Hospitais em estado miserável. |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
O precipício da miséria induzida parece não ter atingido o fundo. Quando se diria que mais baixo não se pode cair, os ditadores socialistas inventam uma degradação maior.
Agora na Venezuela haverá um general-em-chefe encarregado do arroz, outro do frango, outro do óleo, até completar os 18 produtos alimentares e farmacêuticos básicos, segundo ordenou, no programa televisado “En contacto con Maduro”, o superministro da Defesa, Abastecimento e Produção, Vladimir Padrino López, informou “Clarin”.
O superministro está executando um programa desenhado pelo presidente Nicolás Maduro para fiscalizar as empresas privadas.
Na prática, a aplicação já está se vendo: a tropa confisca os produtos e os distribui entre os simpatizantes chavistas.
O ministro anunciou com ufania oca que “os objetivos de visita às empresas [de alimentos] e acompanhamento foram cumpridos a 100%”.
Agora a ofensiva ditatorial vai se concentrar na distribuição de remédios. “Não podemos permitir que a distribuição de medicamentos continue nas mãos dos privados tendo nós os meios que nos deixou o comandante Hugo Chávez”.
O presidente Maduro informou que já foram fiscalizadas 791 empresas em todo o território nacional.
O confisco atingirá também as sementes e o ministro anunciou que já está em formação uma brigada de 250 fiéis que porão logo mãos à obra.
A militarização do país triplicou sob a presidência do aliado do comunismo cubano.
Há 12 anos o falecido Hugo Chávez tinha tirado a tropa dos quartéis para venderem frango e tomate. O resultado está à vista, ou seja, já não se vê frango nem tomate.
As crianças venezuelanas andam de barriga inchada e quase a metade dos habitantes perdeu peso, segundo a Sociedade Venezuelana de Puericultura e Pediatria, acrescentou o jornal “Clarín”.
Huníades Urbina Medina, presidente dessa Sociedade, explicou que por causa da fome que destrói a saúde do povo, “vamos ter uma geração de deficientes físicos do ponto de vista cognitivo, morfológico e psicológico”.
“No hospital Domingo Luciani (no estado de Miranda) registramos entre 15 e 20 casos de desnutrição severa em um mês. O problema é que a criança não cresce nem se desenvolve, e quando tratada já não se recupera”, explicou.
Recém-nascidos em caixas de papelão no hospital de Barcelona, estado Anzoátegui.
“As famílias conseguem no máximo ter uma ou duas refeições por dia, e de muito má qualidade, puro carboidrato. Temos crianças que a gente vê gordas, mas que de fato estão inchadas porque estão retendo água por causa do consumo excessivo de farinhas”, acrescentou.
Pelo menos quatro crianças morreram de desnutrição severa no rico Estado petrolífero de Zulia. Uma criança de 18 meses perdeu a vida porque passou mais de 72 horas sem ingerir alimentos, segundo contou a mãe ao jornal “La Verdad”.
Não se encontram 85% dos alimentos e 95% dos remédios. A inflação pulou a 180% anual em 2015. Os analistas locais preveem que ela ascenderá a 700% ou mais neste ano.
As crianças são levadas à escola com a esperança de receberem algo para comer. Nos últimos meses, vários professores e pais de alunos contaram casos de alunos que desmaiaram de fome nas aulas.
No hospital Domingo Guzman Lander, no estado de Anzoátegui, a carência de incubadoras para os recém nascidos força a que eles tenham como berços caixas de papelão usadas.
A deprimente foto foi difundida nas redes sociais por Manuel Ferreira, diretor de Direitos Humanos da Mesa de Unidad Democrática (MUD), grupo político oposicionista, noticiou “Clarín”.
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