Papa Francisco como que teria abençoado a candidatura do extremista Gustavo Petro |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Após uma soada recepção no Vaticano pelo Papa Francisco, o candidato da ultra-esquerda conquistou seu melhor desempenho em uma eleição legislativa da Colômbia.
Com 99% dos votos apurados, a coalizão Pacto Histórico, do ex-guerrilheiro Gustavo Petro, obteve 16 das 108 cadeiras no Senado.
A quantidade a faz a maior força da Casa, ao lado do Partido Conservador — outra força tradicional, o Partido Liberal terá 15 cadeiras. Centro Democrático, mais à direita, e a aliança centrista Centro Esperanza terão 14 assentos cada um.
Na Câmara dos Deputados, a aliança apoiada pelo Pontífice conquistou 25 das 188 vagas, empatando com os conservadores. Liberais foram escolhidos para 32 cadeiras.
Foi o melhor resultado da esquerda no Congresso bicameral do país desde 2006. A votação também definiu os três candidatos principais para o pleito presidencial de 29 de maio, segundo os números da “Folha de S. Paulo”.
Petro tomou parte na luta armada até que pela magia de um tratado foi admitido na política convencional em 1990.
Ultra-esquerdista ingressa no Vaticano com presentes para Papa Francisco |
Petro garantiu é grande apoiador do acordo de paz do Estado com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) recusado em plebiscito pelo povo colombiano mas que as esquerdas eclesiásticas e leigas querem impô-lo de qualquer jeito, pouco se importando com a democracia.
Em 2019, um terço dos guerrilheiros marxistas leninistas se achando defraudados porque suas exigências (assembleia nacional constituinte; reforma fiscal; reforma Agrária e desprivatização de instituições públicas concedidas à iniciativa privada). não tinham sido aceitas, já tinha voltado a usar as armas, segundo a “Folha”.
O acordo repudiado em referendo há quatro anos era um esqueleto seco, mas Petro e Havana e a Santa Sé queriam ressuscitá-lo segundo disse o ex-lider guerrilheiro Rodrigo Londoño, “Timochenko”, terrorista durante 40 anos, acusado de muitos crimes e procurado pelos EUA, mas negociador do acordo, que comemorou a vitória de Petro. Cfr. /.
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