Vice-almirante Viktor Chirkov, chefe da Marinha russa |
O vice-almirante Victor Chirkov, comandante da Marinha russa, explicou à agência oficial RIA-Nóvosti:
“Estamos estudando a criação de pontos de assistência e manutenção no território de Cuba, nas ilhas Seychelles e no Vietnã”.
Desta maneira, a Rússia restaurará sua presença militar nos três oceanos.
Ele reconheceu que o objetivo do país para os próximos anos é “o desenvolvimento das forças da Armada russa para além das fronteiras da Federação”.
O líder cubano Raúl Castro, mais necessitado do que nunca do apoio de seu antigo aliado e grande financiador, visitou recentemente Moscou para tratar do incremento da cooperação militar com seu antigo patrão.
A aliança continuava intocada, porém a Rússia ficou impotente para financiar a ditadura marxista cubana.
Destróier 'Almirante Chabanenko' entra no porto de Havana |
A Rússia fechou em 2001 a base de espionagem eletrônica de Lourdes, voltada contra os EUA, peça importante do esquema anti-ocidental soviético na Guerra Fria.
Esta é precisamente uma das bases que Moscou quer reativar.
Em dezembro de 2008, uma flotilha russa liderada pelo destróier anti-submarino 'Almirante Chabanenko' ancorou no porto de Havana, tão somente a 90 milhas de Miami (Estados Unidos), por vez primeira desde 1991.
Segundo o diário “Pravda”, “até agora não se trata dos planos para uma presença militar, mas sim da restauração dos recursos da tripulação”.
Está se excogitando o mais importante e demorado: a criação das bases. Quando estas estiverem prontas, bastará trasladar a tropa de combate.
Expansão naval militar visa todos os oceânos |
A declaração se encaixa como anel no dedo na atual fase de desenvolvimento do plano de Putin.
Um pouco antes, o presidente da República das Seychelles, James Michel, fez “uma declaração inequívoca”, acrescentou o “Pravda”. As Seychelles, no Oceano Índico, sempre foram zona de influência soviética.
Em 1981 a Marinha Soviética sustentou o governo ameaçado de cair e, antes do colapso da URSS, os soviéticos tinham presença constante na área.
Teste do novo missil intercontinental Bulava |
Até o momento ela só contava com duas bases navais no exterior: no porto de Tartus, na Síria, e em Sebastopol, na Ucrânia.
O programa de rearmamento anunciado pelo Kremlin prevê despesas bilionárias até 2020.
A frota russa tem uma vintena de fragatas e corvetas garantidas, além de quatro porta-helicópteros da classe Mistral.
O presidente-ditador Putin, na reunião do G20, em junho, tinha feito “uma declaração repentina dura para a imprensa”, acusando os EUA de não cumprimento de compromissos assumidos.
E acrescentou:
“Em Cuba, há baías convenientes para os nossos navios de guerra e reconhecimento, uma rede dos chamados ‘campos de pouso de salto’. Com o pleno consentimento da direção cubana, em 11 de maio deste ano, o nosso país não só voltou a trabalhar no centro eletrônico de Lourdes, mas também colocou novos móveis mísseis nucleares estratégicos Oak”.
Rússia manterá a base naval de Tartus, na Síria. Foto Googleearth |
Para a Força Aérea russa, Putin prometeu até 2020 mais 1.600 aeronaves.
Anunciou ainda 600 aviões e 1000 helicópteros extras, num plano orçado em US$ 720 bilhões, noticiou a Folha de S. Paulo, (12/08/2012).
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