domingo, 30 de agosto de 2015

Socialismo venezuelano: onde se geme de fome
e onde a inflação come o que resta

Aguardando no supermercado Bicentenario: onze horas de fila!
Aguardando no supermercado Bicentenario:
onze horas de fila!




O calvário de Carla Aguirre começa às 6:00 da manhã.

Ele é bem conhecido dos cidadãos venezuelanos, mas também dos cubanos e outrora dos homens escravizados detrás da Cortina de Ferro soviética.

Filas, filas, filas... para obter o básico e às vezes voltar para casa com as mãos vazias. Carla procura carne na rede de alimentos do governo chamada Mercal, em La Trinidad, Caracas.

Ela não pode pegar sua filha na escola, pois fica esperando sob o sol, obedecendo às ordens dos militares.

Ela ganha pouco mais de um mínimo, equivalente a R$ 4.248,30 pela cotação oficial, mas que no paralelo só representa R$ 39,60, contou o jornal El Mundo de Madri.

“Eu moro com duas pessoas que não trabalham: minha filha e minha mãe. Compramos perto de três quilos de carne cada quinze dias”.

Se ela comprasse num supermercado particular os seis quilos de carne que sua família consome por mês, gastaria todo o seu ordenado.

Na fronteira, a Venezuela iniciou deportações massivas de colombianos.
Na fronteira, a Venezuela iniciou
deportações massivas de colombianos.
Quando chegou seu turno, por volta das 16 horas, as prateleiras estavam desertas. O pessoal tinha levado tudo o que podia.

Só ficava carne moída de segunda qualidade e o cheiro no local era nauseabundo. As prateleiras congeladas estavam cheias de sangue.

Por cima delas, numa parede também manchada de sangue, reinava uma foto do presidente Nicolás Maduro e outra de “seu pai espiritual”, Hugo Chávez.

Carla é uma cidadã do socialismo do século XXI no ano da misericórdia do Senhor de 2015, quando a Teologia da Libertação lança sua derradeira ofensiva contra os ricos capitalistas.

Na semana anterior, um jovem morreu durante o saque de um mercadinho na cidade de San Félix, estado de Bolívar, sudeste do país.

O presidente Maduro, mais uma vez, não teve vergonha e pôs a culpa na “direita que recebe ordens dos EUA”.

Segundo o Centro de Documentación y Análisis Social, pelo fim do ano a inflação terá atingido 200%. Outras fontes falam de até 500%.

Em qualquer caso, a disparada da inflação tornou irrisório o valor das notas, mesmo as que têm maior de face. Isso obriga os cidadãos a carregar muitas para a vida diária.

100 bolívares é a nota máxima. Com seis destas dá para comprar um shampoo no mercado paralelo.
100 bolívares é a nota máxima.
Com seis destas dá para comprar
um shampoo no mercado paralelo.
No Brasil, a UOL economia estima que o valor de uma nota de 100 reais em 21 anos encolheu para efetivos R$19,90.

Mas na Venezuela, a pulverização do valor do dinheiro aconteceu em breves anos bolivarianos. O governo aduz que falta papel no país.

A maior parte dos alimentos é importada, pois o socialismo arruinou a agropecuária e fecha as fábricas dos particulares “capitalistas” e “inimigos do povo”.

Sabrina – não declinou seu sobrenome – foi fazer compras numa terça-feira. É quando está autorizada pelo último número de sua carteira de identidade para comprar artigos básicos, como farinha, leite, shampoo, papel higiênico e outros itens, todos racionados.

Em alguns postos é preciso deixar a impressão digital.

A especulação grassa sob os olhares cúmplices dos agentes bolivarianos.

O mesmo shampoo controlado pelo governo, que quando existe na prateleira é vendido por 100 bolívares, custa 600 no mercado paralelo.

No supermercado Bicentenario de Las Mercedes, em Caracas, o jornalista de El Mundo de Madri não pôde usar a câmera.

“Se tirares fotos, cairemos encima na pedrada. Nós somos chavistas. Maduro é quem nos traz a comida”, advertiu uma militante idosa que fazia fila desde as 6 da manhã (e já era por volta das 17 horas).

