segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Cuba afunda nas trevas do nada

Cubanos fazem uma sopa na rua em Havana
Cubanos fazem uma sopa na rua em Havana
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Milhões de cubanos iniciaram uma escura fase sem eletricidade nas suas casas de vários dias sendo imprevisível quando ela acabará definitivamente, registrou reportagem do “La Nación”.

O “camarada socialista” responsável pela eletricidade do país, Lázaro Guerra, confirmou que o sistema elétrico nacional colapsou, acrescentando que o desastre só era parcial.

Porém nada prometeu sobre quando voltaria a energia inclusive na capital de Havana com quase dois milhões de cidadãos mais do que favelizados.

As falhas em série na rede elétrica mostrou o evidente: o governo não pode restaurar a energia aos residentes exaustos debilitados por grave escassez de alimentos, medicamentos e combustível.

O furacão Oscar serviu de para-ventos acenando para uma “situação extremamente perigosa” no leste de Cuba que já estava sem eletricidade nem comunicações antes da tempestade que trouxe ventos de até 160 quilômetros por hora.

A rede elétrica nacional de Cuba iniciou sua série de colapsos na semana passada. Logo as autoridades falaram de restauração parcial do serviço logo antes de anunciar outro colapso.

Vários vídeos de protestos na capital apareceram nas redes sociais sem se verificar a autenticidade.

Não houve telefones nem Internet cujo tráfego caiu drasticamente no país todo.

Apagão em Havana, não é execional num universo de carências
Apagão em Havana, não é excepcional num universo de carências
O fato é que a rede nacional está decrépita e os apagões cada vez piores são indissimuláveis.

O governo culpa o embargo comercial dos EUA, a Donald Trump, e faltas peças para operar as destilarias de petróleo.

A nomenklatura comunista cubana culpa os “gusanos” anticastristas refugiado em Miami, publicou “Clarín”.

O povo está acostumado a essas mentiradas aduzidas há 65 anos. Ele sabe que em Cuba tudo cai de podre.

Aqueles que alertaram para a putrefação da infraestrutura e pediram a modernização, nunca foram ouvidos. E o antigo sistema de usinas continuou caindo aos pedaços.

Os radicais do socialismo acham que esse é o preço a pagar para manter seu poder a salvo das “deformações anti-revolucionárias”.

Hugo Chávez injetou petróleo para não ver um McDonald's em Havana, segundo disse mais de uma vez.

Castro ganhou auxílios da presidência de Barack Obama que trouxe alívio para o culpabilizado bloqueio e com a abertura de rotas turísticas para aposentados norte-americanos expandindo Lula pagou um bilionário porto em Mariel. Mas não era o embargo, o Covid-19 parou o turismo e não há o que exportar em Mariel.

Central elétrica flotante no porto de Havana
Central elétrica flotante no porto de Havana
Chávez morreu e a Venezuela continuou caindo numa ruína que disputa em horror da cubana.

A abertura de inversões que sucedeu, a inflação atingiu três cifras, os protestos de 2021 foram castigava com penas extraordinárias, o turismo de burgueses aposentados americanos não voltou e tudo indica que sem energia não voltará mais.

Pelas cifras oficiais a população caiu de 11.181.595 em dezembro de 2021 a 10.055.968 no mesmo mês de 2023. Em 2024, estaria abaixo dos 10 milhões.

Especialistas como Juan Carlos Albizu-Campos, do Centro Cristiano de Reflexão e Diálogo em Cuba, afirmam que só ficam 8,62 milhões. Assim, um quarto da população escapou nos últimos anos.

Precede à Venezuela que caminha para perder dez milhões de habitantes.


segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Da teologia da luta de classes à da Pachamama,
mas sempre contra os homens

Bispos na maior festa religiosa da Patagônia atacam o enrriquecimento para 'salvar' a Mãe Terra
Bispos na maior festa religiosa da Patagônia
atacam o enriquecimento para 'salvar' a Mãe Terra
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Em tempos de infiltração profunda da Teologia da Libertacao, pronunciamentos episcopais e clericais “engajados” costumavam surpreender com escandalosas adesões aos princípios marxistas da luta de classes radicalmente opostos ao Evangelho.

Nos últimos anos, porém, essas declarações que promoviam o materialismo marxista vêm sendo substituídas por outras que endeusam a Pachamama, ou Mãe Terra, ou ainda Gaia na fraseologia ecologista.

Na essência, continuam as mesmas posições em favor do materialismo, ateu no caso da “Teologia da Libertação”, panteísta no caso da Pachamama.

No primeiro caso o pretexto preferido era agir na defesa dos pobres. No segundo caso o pretexto mais amado é sair na defesa da natureza.

