Mapuches disparam armas na leitura de um manifesto (Twitter) |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Violentos conflitos têm epicentro na Araucânia chilena e na Patagônia argentina provocados por “indígenas” mapuches.
Num vídeo viralizado no Chile, a organização mapuche Weichan Auka Mapu exibe armas e ameaça usá-las caso o exército seja enviado a restaurar a ordem e cessar com os ataques predatórios desses “indígenas”, segundo documentou “La Nación”.
O vídeo parece uma mera repetição de exibição de forca dos guerrilheiros das FARCs.
O líder fala com o rosto coberto e ameaça ao presidente Piñera que está entregando o cargo. E numa outra mensagem recrudesce as ameaças de violência caso seja eleito presidente o candidato das direitas.
O porta-voz guerrilheiro afirma: “diante do fortalecimento de uma direita golpista, (...) nossos ancestrais apoiaram a guerra contra os invasores espanhóis e do Estado chileno, instamos estes cães de guarda dos ricos a abandonar nosso território, porque serão derrotados pela força dos Mapuches gente em armas”, ameaçou.
E justifica o uso de armas, mas ali sem o folclore forjado, mas em termos de luta de classe marxista-leninista com pinceladas ecologistas:
Atentado mapuche descarrila e incendeia trem no sul do Chile |
No final da gravação, várias dezenas de membros da organização, com os rostos cobertos, erguem as armas, gritam “vamos vencer” disparam para o céu seus fuzis automáticos.
Numa suposta retomada de “terras ancestrais” baderneiros encapuzados invadiram a turística cidade de El Bolsón, perto de Bariloche, na Argentina e iniciaram a depredação de moradias e lojas.
Seus porta-vozes diziam pertencer a uma Comissão de Direitos Humanos da periferia de Buenos Aires, afiliada ao movimento de Cristina Kirchner e, reforçados por “mapuches” chilenos destruíam com total omissão das autoridades e da polícia local.
Ignaros das realidades agrícolas atacaram e feriram um cavalo de um gaucho argentino que estava celebrando o rodeio do Dia da Tradição com um bom churrasco popular regado a vinho.
Os gauchos presentes não suportaram
Montaram seus cavalos e puseram em fuga às chicotadas o grupo de manifestantes encapuzados que destruíam o centro da cidade.
Gauchos correram depredadores 'mapuches' na Argentina |
Víctor vive em El Bolsón há mais de 15 anos e explicou a briga:
“Estávamos em uma festa depois de muito tempo trancados [pelo coronavírus], e essas pessoas vêm se apropriar de tudo. Você cansa porque as pessoas não sabem o que fazer, ninguém nos defende”, disse.
“Não são gente daqui, também não são mapuches. Eles quebram a praça, os negócios. Saímos do nada porque estamos cansados deles cortando a estrada e muitas outras coisas”, acrescentou.
Quando o jornalista lhe perguntou se a luta contra os manifestantes pró-mapuche se faz com “os rebencazos”, Víctor respondeu: “Sim, sim, venha o que vier, porque você tem que dar uma boa surra nessa gente, eles não merecem reclamar de quebrando tudo. Se quiser reivindicar, mas reivindique bem, sem quebrar nada ”.
O jornalista perguntou se assim não “piorava as coisas”, o entrevistado respondeu que “essas pessoas andam carregando facas. Ninguém faz nada, e quem nos ouve? As crianças não podem sair à rua, quem eles pensam que são?
A porta-voz Soraya Maicoño, de um grupo mapuche que promove um conflito territorial que já resultou em mortes, disse que ante o acontecido levantaram o assentamento e foram embora.
Mas acusou os gauchos de “gente a cavalo muito bêbada batendo em todo mundo”.
“Vocês estavam bêbados?”, perguntou o jornalista ao gaucho Victor. “Estávamos em uma festa, não vamos contar que estávamos bebendo refrigerante, mas eles também não estavam lúcidos. Nós estávamos com a família”, respondeu.
“Saímos para defender o que é nosso. Estamos cansados deles cortando a estrada e ninguém fazer nada”.
No final do diálogo, Víctor encerrou: “quando eles voltarem, nós também iremos dar-lhes umas ‘correadas’”.
A reação popular na Argentina toda foi de entusiasmado aplauso aos genuínos homens do campo.
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