Na rua, a poucos metros do supermercado, as pessoas tinham coragem de falar. Três mulheres viajaram duas horas para comprar uma sacola de frango, leite, arroz, massa, atum e farinha.

Em San Antonio de los Altos, contavam elas, “não há nada. Às vezes a gente viaja desde as 4 da manhã, chega e não tem frango, a gente perde o dia”, explicou Rosario Martínez.

O equivalente a 300 reais (agosto 2015) não cabe no bolso.
O equivalente a 300 reais (agosto 2015) não cabe no bolso.
Jacqueline Acosta, cabeleireira do centro comercial onde está o supermercado Bicentenario, contou que quando as pessoas perdem a paciência, “começam a quebrar as vidraças. Hoje eu deveria atender mais de 20 senhoras, mas só atendi duas. Elas têm medo de vir”.

Naief Al Kuntar tem um filho, Gael, de apenas 3 meses, hospitalizado na terapia intensiva do hospital Miguel Pérez Carreño, em Caracas.

Todos os dias Naief percorre as farmácias da capital para procurar coisas básicas como um antibiótico, porque não há no hospital.

Seu ordenado não é suficiente para pagar os remédios do filho. Nos hospitais não há material para exames.

“Desde que o bebê ficou doente, tivemos que deixar de ir ao cinema. O dinheiro agora dá apenas para alimentar a família, mas a inflação cresce a cada semana”, explica.

Numa farmácia foi possível encontrar um vidro importado de Ômega 3 pelo preço de meio salário mínimo.

Nas altas esferas do lulopetismo, a Venezuela vai pelo bom caminho: o da vetusta e fracassada URSS.


quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Roraima: novas perseguições
contra os produtores rurais

Raposa/Serra do Sol: antes, durante e depois. O Brasil amanhã: como é que vai ser?
Raposa/Serra do Sol: antes, durante e depois. O Brasil amanhã: como é que vai ser?

Paulo Henrique Chaves


O drama e a dor de Dorinha Serra da Lua

O Estado de Roraima ainda não se recuperou da tragédia representada pela expulsão de mais de 300 famílias.

Há sete anos, em decorrência da criação da terra indígena Raposa/Serra do Sol, proprietários da região foram cruelmente retirados de suas próprias casas.

Agora nova perseguição se abate sobre outros pioneiros ruralistas, pois a febre de demarcações dos governos do PT não cessa.

Para perseguir as propriedades eles são capazes de “ressuscitar” novos índios, inventar falsos quilombolas, criar assentamentos de Reforma Agrária, e também parques ecológicos de conservação ambiental em terras de ocupação centenária.

Assista abaixo ao depoimento emocionado de Dorinha Serra da Lua, que conta sua história de seu nascimento e, ao mesmo tempo, desabafa sobre como vem sendo este novo processo de desapropriação no Estado de Roraima, com pretexto de preservar o meio ambiente!


segunda-feira, 24 de agosto de 2015

“Profecia” de Fidel: um presidente EUA negro e um Papa latino-americano dialogarão com Cuba comunista

Fidel Castro no Vietnã do Norte, 1973. De retorno dessa viagem ele teria feito a intrigante "profecia".
Fidel Castro no Vietnã do Norte, 1973. De retorno dessa viagem
ele teria feito a intrigante "profecia".



“Os EUA virão dialogar conosco quando tiverem um presidente negro e haja no mundo um Papa latino-americano”, teria “profetizado” Fidel Castro em 1973 voltando de uma visita ao Vietnã, então em guerra.

A declaração teria sido feita ao jornalista Brian Davis, de uma agência inglesa, que lhe perguntou: “Quando o Sr. acha que se poderão restabelecer as relações entre Cuba e os EUA?"

Ouvindo a resposta do ditador, alguns jornalistas riram, pois estavam habituados às suas palhaçadas histriônicas. Mas alguns espíritos mais reflexivos guardaram a então enigmática predição.

Agora, o jornalista e escritor Pedro Jorge Solans, diretor de El Diário de Carlos Paz, jornal de uma pequena cidade serrana de Córdoba, Argentina, encontrou em Havana um dos presentes na ocasião.

Trata-se de Eduardo de la Torre, que em 1973 era estudante universitário e que agora sobrevive como taxista.

