terça-feira, 2 de agosto de 2016

Animais morrem de fome em zoo de Caracas:
símbolo da miséria socialista

Argentina: país que produz mais alimentos per capita no mundo.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




Em matéria de alimentação, a América do Sul assiste a fenômenos assaz divergentes.

Na Argentina, sem ter sequer completado um ano, o governo de Maurício Macri já recuperou o 2º lugar na lista de países fornecedores mundiais de milho, disse o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), segundo “La Nación” de Buenos Aires.

O USDA também elevou a perspectiva da próxima colheita de milho argentino e do volume exportável.

No primeiro semestre, a exportação de trigo progrediu 100,5% em relação a 2015. A área planteada aumentou em um milhão e meio de hectares e a perspectiva da próxima safra é de mais crescimento, calculado entre 50% e 60%.

Segundo Juan Curutchet, presidente do Banco Provincia, o campo argentino estava com “a bota do Estado pisando encima e agora isso acabou”, acrescentou “La Nación”.


A tendência socialista. Venezuelanos entrando na Colômbia: "Minha pátria passa fome!"
A tendência socialista. Venezuelanos entrando na Colômbia: "Minha pátria passa fome!"
De fato, os produtores agrícolas argentinos foram hostilizados durante mais de uma década pelo governo socialista-populista de Cristina Kirchner como “inimigos da classe”, “oligarcas”, “capitalistas”, “agronegociantes”.

“O futuro da produção de alimentos para o mundo passa pela América do Sul: os EUA comem o que produzem; a Europa é cada vez mais um grande jardim; a África tem água e terras, mas não é eficazmente produtiva”, apontou Ricardo Yapur, CEO da Rizobacter, especializada na melhora de sementes.

E explicou: “Há um triângulo imaginário compreendido entre São Paulo, Santa Cruz de la Sierra e Bahia Blanca de onde vai sair a comida do mundo, porque há terra, água e uma população suficientemente educada para entender as novas tecnologias”.

A Grobocopatel, um dos principais grupos agroindustriais do cone sul, sublinhou que a Argentina tem uma população acima de 40 milhões, mas atualmente produz alimentos para 400 milhões e poderia atender rapidamente 800 milhões de pessoas no mundo.

Mas a Argentina enfrenta sérias dificuldades, herdadas da repressão socialista contra o campo. A produção láctea vive séria crise de superprodução e excessos de estocagem decorrentes de acordos demagógicos desrespeitados pelo regime da Venezuela.

Fim do socialismo populista opressor devolveu o otimismo à pecuária argentina.
Fim do socialismo populista opressor devolveu o otimismo à pecuária argentina.
A reconstituição do gado argentino levará alguns anos, impostos pela natural multiplicação dos animais, mas “há um potencial enorme”, avaliou Francisco Lugano, gerente de El Arapey.

O governo “irmão” do lulopetismo impulsionou políticas visando ao “extermínio da pecuária”, que perdeu 12 milhões de cabeças.

A pecuária argentina foi especialmente perseguida enquanto atividade típica das elites sociais que o populismo igualitário quer destruir.

Tudo o contrário está se verificando na Venezuela, mas o esquerdismo eclesiástico e político acena com gestos simpáticos para o ditador bolivariano Nicolás Maduro, enquanto faz toda espécie de cara feia para o governo de Maurício Macri.

50 animais morreram de fome no maior zoológico de Caracas.
50 animais morreram de fome no maior zoológico de Caracas.
Um exemplo patético de miséria socialista em que caiu a Venezuela acontece no zoo de Caricuao, o maior de Caracas.

Pelo menos 50 animais morreram de fome nos últimos seis meses, segundo denunciou o Instituto Nacional de Parques (Inparques) citado por “La Nación”.

Marlene Sifontes, representante do sindicato do Instituto, disse à agência Reuters que os animais “passaram até quinze dias sem comer, e sua saúde vem se deteriorando”.

E pôs o dedo na chaga: “O que está acontecendo com os animais em Caricuao é a metáfora do sofrimento do venezuelano”.

Sem terem alimento apropriado para distribuir, os funcionários do zoo apelaram para mangas e abóboras, tentando salvar animais que não comem esses vegetais, como leões, tigres, e até um elefante.

Morremos de fome!, clamam os populares
Foi aberta uma sindicância pelas mortes no zoo, mas é só para preencher as formalidades. Todo o mundo sabe o que está acontecendo não só com os animais, mas sobretudo com os simples cidadãos.

O socialista do século XXI Nicolás Maduro teve de abrir os pontos fronteiriços com a Colômbia e o Brasil, para que um rio de famintos pudesse ir procurar remédios e alimentos básicos nos países vizinhos.

Os arautos progressistas que vivem perorando contra a fome nas cômodas instalações de governos socialistas, organismos internacionais, ONGs e até no Vaticano, pouco ou nada falam da imensa desgraça em que o socialismo precipitou a Venezuela, tão rica em recursos naturais.


Video: Rio humano à procura de alimentos e remédios na Colômbia




Agonia de fome dos animais do zoológico de Caracas


A crise da fome na Venezuela - Documentário da BBC Mundo




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