segunda-feira, 11 de abril de 2022

Colombianos não entendem qual é a religião do Papa Francisco

De guerrilheiro e da Teologia da Libertação, perverso carcereiro, a candidato preferido do Papa Francisco
De guerrilheiro e da Teologia da Libertação, perverso carcereiro,
a candidato preferido do Papa Francisco
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Em que Deus e em que religião acredita o candidato presidencial de extrema esquerda Gustavo Petro, foi a grande interrogação dos colombianos adotada pelo maior jornal da Colômbia “El Tiempo”.

O candidato diz ser católico, embora não assista regularmente à missa mas foi recebido em plena campanha presidencial pelo Papa Francisco I em ato que, de si, deveria propulsar sua candidatura.

O gesto, porém, resultou um tiro pela culatra segundo inúmeros testemunhos do povo católico colombiano que começou a se perguntar afinal qual é a religião do Papa Francisco.

O candidato presidencial pelo Pacto Histórico, Gustavo Petro, surpreendeu muitos nessa semana ao incluir o “Jesus dos pobres” em seu discurso.

Além disso, o senador conta com o apoio do pastor Alfredo Saade, que prometeu mais de 2 milhões de votos que teria em 400 igrejas no Litoral.

Como contou à revista 'Semana', Petro teve formação católica e é orientado pela teologia da libertação.

Porém, deixou claro despectivamente que não é “rezadeiro” nem vai à missa, considerando que a prática religiosa não é senão “aparência”" e que o que vale é sua militância de esquerda, ou “compromisso”.

“Na teologia da libertação, o que importa não é a forma, o rito, mas o compromisso, já vi católicos se ajoelharem e votarem em Uribe para matar meninos. Não acredito nesses rituais, mas sim no compromisso”, destacou.

Papa Francisco recebeu ao candidato de extrema esquerda Gustavo Petro
Papa Francisco recebeu ao candidato de extrema esquerda Gustavo Petro
Gustavo Petro foi recebido pelo Papa Francisco durante 45 minutos oficialmente para falar de meio ambiente e a crescente onda de violência no país, informou o jornal “El Tiempo” de Bogotá.

Foi um evento inédito na agenda do Sumo Pontífice, porque o chefe da Igreja Católica só se reune com líderes em exercício, e não com candidatos que disputam a presidência.

E a reunião foi considerada de grande importância para Petro. Ele já havia se reunido em 2015 no Vaticano com o pontífice enquanto prefeito de Bogotá, durante um colóquio sobre 'Escravidão Moderna e Mudanças Climáticas', em que os prefeitos participantes, selecionados nas esquerdas, assinaram uma declaração junto com o Papa Francisco.

Petro obteve o encontro pelo seu excelente relacionamento pessoal com o Núncio Apostólico em Bogotá quem se destaca pela procura de um acordo com os guerrilheiros do ELN.

Para Yann Basset, doutor em Ciências Políticas pelo Instituto de Estudos Superiores da América Latina da Universidade de Paris III - Sorbonne a reunião obedeceu à estratégia de Gustavo Petro “para aplacar ou resistir a certos setores da opinião pública” receosos de seu ousado esquerdismo.

O analista Andrés Segura achou que Petro quis “apoiar a ideia da inevitabilidade da sua vitória” diante dos eleitores colombianos porque considera que “a Igreja é a chave para reforçar sua campanha”.


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