O jornalista argentino escreveu em abril uma crônica com a “profecia”, a qual foi reproduzida pela imprensa cubana, inclusive pelo jornal do Partido Comunista, sem que ninguém apresentasse reparos.

“Os EUA virão dialogar conosco quando tiverem um presidente negro e haja no mundo um Papa latino-americano”, teria “profetizado” Fidel Castro em 1973
“Os EUA virão dialogar conosco quando tiverem um presidente negro
e haja no mundo um Papa latino-americano”, teria “profetizado” Fidel Castro em 1973
Após a reabertura mútua das embaixadas dos EUA e de Cuba, no processo patrocinado pelo Papa Francisco, a crônica foi reproduzida em grandes jornais do mundo, como “La Vanguardia” da Espanha e Clarín da Argentina, bem como em sites e blogs, inclusive castristas e maoístas.

Sobre a autenticidade histórica das palavras atribuídas a Fidel, paira certa dúvida, segundo o site Slate.

O jornalista argentino autor da crônica acrescenta que a testemunha, Eduardo de la Torre, teria acrescentado em tom irônico: “Olha, rapaz, ninguém acreditava no comandante, mas como não acreditar num comandante que ressuscitou mais vezes que Jesus Cristo?”

Costuma-se dizer que o demônio comunica seus planos a seus seguidores com frases confusas ou debochadas, onde mistura o verdadeiro com o falso.

Cabe aos mais perspicazes reconhecer o que pai da mentira está realmente tramando.


segunda-feira, 17 de agosto de 2015

O IPCO nas manifestações de 16 de agosto




Os voluntários da Ação Jovem do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira (IPCO) estiveram presentes nas manifestações do dia 16 de agosto em São Paulo, Curitiba e Brasília.

Daniel Martins, coordenador da Ação Jovem, concedeu entrevista a diversos órgãos de imprensa como Época, Veja SP, Isto é Dinheiro, com excelente repercussão em vídeo na Folha de São Paulo.


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Venezuela confisca empresas, falta ração para cães e gatos; pobres usam remédios veterinários

O sistema hospitalar público está em estado falimentar
O sistema hospitalar público está em estado falimentar



Até os cachorros e os gatos estão ficando sem ter o que comer na Venezuela. Suas rações estão faltando nos supermercados de Caracas.

Segundo O Estado de S.Paulo, a falta de remédios obriga aos que fizeram transplantes a recorrer aos remédios veterinários. Tenho vontade de parar de escrever...

“É humilhante”, disse Kevin Blanco ao mostrar a caixa de remédios para animais que comprou após ter um rim transplantado.

Segundo dados particulares, a falta de medicamentos no país chega a 70%.

“Quando acabou a Prednisona [imunossupressores que evitam a rejeição do organismo aos órgãos transplantados] humana, todo mundo começou a procurar a canina”, disse o presidente da Federação Farmacêutica, Freddy Ceballos.

O médico de Blanco disse que consumir o medicamento para animais seria “por sua conta e risco”, pois não podia garantir quais seriam as reações adversas. 

Na carência crescente, a Câmara Venezuelana da Indústria de Alimentos (Cavidea) disse que o governo ordenou o desvio de 30% a 100% de sua produção para a rede de supermercados estatais, segundo a Folha.

Os produtos preferidos para o desvio são o leite, o óleo de cozinha, o macarrão, o arroz, o açúcar, a farinha de trigo e a farinha de milho pré-cozida, alimentos que fazem parte da cesta básica venezuelana e estão entre os mais escassos.

Eles já estavam na lista de produtos vendidos de forma controlada, como os remédios, e provocam filas nas lojas.

Filas em Caracas aguardando os cada vez mais raros produtos
Filas em Caracas aguardando os cada vez mais raros produtos
As ordens foram enviadas pela Superintendencia Nacional Agroalimentar (Sunagro), órgão que controla a saída da produção das fábricas para o comércio.

Para o presidente da união industrial, Pablo Baraybar, a concentração dos produtos nas redes estatais provocará o aumento das já imensas filas de espera pelos produtos e prejudicará cerca de 115 mil lojas.

Os supermercados estatais vendem produtos com preços subsidiados, mais baratos que os das redes privadas, porém não escaparam da falta de produtos desde a chegada de Maduro ao poder.

