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Símbolos e linguajar marxista voltaram ao centro do cenário europeu com a crise grega. Alexis Tsipras, primeiro ministro grego. |
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista, conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
A Grécia apresenta um ministério composto de marxistas que desafiam a estabilidade da Europa. O Papa Francisco I recebe de presente e aceita uma grande foice e martelo com um Crucificado bem ao gosto da guerrilha castro-comunista apoiada nos anos 60 e 70 por sacerdotes e teólogos da libertação.
Notícias surpreendentes como essas caem como raio em céu sereno com crescente frequência. Dir-se-ia que múmias ressuscitam dos mausoléus do comunismo e se instalam nos centros de poder que ditam o rumo da civilização do III Milênio.
O retorno súbito do comunismo, que se julgava morto, espanta a muitos. Mas não a todos, observou o influente e perspicaz jornal milanês “Il Corriere della Sera” em editorial intitulado “As lições não ouvidas da História”.
Segundo ele, tal espanto testemunha o fato de que muitíssimas pessoas, talvez a grande maioria, preferem não prestar ouvidos às lições da História.
Nesse fechamento voluntário, pesa muito o anseio de que nada aconteça que possa prejudicar a vida gostosa de todos os dias. Atitudes preconcebidas como essa fez Albert Einstein dizer que é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito.
Quando em novembro de 1989 caiu o Muro de Berlim, e dois anos depois a União Soviética implodiu, parecia ter-se fechado a sinistra era inaugurada pela Revolução bolchevista de 1917.
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Com uniformes soviéticos, soldados russos encenam a tomada do Reichstad em 1945 enquanto Putin promete restaurar as 'glórias da URSS' |
Muitos poucos eclesiásticos ou leigos contagiados pela perversa utopia igualitária marxista decidiram tratar abertamente do problema e corrigir os erros do passado. Eles ficaram entocados.
Havia ficado evidente a ideia sumamente falsa de que a fonte de todos os males era a propriedade privada e seus corolários, a livre iniciativa e a liberdade de mercado, que produzem naturalmente o capital. A propriedade privada, segundo o conceito marxista, é uma espécie de “mal supremo” gerador das odiadas desigualdades entre os homens.
Na queda da URSS também ficou evidente que a invasão do Estado e o dirigismo burocrático nivelador estavam na base de seu estrondoso fracasso.
Porém, quase ninguém quis refletir seriamente sobre isso, e até mesmo a memória de criminosos como Stalin e seus comparsas da Internacional Comunista ficou intocada. Não foi feita a indispensável reflexão, o balanço, não foram tiradas as lições dos erros cometidos para nunca mais cair neles.
A falsa premissa contra a propriedade privada continuou latejando. Entre nós, por exemplo, no PT, no MST e entidades afins. O coletivismo continuou sendo pregado em cenáculos ativistas, contradizendo os resultados catastróficos dos fatos.
Um dia, quando muitíssimos achavam que o comunismo e seus erros tinham desaparecido, eles voltaram. E a reação foi de espanto
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A foice e o martelo aliadas à Teologia da Libertação ficaram entocadas e hoje voltam para surpresa geral dos que foram mantidos no engano. |
O gesto do presidente boliviano Evo Morales foi um insulto à memória dos milhões de homens que viveram como escravos durante décadas sob bandeiras com a foice e o martelo. E centenas de milhões ainda vivem assim em vastas regiões da Terra.
Quando a URSS caiu, numa passeata em Moscou os manifestantes levavam faixas com os dizeres: “Proletários de todo o mundo, perdoai-nos”.
E no Ocidente? Os que propagaram e executaram essas mesmas ideias criminosas pediram análogas e proporcionadas escusas?
Nos ambientes católicos, teólogos, bispos, e até conferências episcopais inteiras favoreceram esses erros disfarçados sob enganosas teologias. Eles corrigiram o rumo, repararam o mal feito e trabalharam para construir o bem oposto?
Não. Espantosamente, não.
Agora esses erros aí estão, empurrando o mundo para os velhos e satânicos abismos do crime e da impiedade.
Uma exceção não pode ser omitida. Foi a de um grande brasileiro.
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Plinio Corrêa de Oliveira advertiu a necessidade de uma correção para os erros comunistas não voltarem. Não foi ouvido, e o comunismo voltou. |
No documento, ele denunciava a parte que incontáveis “inocentes úteis” de Ocidente tiveram na desgraça comunista, e os exortava a uma emenda.
Ao mesmo tempo, apontava a assustadora colaboração de largos e categorizados setores eclesiásticos do Brasil, do Vaticano e do mundo com o Leviatã de horrores morais, filosóficos e humanos do regime comunista.
Plinio Corrêa de Oliveira exortou fraterna e filialmente esses eclesiásticos a se emendarem, a repararem o mal feito e recomeçarem a levar o rebanho de Cristo pela senda gloriosa da Igreja e da Civilização Cristã.
Mas não foi ouvido. Seu nome foi até denegrido em cochichos nos meios políticos, nas sacristias ou nos bispados.
Agora, a Humanidade contempla com espanto o ressurgimento daquele mal satânico do qual Plinio Corrêa de Oliveira quis poupar os homens.
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