à OEA, observou Manfroni.

Em 16 de abril de 2001, no 40º aniversário da proclamação do comunismo cubano, Fidel Castro garantiu que “sem o socialismo, Cuba não seria um país em que, durante 42 anos, não se conheceu a repressão e a brutalidade policial, tão comuns na Europa”.

Venezuela: fome, hiperinflación, e pandemia sem tratar

Homem come do lixo em Caracas
Homem come do lixo em Caracas
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Morei alguns meses em Caracas na década dos ’70. Difícil transmitir a sensação de distensão e facilidades de vida, abundância de importados e excesso de dólares.

No ano que eu cheguei o governo fechou o orçamento com um excedente de dez bilhões de dólares, valor que deveria ser corrigido bem para acima na cotação atual.

Ninguém se queixava economicamente de nada em todas as categorias sociais. Todo o mundo comprava importados nos supermercados, enquanto a reforma agrária nacional destruía a fonte de alimentos do país.

Havia fabulosa produção de petróleo, cotação internacional muito alta e muita alegria de viver. Quando li o que eu vou comentar levei um choque de não acreditar.

É que segundo reportagem de “Clarín”, “a classe média desapareceu da face da potência petrolífera do Caribe, a Venezuela”. Os ricos já fugiram do país, só ficam nadando em ouro a seita socialista e seus teólogos libertários.

A reportagem continua: “96% das famílias caíram para abaixo do nível de pobreza, sendo que 79% do total mergulhou no subsolo da pobreza extrema, agora agravada pela pandemia de coronavírus”.

Os dados são da Pesquisa sobre Condições de Vida (ENCOVI) 2019-2020 apresentados pelas principais universidades da Venezuela, lideradas pela católica Andrés Bello (UCAB).

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Argentina não quer esquerda nem com pretexto de Covid

O brado pela Propriedade Privada nunca se ouviu tão forte
O brado pela Propriedade Privada nunca se ouviu tão forte
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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A paralisação econômica induzida pelo isolamento para cortar o contágio de coronavírus criou graves complicações para as empresas privadas argentinas.

Vítima delas figura um gigante do agronegócio nacional: a empresa Vicentín, quarto maior exportador de produtos agropecuários do país que comercializa a produção de milhares de produtores agrícolas.

A empresa solicitou uma concordata que ficou nas mãos da Justiça. O momento foi explorado pelo presidente Alberto Fernández, de mal disfarçadas tendências bolivarianas, para expropriá-la com um brusco golpe de caneta.

Seus representantes ingressaram a viva força na diretoria da Vicentin, expulsando os donos, desrespeitando as negociações presididas pela Justiça, os legítimos interesses dos credores e das inúmeras cooperativas agropecuárias atingidas pelo caso.

O brutal procedimento confiscatório lembrou imediatamente as violências socialistas do regime da Venezuela.

E a Argentina toda entrou em ebulição com manifestações populares de grande importância nas cidades que giravam em volta da atividade da Vicentin, narrou “La Nación”.