Para o mandatário, que reproduz habitualmente a velha cartilha da luta de classes, a ausência de alimentos é resultado de uma fantasiosa guerra econômica das indústrias contra ele.

Em abril, a empresa Polar foi obrigada a passar para a rede do governo 201 toneladas de farinha de milho, principal ingrediente da arepa, o prato mais popular do país.

A Polar também é responsável por 80% da cerveja venezuelana e deverá interromper a produção.

No fim de julho, enquanto explodiam saques e violências com mortos e feridos em várias cidades do país, as Forças Armadas invadiram um complexo de armazéns usado por empresas privadas da área de alimentos e bebidas numa área industrial a oeste de Caracas, noticiou a Folha.

O alvo principal da operação é a Empresa Polar, o maior grupo privado do país. Também foram ocupadas instalações da Pepsi (sócia da Polar), da Coca-Cola e da Nestlé.

O jornal “Últimas Noticias”, de Caracas, informou que uma juíza acompanhada por militares e policiais apresentou ordem do Executivo para que as empresas desocupem a área em 60 dias. O pretexto é que o governo socialista deseja construir moradias populares no local.

O mesmo produto enchendo prateleiras intérminas para fingir que não falta tanto.
O mesmo produto enchendo prateleiras intérminas para fingir que há variedade.
A Polar alertou que serão perdidos cerca de 600 empregos diretos e outros 1.400 indiretos ligados ao transporte e à logística.

Dezenas de trabalhadores protestaram no local para defender seus empregos. A frase “Não à expropriação” foi pintada nos muros do complexo. Agitadores governistas protagonizaram atritos.

Do centro de distribuição expropriado saem 12 mil toneladas mensais de alimentos para milhares de lojas em 19 municípios. Com o fornecimento interrompido faltarão ainda mais alimentos em Caracas.

No estilo de Fidel Castro, o presidente Maduro acusou os donos da Polar de “oligarcas” e capitalistas que, como todo o mundo dos negócios privados, conspiram com forças estrangeiras para ocultar os alimentos e revoltar a população contra o governo.

A ficção não resiste às evidências: as políticas socialistas de controle de preços e do câmbio e as expropriações de empresas produtivas estão jogando na miséria a Venezuela, outrora um dos países mais ricos da América Latina.









A espantosa “fronteira do desabastecimento”: um universo de decadência, crime e miséria. Numa palavra só: socialismo...




terça-feira, 11 de agosto de 2015

Retorno do comunismo ao mundo e à Igreja.
Plinio Corrêa de Oliveira, a grande voz não ouvida.

Símbolos e linguajar marxista voltaram ao centro do cenário europeu com a crise grega. Alexis Tsipras, primeiro ministro grego.
Símbolos e linguajar marxista voltaram ao centro do cenário europeu
com a crise grega. Alexis Tsipras, primeiro ministro grego.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








A Grécia apresenta um ministério composto de marxistas que desafiam a estabilidade da Europa. O Papa Francisco I recebe de presente e aceita uma grande foice e martelo com um Crucificado bem ao gosto da guerrilha castro-comunista apoiada nos anos 60 e 70 por sacerdotes e teólogos da libertação.

Notícias surpreendentes como essas caem como raio em céu sereno com crescente frequência. Dir-se-ia que múmias ressuscitam dos mausoléus do comunismo e se instalam nos centros de poder que ditam o rumo da civilização do III Milênio.

“As lições não ouvidas da História”.

O retorno súbito do comunismo, que se julgava morto, espanta a muitos. Mas não a todos, observou o influente e perspicaz jornal milanês “Il Corriere della Sera” em editorial intitulado “As lições não ouvidas da História”.

Segundo ele, tal espanto testemunha o fato de que muitíssimas pessoas, talvez a grande maioria, preferem não prestar ouvidos às lições da História.

Nesse fechamento voluntário, pesa muito o anseio de que nada aconteça que possa prejudicar a vida gostosa de todos os dias. Atitudes preconcebidas como essa fez Albert Einstein dizer que é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito.

Quando em novembro de 1989 caiu o Muro de Berlim, e dois anos depois a União Soviética implodiu, parecia ter-se fechado a sinistra era inaugurada pela Revolução bolchevista de 1917.