Em ambos casos o inimigo é o mesmo: o capitalismo privado, nacional ou internacional, apontado como fonte de todos os males e desastres sociais e econômicos, agora acrescidos dos ambientais.

Males dos pobres e da pobreza no primeiro caso, sofrimentos e queixas da Terra ferida e violada pelos investimentos humanos no segundo caso.

Houve apenas uma mudança no pretexto, na essência continua o culto ateu à matéria. Mas com a mudança, a sorte dos pobres ficou esquecida ou mandada à breca.

Foi-se o tempo em que D.Casaldáliga pregava a luta de classes comuno-indigenista
Foi-se o tempo em que D.Casaldáliga pregava
a luta de classes comuno-indigenista em clave socioeconômica
Exemplo clamoroso disso foi dado recentemente pelos bispos argentinos da Patagônia.

Num pronunciamento conjunto clamaram contra uma iniciativa da propriedade privada que viria trazer um fabuloso enriquecimento à escassa e parcialmente pobre população patagônica.

Eles visavam um oleoduto que cruzará o planalto patagônico do Rio Negro e um porto está sendo construído no sul da província e que fornecerá anualmente 15 bilhões de dólares com exportações de petróleo.

O investimento em andamento, é feito no âmbito do Regime de Incentivos aos Grandes Investimentos (RIGI), no qual o novo governo aguarda de inicio 30 bilhões de dólares e uma entrada anual de 2,5 bilhões de dólares, a partir de 2026, e que fornecerá por volta de 7.000 ou 8.000 empregos diretos e algumas dezenas de milhares de empregos indiretos, quando completado.

Na peregrinação anual à cidade de Chimpay, estado de Rio Negro, o bispo de Alto Valle, Mons. Alejando Benna, junto com os bispos de Viedma, D. Esteban Laxague, e de Bariloche, Mons. Juan Carlos Ares, se voltaram contra o projeto enriquecedor insinuando que seus promotores “não se importam com a terra, com os projetos que hipotecam água e terra”, noticiou “Clarín” de Buenos Aires.

Porto exportador de petróleo e gás liquida enriquecerá a Patagônia
Porto exportador de petróleo e gás liquida enriquecerá a Patagônia.
Mas bispos são contra alegando defender a Pachamama
O bispo de Rawson, Mons. Roberto Álvarez no vizinho estado de Chubut, também manifestou a sua preocupação pela sorte da Mãe Terra.

“É pertinente perguntar-nos se (a obra) não prejudicaria alguns dos ecossistemas pertencentes ao nosso mar territorial e outros que com eles são partilhados”, indagou esquecido dos pobres.

Endereçou nesse sentido uma carta ao governador de Chubut, ao vice-governador, ao procurador-geral, e aos legisladores provinciais, “tendo ouvido vários atores sociais que me expressaram a sua preocupação”, leia-se aos ativistas ecologistas e quiçá indigenistas, dando as costas ao povo que comemora a entrada de um fator que tirará da necessidade a grande parte da população local.

O bispo pergunta na carta às autoridades: “Tem certeza de que isso não afetará o assentamento dos Pinguins de Magalhães, que é vulnerável a derramamentos de petróleo?

“E no repovoamento da Baleia Franca Austral, antes dizimada pela caça e que escolheu o golfo para se produzir?

“O que acontecerá”, acrescenta, “com as principais atividades econômicas das comunidades locais, como a pesca artesanal, o turismo orientado para a pesca desportiva, a caça e a observação da vida marinha, se o tráfego de barcos mudar os seus hábitos face aos derrames que são produzidos?”.

Grupelhos comuno-indigenistas manifestam contra o enriquecimento da Patagônia
Grupelhos comuno-indigenistas manifestam
contra o enriquecimento da Patagônia "em defesa da Mãe Terra"
Nenhuma referência a Deus, à festa religiosa, nem aos fiéis. Só veiculação de suspeitas, em geral demagógicas, da militância ecolo-tribalista visceralmente anti-capitalista.

Ele esclareceu que “nenhuma de minhas formulações tenta estabelecer posições científicas”, e assim se joga a semear dúvidas sem tomar conhecimento das ‘posições científicas’ que nestes casos é indispensável conhecer para formular propósitos sensatos.

Tentou fugir de eventuais críticas dizendo que “ninguém mudou minha posição ideológica”, portanto reconhecendo que tem uma posição ideológica que, como vimos, acerta o passo com o ambientalismo panteísta.

E encerra com a escapatória de que “só a minha preocupação cívica aumenta o peso de ser o bispo que exerce o ofício pastoral nesta área da província de Chubut”.

