 |
O Papa Francisco quer uma igreja autóctone na Amazônia, segundo Cardeal Hummes.
Foto: na JMJ Rio de Janeiro julho 2013 |
 |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
|
Muito próximo do Papa Francisco, o vaticanista Marco Tosatti, colunista do “La Stampa” de Turim e de seu site religioso “Vatican insider”, revelou em sua
página pessoal o que vinha sendo comentado “a boca chiusa” em Roma: o Papa prepara em silêncio um sínodo sobre a Amazônia.
O Sínodo não seria brasileiro, mas transnacional, incluindo todas as dioceses da região amazônica vista como uma realidade superior às nove nações que exercem sua soberania sobre partes dela.
O tema central anunciado é a ecologia. Mas não se trata de cristianizar a realidade ecológica da Amazônia, mas de “ecologizar” a Igreja Católica, dissociando-a de seu passado missionário e modelando-a segundo o modelo comuno-tribal excogitado pelo ambientalismo mais radical.
O instrumento escolhido para preparar o evento é o cardeal brasileiro D. Claudio Hummes, 82 anos, arcebispo emérito de São Paulo e ex-prefeito da Congregação para o Clero.
Ele está trabalhando intensamente há alguns anos no projeto pontifício. Já visitou 22 das 38 dioceses da Amazônia e o Papa lhe teria dito para apressar mais a agenda.
Muitos se lembram da destacada presença de Dom Cláudio na loggia de São Pedro quando Francisco I nela se apresentou logo após sua eleição.
O agitado Sínodo da Família, ainda fortemente controvertido, e seguido da não menos controvertida exortação sinodal
Amoris Laetitia, atrasou o Sínodo de uma sonhada igreja comuno-tribal na maior floresta úmida da Terra.