Com uniformes históricos soviéticos, soldados russos encenam a tomada do Reichstad em 1945 enquanto Putin promete restaurar as 'glórias da URSS'
Com uniformes soviéticos, soldados russos encenam a tomada do Reichstad em 1945
enquanto Putin promete restaurar as 'glórias da URSS'
Milhões de pessoas comemoraram, e com justas razões. Porém, segundo o jornal milanês, quase ninguém, excetuados pouquíssimos, que ele qualifica de os “melhores”, quiseram refletir seriamente sobre o passado.

Muitos poucos eclesiásticos ou leigos contagiados pela perversa utopia igualitária marxista decidiram tratar abertamente do problema e corrigir os erros do passado. Eles ficaram entocados.

Havia ficado evidente a ideia sumamente falsa de que a fonte de todos os males era a propriedade privada e seus corolários, a livre iniciativa e a liberdade de mercado, que produzem naturalmente o capital. A propriedade privada, segundo o conceito marxista, é uma espécie de “mal supremo” gerador das odiadas desigualdades entre os homens.

Na queda da URSS também ficou evidente que a invasão do Estado e o dirigismo burocrático nivelador estavam na base de seu estrondoso fracasso.

Não foram tiradas as lições dos erros

Porém, quase ninguém quis refletir seriamente sobre isso, e até mesmo a memória de criminosos como Stalin e seus comparsas da Internacional Comunista ficou intocada. Não foi feita a indispensável reflexão, o balanço, não foram tiradas as lições dos erros cometidos para nunca mais cair neles.

A falsa premissa contra a propriedade privada continuou latejando. Entre nós, por exemplo, no PT, no MST e entidades afins. O coletivismo continuou sendo pregado em cenáculos ativistas, contradizendo os resultados catastróficos dos fatos.

Um dia, quando muitíssimos achavam que o comunismo e seus erros tinham desaparecido, eles voltaram. E a reação foi de espanto

A foice e o martelo aliadas à Teologia da Libertação ficaram entocadas e hoje voltam para surpresa geral dos que foram mantidos no engano.
A foice e o martelo aliadas à Teologia da Libertação ficaram entocadas
e hoje voltam para surpresa geral dos que foram mantidos no engano.
A foice e o martelo do “crucifixo” presenteado a Francisco I na Bolívia – prossegue o jornal italiano – não são símbolos de justiça, mas de opressão, o sinal distintivo de uma utopia que gerou monstros.

O gesto do presidente boliviano Evo Morales foi um insulto à memória dos milhões de homens que viveram como escravos durante décadas sob bandeiras com a foice e o martelo. E centenas de milhões ainda vivem assim em vastas regiões da Terra.

Quando a URSS caiu, numa passeata em Moscou os manifestantes levavam faixas com os dizeres: “Proletários de todo o mundo, perdoai-nos”.

E no Ocidente? Os que propagaram e executaram essas mesmas ideias criminosas pediram análogas e proporcionadas escusas?

Nos ambientes católicos, teólogos, bispos, e até conferências episcopais inteiras favoreceram esses erros disfarçados sob enganosas teologias. Eles corrigiram o rumo, repararam o mal feito e trabalharam para construir o bem oposto?

Não. Espantosamente, não.

Agora esses erros aí estão, empurrando o mundo para os velhos e satânicos abismos do crime e da impiedade.

A exceção que lava a honra

Uma exceção não pode ser omitida. Foi a de um grande brasileiro.

Plinio Corrêa de Oliveira advertiu a necessidade de uma correção para os erros comunistas não voltarem. Não foi ouvido, e o comunismo voltou.
Plinio Corrêa de Oliveira advertiu a necessidade de uma correção
para os erros comunistas não voltarem.
Não foi ouvido, e o comunismo voltou.
Em fevereiro de 1990, aplicando um esforço excepcional, Plinio Corrêa de Oliveira publicou na “Folha de S. Paulo” (14-2-1990), no “Wall Street Journal” (27-2-1990), no “Corriere della Sera” (7-3-1990), bem como em 50 outros jornais e revistas do Ocidente, o manifesto intitulado “Comunismo e anticomunismo na orla da última década deste milênio – A TFP apresenta uma análise da situação no mundo - no Brasil”.

