segunda-feira, 17 de agosto de 2020

No Covid Cuba exportou: mas não foi saúde

Covid foi usado para promover o comunismo a pretexto de saúde
Covid foi usado para promover o comunismo a pretexto de saúde
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Assim que tomou corpo a pandemia, o governo argentino, aliás como outros latino-americanos, falou em trazer médicos cubanos, embora sem se saber sequer se são profissionais.

Qual é a causa do fascínio que exerce Cuba como centro até da medicina, quando sus práticas são uma fraude, perguntou o escritor Carlos Manfroni em “La Nación”.

Cuba é como um ídolo adorado pelo eixo bolivariano, do qual sublinha que exporta saúde para América toda, enquanto deblatera contra os governos de tendência oposta.

Um dos muitos exemplos que dá Manfroni, é José Miguel Insulza, então secretário geral da OEA, que quase implorou que Cuba voltasse à organização, não muito depois de Fidel Castro o ter tratado de “bobinho”.

Por fim, o tirano recusou o convite feito de joelhos, acrescentando toda espécie de injúrias à OEA, observou Manfroni.

Em 16 de abril de 2001, no 40º aniversário da proclamação do comunismo cubano, Fidel Castro garantiu que “sem o socialismo, Cuba não seria um país em que, durante 42 anos, não se conheceu a repressão e a brutalidade policial, tão comuns na Europa”.
Mas os documentos dos fuzilamentos, encarceramentos políticos e torturas enchem centenas de páginas se se dedicar um par de linhas para cada vítima.

Esse método criminoso ideológico foi o grande item da exportação cubana durante décadas, sublinha o escritor. O contrário da saúde.

Pandemia acentuou degradação hospitalar cubana
Abel Nieves – preso político durante 21 anos – foi sepultado em vida quando tinha 16 anos, num túnel horizontal de concreto, onde só cabia seu corpo deitado, boca acima com o teto a escassos centímetros da cara. Do chão saía uma água que o mantinha sempre molhado. Porém, não podia bebe-la e nem mesmo se virar para isso.

Assim passou sete dias antes de ser levado a outras cárceres onde o trato também foi brutal.

Evelio Ancheta – outro preso porque resistia à revolução castrista – era jogado numa piscina numa sacola, o tiravam e voltavam a jogar. Muitos morreram assim.

Orestes Pérez era jogado num poço cheio de água com uma pedra amarrada durante minutos, depois o puxavam, o reanimavam e lhe exigiam delatar amigos. Como não fazia isso, tudo começava de novo.

Luis Chamizo passou seis meses numa cela de castigo onde só podia ficar em pé sem flexionar as pernas.

Os eletrochoques provocavam a perda da noção do tempo e do espaço e transtornos da personalidade.

Cecilio Monteagudo sofreu a inoculação de tuberculose antes de ser liberado, método assaz frequente com os opositores.

Foto clandestina em cárcere cubano não identificado
Foto clandestina em cárcere cubano não identificado
Maria García, no dia 13 de julho de 1994 e muitos cidadãos fugiam de Cuba num rebocador quando três naves do governo abalroaram a embarcação até afunda-la e os deixaram abandonados. Ela segurou seu filho até que as ondas o levaram.

Pelo presidio de Los Pinos 15.000 presos políticos foram submetidos aos piores vexames, torturas, fome, sede, golpes e falta do tão inflacionado atendimento médico cubano.

O cárcere de Holguín brilhava pela ausência da medicina cubana, hoje tão badalado pelos amigos dos torturadores no exterior e tão exibido aos turistas que ainda acreditam na fantasia.

Até hoje em Holguín os presos clamam pelas condições de superlotação em plena pandemia. Mas ali, a grande mídia tão prestes a denunciar falhas nos serviços sanitários nos países livres, fingem desconhece-los.

Enrique García Cuevas morreu após 272 dias de greve de fome no cárcere provincial de Santa Clara. Foi usado como cobaia de experimentos biológicos nos quais o ‘alimentavam’ pela violência, num regime de isolamento prolongado e espaços reduzidos com mudanças bruscas de temperatura em celas criadas para isso.

Milhares morreram em greves de fome e dezenas de milhares foram mortos de forma violenta.

Raúl Castro venda vítima que vai ser fuzilada
Raúl Castro venda vítima que vai ser fuzilada
Ernesto "Che" Guevara em Pasajes de la guerra revolucionaria narrou fuzilamentos de prisioneiros que pediam clemencia, aduzindo que “as leis da guerra são as leis da guerra", quando essas leis mandam precisamente o contrário.

Hoje se faz marketing com camisetas e bonés com a imagem desse assassino ufano que aliás, se formou de médico, na Argentina.

A amola moral da revolução cubana foi o ressentimento contra as categorias sociais mais educadas conclui o escritor. Assim não se constrói qualquer projeto pelos pobres nem pelos doentes, porque não tem nada a ver com eles, ou é até contra eles.

Ideólogos imbuídos de ressentimento pregam a magotes que ardem com o mesmo vício, que o idolatram em sessões de massa e partem para a derrubada dos invejados que sustentam a ordem. Nesse momento a liberdade fica reduzida a meros empecilhos.

E quando esses ideólogos galgam o poder entre nós, não duvidam em apelar às maravilhas da medicina cubana e clamam para que venham a seus países a afastar o coronavírus!



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pelo comentário. Este blog se reserva o direito de moderação dos comentários de acordo com sua idoneidade e teor. Este blog não faz seus necessariamente os comentários e opiniões dos comentaristas. Não serão publicados comentários que contenham linguagem vulgar ou desrespeitosa.