Nosso Senhor Jesus Cristo que instituiu a ordem episcopal para ensinar o Evangelho, ficou para outra vez. Agora é a hora de outra divindade e da matéria em clave ecologista.


segunda-feira, 11 de novembro de 2024

São Miguel Arcanjo e Satanás disputam pelo Brasil

Projeto gigante de santuário de São Miguel, em São Miguel Arcanjo, SP
Projeto gigante de santuário de São Miguel, em São Miguel Arcanjo, SP
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








São Miguel Arcanjo e Lúcifer disputam pelo reinado espiritual sobre o Brasil. Em Gravataí (RS) uma Nova Ordem de Lúcifer na Terra pretende inaugurar o maior santuário do País dedicado ao rei dos infernos.

A estátua do anjo caído já está construída e tem três metros. Ela receberá rituais de “demonolatria”, culto voltado para alta magia negra, segundo explica Lukas de Bará da Rua, um dos fundadores da sinistra organização religiosa e que se apresenta como uma apalhaçada batina preta, informou o “Correio Braziliense”.

“Lúcifer, na nossa visão, representa a luz do autoconhecimento. Não existe a ‘queda de Lúcifer’. Na verdade, temos uma interpretação diferente sobre as energias que equilibram o Universo”, explica com um linguajar panteísta mais próprio da Nova Era.

Para ele há mais de um Deus, “entre eles Lúcifer”, e não há necessidade de uma Bíblia escrita. Para ele só “existe a Tradição e o conhecimento”, leia-se a iniciação ocultista e a gnose.

Estátua de Lúcifer é instalada em santuário de Gravataí, RS
Estátua de Lúcifer interditada em Gravataí, RS
E Tata Hélio de Astaroth, cofundador da Ordem infernal, acrescenta contraditoriamente estar escrevendo ele próprio sua bíblia denominada “Bíblia do Diabo Segundo a Corrente 72”.

A sede da “Nova Ordem de Lúcifer na Terra” terá cinco hectares e um amplo espaço para contato com a natureza, bem no gosto do ecologismo.

Católicos fiéis à Igreja promoveram no local um terço de reparação.

A inauguração do monumento foi interditada pela Prefeitura em virtude de irregularidade com o alvará, e posteriormente pelo Tribunal de Justiça de Gravataí a pedido da autoridade municipal. As interdições não são definitivas e podem ser levantadas.

Em sentido contrário está em via de conclusão uma estátua de São Miguel Arcanjo com 70 metros de altura no interior de São Paulo, a 1,5 quilômetro da Basílica da cidade de São Miguel Arcanjo, a 180 quilômetros da capital paulista, noticiou a “Gazeta do Povo”.

A estátua será maior que o Cristo Redentor no Rio de Janeiro, que tem 38 metros de altura, e que a Estátua da Liberdade da Havan, em Barra Velha (SC), de 57 metros.

A Basílica de São Miguel Arcanjo na cidade atrai fiéis do Brasil inteiro, mas já não consegue acolher seu grande número. Para acomodar esse público foi estruturado o projeto do Complexo Turístico Gruta do Arcanjo, em uma área de 30 mil m².

O complexo inclui dois prédios, praça campal, estacionamento, espaço comercial, um auditório para 250 pessoas e uma igreja.

A imagem terá 57 metros de altura e 70 metros se se contabiliza a base, que terá um aspecto de rocha.

O modelo inspirador é a Gruta de São Miguel Arcanjo no Monte Gargano, na Itália, o mais antigo santuário na Europa Ocidental dedicado ao príncipe das milícias celestes.

3º maior Santuário de São Miguel Arcanjo do mundo no Paraná
3º maior Santuário de São Miguel Arcanjo do mundo no Paraná
O Papa Gelásio I mandou erigir essa basílica após o Arcanjo São Miguel aparecer por volta do ano 490 várias vezes ao bispo de Siponto perto de uma caverna. Ele pediu que essa lhe fosse dedicada para proteger a região de invasores pagãos.

“São Miguel é o nosso defensor, um anjo que tem uma missão maior que a dos anjos comuns, alguém que está ao nosso lado para nos defender”, evidenciou o sacerdote Márcio Almeida.

Os fiéis brasileiros, indo por um lado num sentido contrário do progressismo e da Teologia da Libertação, e por outro lado intuindo que a ação de Lúcifer está cada vez mais sensível e agressiva, estão recorrendo cada vez mais ao Príncipe das Milícias Celestes.

Outra amostra disso é a afluência dos fiéis ao Santuário Basílica de São Miguel Arcanjo na cidade de Bandeirantes, no Norte Pioneiro do Paraná do qual também fazem parte a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes e dos Nove Coros de Anjos e a Cruz de 81 metros – a maior do Brasil e uma das maiores do mundo, segundo “Aleteia”.