No documento, ele denunciava a parte que incontáveis “inocentes úteis” de Ocidente tiveram na desgraça comunista, e os exortava a uma emenda.

Ao mesmo tempo, apontava a assustadora colaboração de largos e categorizados setores eclesiásticos do Brasil, do Vaticano e do mundo com o Leviatã de horrores morais, filosóficos e humanos do regime comunista.

Plinio Corrêa de Oliveira exortou fraterna e filialmente esses eclesiásticos a se emendarem, a repararem o mal feito e recomeçarem a levar o rebanho de Cristo pela senda gloriosa da Igreja e da Civilização Cristã.

Mas não foi ouvido. Seu nome foi até denegrido em cochichos nos meios políticos, nas sacristias ou nos bispados.

Agora, a Humanidade contempla com espanto o ressurgimento daquele mal satânico do qual Plinio Corrêa de Oliveira quis poupar os homens.


segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Esportistas cubanos fogem em número recorde

Em Toronto só 8 jogadores de hóquei apareceram e Cuba perdeu 13-0
Em Toronto só 8 jogadores de hóquei compareceram e Cuba perdeu 13-0



Os atletas cubanos não estão acreditando nas promessas do diálogo dos irmãos Castro e Obama, com o aval do Papa Francisco.

E se fizeram ouvir através de um recurso mudo, mas eloquente: o da fuga em eventos esportivos no exterior.

Nos Jogos Pan-americanos 2015 de Toronto, a metade da equipe masculina de hóquei sobre grama escapuliu, não se apresentando contra Trinidad e Tobago. Dos 16 jogadores da delegação (11 entram em campo), apenas oito apareceram no gramado.

Mas isso foi a ponta do iceberg. Segundo o caderno esportivo de La Nación de Buenos Aires, cifras extra-oficiais apontam que em Toronto mais de uma vintena de cubanos fugiram para a liberdade.

Os representantes da delegação do país comunista se recusaram a comentar as súbitas ausências.

O total de fugas supera o recorde dos Jogos Pan-americanos de Winnipeg 1999, também no Canadá, quando pelo menos 13 cubanos abandonaram a delegação.

O jogador de hóquei Roger Aguilera reconheceu que “temos sete companheiros nos EUA”, sem especificar o que foi feito do oitavo colega que não apareceu no jogo.

O time feminino cubano de hóquei saiu a campo com apenas nove pessoas. “O time passou por muitas coisas nos últimos dias”, tentou explicar a jogadora Mileysi Argentel.

Também foi constatada a súbita ausência de quatro remadores cubanos que chegaram com a delegação, segundo confirmou à imprensa o DT cubano Juan Carlos Reyes.

Mais dois esportistas, especialistas em clavas, também aproveitaram para desaparecer, segundo o site da ilha “Cuba Si”.

Mas esse voto silencioso de desconfiança às conversas entre Castro, Obama e a diplomacia vaticana não foi emitido somente nos Jogos Pan-americanos.

Seleção cubana em Baltimore, sem os quatro jogadores fugitivos.
Seleção cubana em Baltimore, sem os quatro jogadores fugitivos.
A seleção cubana de futebol que foi disputar no norte do continente a Copa Ouro, equivalente à Copa da América, voltou a Cuba com quatro jogadores a menos, que também aproveitaram a ocasião para procurar a liberdade.

Em algum lugar dos EUA sumiram o dianteiro Ariel Martínez e seus companheiros, antes de jogarem em Baltimore, noticiou o jornal El País de Madri.

A ditadura da ilha tem especial empenho em evitar essas evasões do comunismo. O próprio Fidel Castro qualificou esses esportistas de “soldado que abandona seus companheiros no meio do combate”.

Fidel se referia aos boxeadores Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara, que durante os Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro tentaram fugir, mas foram constrangidos pelo governo petista a voltarem para Cuba, onde foram castigados. Por fim eles conseguiram fugir da ilha para fazer carreira no exterior.

É claro que para Cuba o esporte é um instrumento de guerra psicológica, no qual ela aplica esforços desmesurados visando à propaganda do regime comunista no exterior.

