segunda-feira, 26 de outubro de 2020

O maior êxodo da história latinoamericana

Num ponto de fronteira do Brasil com a Venezuela
Num ponto de fronteira do Brasil com a Venezuela
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







A enxurrada de migrantes venezuelanos nos últimos anos é um fato sem precedentes na América Latina, explicou em entrevista ao “Clarín” Juan Carlos Murillo, Representante Regional para a América Latina do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).

Mais de 5 milhões de pessoas que saíram do país caribenho saturando os sistemas migratórios dos diversos Estados.

Atualmente existem cerca de 174.000 venezuelanos com status de imigração na Argentina, o país sul-americano que está mais longe do Caribe.

A situação na Venezuela provocou o maior êxodo da história contemporânea da região, disse o representante da ACNUR.

É sem dúvida o maior drama migratório do continente bem chamado pelos Papas de “continente da esperança” por todas suas potencialidades católicas.

Filas na ponte Simón Bolívar nla fronteira com a Colombia para fugir da Venezuela
Filas na ponte Simón Bolívar nla fronteira com a Colômbia para fugir da Venezuela
Mas paradoxalmente o Papa Francisco tão preocupado pelas migrações de muçulmanos e animistas do Oriente Médio e da África, pouco ou nada parece se preocupar com o drama de milhões de fiéis católicos de nosso continente.

Trata-se de um movimento massivo em grande escala, segundo o especialista. Nunca tivemos 5.200.000 pessoas na região que deixaram seu país de origem como refugiados e migrantes.

Números muito inferiores de brasileiros, por exemplo, migram para a região amazônica para ali iniciarem o aproveitamento agropecuário de terras no abandono e sem dono.

Então a gritaria comuno-progressista se faz ouvir estrepitosamente até desde o Vaticano. E é acolhida contra esses beneméritos brasileiros pela grande mídia, aliás adversa a tudo o que é católico.

Os mesmos fingem não ver o calvário de milhões flagelados e expulsos de sua pátria por uma ditadura comunista inclemente. Inclusive com riscos para a perda da prática religiosa.

Refugiados venezuelanos na autopista Panamericana, Tulcán, Equador, após atravesaem a Colômbia
Refugiados venezuelanos na autopista Panamericana, Tulcán,
Equador, após atravessarem a Colômbia
A resposta dos Estados tem sido abertamente generosa, diz Murillo. Porque tradicionalmente, os sistemas da região recebem movimentos menores, em geral fronteiriços, e mais gerenciáveis.

Hoje os sistemas estão sobrecarregados, e, em muitos casos, é impossível tomar uma decisão antecipada sobre o estado dos refugiados ou garantir-lhes a documentação.

A autoridade do ACNUR sublinha que fala de centenas de milhares de pessoas e que esta é uma situação sem precedentes no continente.

Os países do Cone Sul são o destino natural. Os venezuelanos fugitivos do comunismo chegam a esses países com a intenção de se enraizar, se estabelecer, se integrar. Uma porcentagem muito pequena expressou interesse em retornar ao país de origem.

A grande afinidade que há entre latino-americanos afasta os sentimentos de discriminação ou xenofobia.

Populares comem lixo tirado do caminhão coletor na rua
Os migrantes que clamam por ajuda têm necessidades de proteção após passarem anos de expropriações e brutalidades socialistas que os deixaram apenas com o mínimo para sobreviver.

A pandemia exacerbou a vulnerabilidade dos refugiados: eles precisam de abrigo, de roupas adequadas para o inverno, alimentos e documentação, sobre tudo longe de seu cálido país caribenho.

A pandemia fez com que muitas pessoas perdessem seus empregos ou o sustento que tinham no setor informal nos países onde procuraram refúgio.

Mas dessa pobreza nem o Papa Francisco e seus movimentos sociais, as Conferencias Episcopais, CEBs e ONGs “humanitárias”, falam pouco.

Parecem obcecados pela luta contra os ricos e contra os evangelizadores e colonizadores “brancos”.


Um comentário:

  1. Leio com muita atenção e respeito.
    vejo que o status quo das sociedades organizadas não querem
    acabar com a escravidão e miséria. Isto fica bem claro em todas
    atitudes dos governantes do mundo.
    A partir que eles defendem os DIREITOS HUMANOS COM UNHAS
    E DENTES A ONU MANTÉM OS 33 DIREITOS SEM SE PREOCUPAR
    COM A VIDA DAS PESSOAS. iSTO DESDE 1948 ANO DA CRIAÇÃO.
    PORQUE NÃO TEM O DIA DOS DEVERES HUMANOS QUE SÃO A
    RAIZ. VEM PRIMEIRO O DEVER DEPOIS DOU O DIREITO. ESSA INVERSÃO DE VALORES TEM LEVADO O MUNDO AO SUICÍDIO GLOBAL.
    UMA PENA A VIDA É BELA E TODOS PODEM. CORDIALMENTE,

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