São Miguel Arcanjo do Monte Gargano, Itália, é um modelo seguido no Brasil
Imagem de São Miguel Arcanjo do Monte Gargano, Itália,
é muito venerrada no Brasil
A romaria à basílica paranaense de São Miguel Arcanjo a transformou no terceiro mais visitado santuário de São Miguel no mundo, só superado pelo próprio santuário do Monte Gargano e pela abadia do Mont Saint-Michel na França.

Um homem de negócios e um jovem sacerdote empreenderam a construção de uma igreja dedicada a São Miguel Arcanjo por causa do enorme afluxo de fieis que enchia o barracão improvisado para eles.

Dom Fernando José Penteado, bispo de Jacarezinho na época, chegou a considerar o projeto como “grandioso” demais, mas autorizou.

Três anos depois, em 15 de setembro de 2012, uma imagem de São Miguel Arcanjo, totalmente em aço, foi colocada ao lado do templo que ia ser inaugurado.

Desde então, o local recebe mensalmente cerca de 40 mil visitantes vindos de todas as partes do país. E todo dia 29, data do arcanjo, cerca de 10 mil pessoas comparecem à celebração.


segunda-feira, 4 de novembro de 2024

“Bolsas” socialistas somem e empregados voltam ao trabalho na Argentina

Colheita de uvas no Valle de Uco, Mendoza
Colheita de uvas no Valle de Uco, Mendoza
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
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diversos blogs








A concessão demagógica de bolsas pelo “socialismo do século XXI” argentino afastou a mão de obra do trabalho e danificou gravemente a produção em regiões inteiras.

O novo governo está recortando esse fator empobrecedor do país e a carência de mão-de-obra vai deixando de ser uma preocupação.

No início de 2024, as “bolsas” repercutiram gerando a negativa de trabalhar por parte dos trabalhadores. 

Então, as perdas chegaram a 40% nos rubros do tabaco, peras, maçãs e cítricos que não puderam ser colhidas e ficavam no campo até apodrecer.

Pablo Vernengo, diretor executivo de Economias Regionais da Câmara Argentina de Médias Empresas (CAME), destacou a “La Nación” que em mais de 30 produções as dificuldades em contratar trabalhadores para a lavoura, sobre tudo para as colheitas, deixaram de ocupar os primeiros lugares numa enorme lista de problemas gerados pela administração peronista-socialista.

Agora, “vemos um pouco de luz: há mão de obra disponível. É uma boa notícia para o setor”, afirmou o gestor.

Vernengo explicou que o trabalho com carteira assinada era sabotado pelos “planos sociais”. ‘Para que trabalhar se assinando a carteira a gente perde a bolsa do governo’ era o raciocínio de incontáveis titulares desses “planos” estatistas.

Colheita de damascos
Colheita de damascos. Volta-se a sorrir
Mas quando ditas “bolsas para os trabalhadores” começaram a acabar muitos voltaram a trabalhar.

Melania Zorzi, presidente da Federação Citrícola de Entre Rios (Fecier), confirmou essa realidade.

“Este ano na área citrícola como os ônibus saem da cidade de Concórdia lotados de trabalhadores para a colheita. Ano passado foi constrangedor, só havia 10 pessoas no ônibus”.

A colheita de frutas cítricas ficava muito diminuída e o custo da movimentação dos empregados em ônibus era impossível de amortizar”, explicou.

Também os benefícios e os valores das “bolsas” estatais caíram ou perderam valor. Assim muitas pessoas viram que era preciso trabalhar.

O anterior governo, nacionalista-peronista, versão argentina do “socialismo XXI”, prometeu combinar as “bolsas” com o trabalho de carteira assinada, mas nada fez.

As pessoas temiam perder as benesses dirigistas, não compareciam e a a maioria das economias regionais perderam grande parte da sua produção.

O novo governo focou as infindas irregularidades na adjudicação dos “planos” e ficou claro que uma tal selva de corrupção era insustentável. Os infelizes “beneficiados” voltaram ao trabalho e a falta de mão-de-obra deixou de ser uma preocupação.

Colheita de peras
Colheita de peras
Vernengo sublinhou que o retorno ao emprego legal ficou irreversível “quando se viu que haveria eliminação de descontroles e que as partilhas ilegais e desvios estavam sendo cortadas”.

As boas notícias beneficiaram a patrões e empregados e a ordem está voltando gradualmente à macroeconomia. Porém, ainda subsiste uma selva de problemas gerados pelo dirigismo socialista que ainda punem os proprietários.

Entre eles, um desarranjo geral de preços, controles, pressão fiscal, impostos exagerados e taxas mirabolantes a nível nacional, provincial e municipal que ferem duramente aos produtores.