O DT cubano Raúl González falou aos jornalistas com mau humor sobre o sumiço dos futebolistas, após a derrota contra os EUA.


segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Se a bolha chinesa explodir, nem o Brasil sairá ileso

Se a bolha chinesa explodir até os EUA sofrerão o impacto.
Se a bolha chinesa explodir até os EUA sofrerão o impacto.



Na Grécia, o pior dos cenários ocasionaria um abalo que poderia ser assimilado. Porém, caso as negras perspectivas na China se confirmem, dificilmente algum país do mundo ficará ileso.

A crise da China interessa sobremaneira ao Brasil, considerado há muito tempo pelos investidores como um “derivativo da China” por sua quase dependência comercial com ela, estabelecida no período petista.

O Brasil ficou vendendo suas matérias-primas para a indústria chinesa, fechando as fábricas nacionais e importando manufaturas de todo tipo.

O minério de ferro, principal produto da pauta de exportação brasileira, caiu desde o início de junho espantosos 29,24%.

Em consequência, os títulos da mineradora Vale na primeira semana de julho acumulavam queda de 23,90% desde 1º de junho, escreveu Raquel Landim, da Folha de S.Paulo.

À dependência da China, forjada pelos governos de Lula e Dilma, se somam os ingentes problemas internos que se avolumaram no mesmo período como a recessão e o desemprego.

E como se isso fosse pouco, a presidente tenta se equilibrar ante a ameaça de um processo de impeachment e em meio a escândalos inescrutáveis.

Para O Estado de S.Paulo, o Brasil assumiu a atitude de “dependente da China como um país colonial depende da metrópole”.

Dependência 'colonial' filha do petismo: a China foi o principal destino das exportações do agronegócio brasileiro no primeiro semestre de 2015.
Dependência 'colonial' filha do petismo: a China
foi o principal destino das exportações do agronegócio brasileiro
no primeiro semestre de 2015.
Ele importou da China no valor de R$ 18,47 bilhões mas exportou só US$ 2,82 bilhões nos primeiros seis meses deste ano.

O mercado chinês garantiu 19,6% da receita comercial brasileira e se manteve como principal destino das exportações nacionais.


“O Brasil, funciona como metrópole colonial. Isso torna muito assustador qualquer sinal de enfraquecimento do mercado chinês”, concluiu o editorial do jornal paulista.

A especulação financeira é apenas um elemento da pirâmide de explosivos erigida durante décadas na China.

O povo chinês é trabalhador, empreendedor, poupa pensando sempre em melhorar, com sacrifícios terríveis.

Centenas de milhões de trabalhadores rurais migraram para as cidades para ganharem ordenados míseros, mas bem melhores do que podiam conseguir no interior.

Mas agora as fábricas de quase todos os setores, de quinquilharias a carros e produtos de tecnologia, não conseguem escoar a produção. Esta fica acumulada nos portos porque o mundo também em crise está comprando significativamente menos.

A implosão da atividade industrial já é sensível e a perspectiva de demissões em massa, inegável.

Importações chinesas foram devastando a produção industrial brasileira.
Importações chinesas foram devastando a produção industrial brasileira.
Mas, posto o caráter do povo chinês, essas demissões implicarão em colossais motins operários e ingentes violências.

Acresce que o regime está enfrentando revoltas por causa da repressão religiosa, do ensino forçado do comunismo, do controle da natalidade pela polícia.

Os surtos localizados de inconformidade, incluindo motins e greves, com os baixos salários combinados com a corrupção rampante no Partido Comunista somam dezenas de milhares de casos por ano.

Para criar emprego, Pequim vem tentando planos semelhantes aos Programas de Aceleração do Crescimento lulopetistas. Ou copia os planos maoístas. O leitor escolha, o resultado é o mesmo.

Pululam cidades fantasmas onde os semáforos acendem e apagam para as moscas, aeroportos que não recebem aviões, pistas de corrida que nunca viram um carro, museus vazios. As colossais construções da Olimpíada de Pequim racham e apodrecem.

A única diferença com o Brasil é que Lula e Dilma mal concluíram o que começaram ou prometeram fazer.

Pequim não sabe mais o que fazer, salvo embaralhar os números oficiais.