segunda-feira, 16 de maio de 2022

Ministra chilena trata grande parte da Argentina como “territorio mapuche”

Ministra do Interior Izkia Siches inaugurou novo governo chileno criando grave atrito com a Argentina
Ministra do Interior Izkia Siches inaugurou novo governo chileno
criando grave atrito com a Argentina
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







O novo governo chileno de extrema-esquerda iniciou sua política externa com inesperada provocação ao vizinho argentino.

A nova ministra do Interior e Segurança Pública do Chile, Izkia Siches, gerou uma comoção adotando um mito ancestral segundo o qual grande parte da Argentina pertence aos mapuches chilenos, noticiou a imprensa argentina.

O procedimento prenuncia uma época de atritos gratuitos sobre questões fronteiriças sensíveis que pareciam superadas.

A polêmica foi acessa no prelúdio da primeira viagem do presidente Gabriel Boric à Argentina e causou grande rebuliço no Chile e na Argentina.

A ministra, que é uma das mais importantes do novo governo, se retratou logo, mas ambiguamente.

Em Buenos Aires, diplomatas de carreira exigiram que a Chancelaria portenha solicitasse “esclarecimentos do Chile sobre as declarações feitas por seu Ministro do Interior e reiteradas por seu Ministro de Bens Nacionais”.

Eles consideraram se tratar de “reivindicações separatistas que violam a integridade territorial da Argentina e o Tratado de Fronteira”.

Wallmapu território reivindicado por subversivos mapuches
Wallmapu: território reivindicado por subversivos mapuches
A reivindicação incendiária inclui a cidade de Buenos Aires.

Líderes políticos da Patagônia, no governo e na oposição, rejeitaram “a reivindicação secessionista que o governo chileno de Boric está legitimando um pseudo-nação independente Mapuche”.

Siches visitou os territórios chilenos em que esses indígenas (ou supostos tais) praticaram atos terroristas, com feridos, mortos e destruição de bens.

Siches e sua comitiva foram recebidos com tiros ao ar e deram meia volta a toda presa.

“O governo, disse, tenta enfrentar os problemas (…) gritando para o céu quando se fala de Wallmapu. ... um território que será totalmente expropriado”.

Wallmapu é o nome do território reivindicado pelos ditos indígenas que abarca em maior parte a Argentina.

Siches postou em sua conta no Twitter uma foto tirada durante a turnê, que acompanhou com a frase: “Terminamos o dia em Wallmapu”, escreveu o jornal “Los Andes” do também ameaçado estado de Mendoza.

“Rejeito profundamente a afirmação secessionista conhecida como ‘Wallmapu’, que o governo chileno de Boric está legitimando. Trata-se de reconhecer grande parte do território argentino e chileno como uma nação pseudo-mapuche independente”, tuitou o deputado Miguel Ángel Pichetto.

Atentado incendiário em Bío Bío, Chile, foco do conflito mapuche
Atentado incendiário em Bío Bío, Chile, foco do conflito mapuche
Após a repercussão que tiveram as palavras, Siches se desculpou com a mensagem: “Não pretendo de forma alguma interferir no território de nossos irmãos transandinos. Quero deixar bem claro, o termo é focado em nosso território nacional.”

Ela também acrescentou que não era sua intenção “polarizar nosso país, mas sim falar com nossos povos nativos com grande respeito e nisso se eu causei desconforto em nível nacional ou transandino” .

O ex-ministro da Segurança da província patagônica argentina de Chubut, Federico Massoni, criticou a ministra pelo uso do termo polêmico.

O trabalho da ministra do governo subversivo foi continuado por uma série de ataques incendiários no conturbado sul do Chile, onde os “mapuches” atacam os bens do Estado, das grandes empresas florestais e proprietários particulares.

Uma casa de fazenda em Tirúa, um armazém e uma cabana em Cañete, região de Bío Bío a 500 quilômetros ao sul de Santiago, foram queimados em ataques que felizmente não deixaram feridos ou mortos, informou “Clarín”.

Subversão mapuche não teme derramar sangue
Subversão mapuche não teme derramar sangue
A Ministra Siches apresentou uma queixa e enviou a polícia, mas não se aguarda nada que dissuada novos ataques.

Os incendiários deixaram um documento exigindo a libertação dos presos ‘indígenas’ por crimes diversos, assinado pelo grupo radical Resistência Mapuche Lafkenche, disse uma rádio local.

No dia anterior, em dois outros atos de violência foram destruídos postos de controle, veículos de carga e caminhões, e houve até um confronto a tiros com policiais.

São frequentes os ataques incendiários a máquinas e propriedades, tiroteios fatais e greves de fome de presos ‘indígenas’.

O novo presidente esquerdista Gabriel Boric cessou a militarização da região e implantou uma estratégia de “diálogo” que soa a acobertamento dos grupos subversivos.


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