Argentina: país que produz mais alimentos per capita no mundo. |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Em matéria de alimentação, a América do Sul assiste a fenômenos assaz divergentes.
Na Argentina, sem ter sequer completado um ano, o governo de Maurício Macri já recuperou o 2º lugar na lista de países fornecedores mundiais de milho, disse o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), segundo “La Nación” de Buenos Aires.
O USDA também elevou a perspectiva da próxima colheita de milho argentino e do volume exportável.
No primeiro semestre, a exportação de trigo progrediu 100,5% em relação a 2015. A área planteada aumentou em um milhão e meio de hectares e a perspectiva da próxima safra é de mais crescimento, calculado entre 50% e 60%.
Segundo Juan Curutchet, presidente do Banco Provincia, o campo argentino estava com “a bota do Estado pisando encima e agora isso acabou”, acrescentou “La Nación”.
A tendência socialista. Venezuelanos entrando na Colômbia: "Minha pátria passa fome!" |
“O futuro da produção de alimentos para o mundo passa pela América do Sul: os EUA comem o que produzem; a Europa é cada vez mais um grande jardim; a África tem água e terras, mas não é eficazmente produtiva”, apontou Ricardo Yapur, CEO da Rizobacter, especializada na melhora de sementes.
E explicou: “Há um triângulo imaginário compreendido entre São Paulo, Santa Cruz de la Sierra e Bahia Blanca de onde vai sair a comida do mundo, porque há terra, água e uma população suficientemente educada para entender as novas tecnologias”.
A Grobocopatel, um dos principais grupos agroindustriais do cone sul, sublinhou que a Argentina tem uma população acima de 40 milhões, mas atualmente produz alimentos para 400 milhões e poderia atender rapidamente 800 milhões de pessoas no mundo.
Mas a Argentina enfrenta sérias dificuldades, herdadas da repressão socialista contra o campo. A produção láctea vive séria crise de superprodução e excessos de estocagem decorrentes de acordos demagógicos desrespeitados pelo regime da Venezuela.
Fim do socialismo populista opressor devolveu o otimismo à pecuária argentina. |
O governo “irmão” do lulopetismo impulsionou políticas visando ao “extermínio da pecuária”, que perdeu 12 milhões de cabeças.
A pecuária argentina foi especialmente perseguida enquanto atividade típica das elites sociais que o populismo igualitário quer destruir.
Tudo o contrário está se verificando na Venezuela, mas o esquerdismo eclesiástico e político acena com gestos simpáticos para o ditador bolivariano Nicolás Maduro, enquanto faz toda espécie de cara feia para o governo de Maurício Macri.
50 animais morreram de fome no maior zoológico de Caracas. |
Pelo menos 50 animais morreram de fome nos últimos seis meses, segundo denunciou o Instituto Nacional de Parques (Inparques) citado por “La Nación”.
Marlene Sifontes, representante do sindicato do Instituto, disse à agência Reuters que os animais “passaram até quinze dias sem comer, e sua saúde vem se deteriorando”.
E pôs o dedo na chaga: “O que está acontecendo com os animais em Caricuao é a metáfora do sofrimento do venezuelano”.
Sem terem alimento apropriado para distribuir, os funcionários do zoo apelaram para mangas e abóboras, tentando salvar animais que não comem esses vegetais, como leões, tigres, e até um elefante.
Morremos de fome!, clamam os populares |
O socialista do século XXI Nicolás Maduro teve de abrir os pontos fronteiriços com a Colômbia e o Brasil, para que um rio de famintos pudesse ir procurar remédios e alimentos básicos nos países vizinhos.
Os arautos progressistas que vivem perorando contra a fome nas cômodas instalações de governos socialistas, organismos internacionais, ONGs e até no Vaticano, pouco ou nada falam da imensa desgraça em que o socialismo precipitou a Venezuela, tão rica em recursos naturais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo comentário. Este blog se reserva o direito de moderação dos comentários de acordo com sua idoneidade e teor. Este blog não faz seus necessariamente os comentários e opiniões dos comentaristas. Não serão publicados comentários que contenham linguagem vulgar ou desrespeitosa.