segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

China saqueia recursos pesqueiros sul-americanos

Pesqueiro ilegal chinês tenta fugir da guarda costeira argentina
Pesqueiro ilegal chinês tenta fugir da guarda costeira argentina
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







A América do Sul entrou nas redes das grandes frotas pesqueiras ilegais chinesas. Em 2020, uma delas com cerca de 300 barcos atravessou o Estreito de Magalhães e, posteriormente, ficou rondando as Galápagos, no oceano Pacífico.

O site defesa net da Marinha do Brasil difundiu análise em novembro 2020 com o título Pesca Ilegal na América do Sul: pontos de atenção e dilemas.

Enquanto que a agencia oficial alemã de informações Deutsche Welle (DW) publicou Aliança Sul-americana contra a pesca estrangeira ilegal no Pacífico.

Estas frotas majoritariamente chinesas, procuram litorais menos fiscalizados como os da África. Mas quando ficaram conhecidas e passaram a sofrer controles, vieram com mais frequência a depredar o Atlântico Sul e o Pacífico Sul, denuncia Marsemfim.

China montou a maior frota pesqueira do mundo, visando a pesca ilegal
China montou a maior frota pesqueira do mundo, visando a pesca ilegal
Pescar em águas internacionais não é proibido, mas com frequência estas frotas avançam nas zonas econômicas exclusivas, mais perto da terra, onde os recursos são mais abundantes, mas pertencem aos países costeiros. Então é atividade ilegal, pirata, e inescrupulosamente predadora.

O defesa net diz que ‘a pesca ilegal, não regulamentada e não reportada nas águas sul-americanas vem representando um desafio para a manutenção da soberania dos países costeiros sobre suas Zonas Econômicas Exclusivas e seus recursos’.

Em outubro 2020 numa operação conjunta das Marinhas do Brasil e da França foram confiscadas 7 toneladas de peixes pescadas ilegalmente pela China.

Enquanto depreda clandestinamente os recursos dos países, oferece que investimentos fortes e suspeitos aos políticos da região.

A China prefere usar o porto de Montevidéu, no Uruguai, e os de Chimbote e Callao, no Peru, como bases logísticas para seus pesqueiros.

As ilhas Galápagos pertencem ao Equador e são um santuário marinho protegido da pesca ilegal no Pacífico.

Mas nos últimos anos, uma grande frota pesqueira majoritariamente chinesa, desenvolve atividades suspeitas para dizer pouco, nas zonas limítrofes às águas jurisdicionais do Equador.

Pesqueiros chineses podem ancorar nas Malvina
Pesqueiros chineses podem ancorar nas Malvina
Depois de protestos, a China anunciou que cessaria a pesca nas Galápagos. Foi só retórica. Um dia depois, diz a Deutsche Welle, a Marinha do Equador detectou que não havia 260 barcos com a estrela marxista como se temia, mas 340.

Os problemas acontecem com todos os países da região.

Não faz muito tempo, a Argentina prendeu um pesqueiro chinês que atuava em suas águas territoriais e se afundou deixando a suspeita de querer ocultar sua verdadeira atividade.

Já são numerosos os barcos piratas chineses presos, tendo vários preferido se afundar antes que pagar a multa ou que documentação sensível de atividades não pesqueiras caiam na mão do país cujas águas invadiram.

Depois que a frota chinesa cruzou o Estreito de Magalhães e subiu a costa do Chile e Peru, a Deutsche Welle diz que os Estados Unidos alertaram as autoridades peruanas que protestaram.

Segundo a Deutsche Welle, ‘a diretora da Oceana Chile, Liesbeth van der Meer, disse que nos anos anteriores centenas desses navios estiveram localizados bem na orla dos parques marinhos Juan Fernández e Nazca’, informou Marsemfim.

Pesqueiro chino se saborda para não ser pego
Pesqueiro chinês se afunda para não ser pego
Ela acrescentou que “estamos seguindo cuidadosamente a rota e comportamento da frota chinesa nesta parte do mundo, e que visa a captura de espécies de importância comercial, com uma capacidade pesqueira gigantesca’.

A estratégia chinesa é conhecida: seus barcos desligam os aparelhos de localização quando entram em águas que lhes são proibidas. Mas, ao mesmo tempo, firmam acordos com países da região para usarem seus portos o que reforça a atividade ilegal.

As frotas ilegais atuam sobre tudo na região sul da costa brasileira mais rica em biomassa pesqueira, favorecida pela corrente fria das Malvinas rica em nutrientes.

O site deplora a falta de visão das autoridades nacionais para proteger seus recursos pesqueiros e defender seus Parques Nacionais Marinhos.


2 comentários:

  1. Boa tarde, tem como enviar estas matérias para o whatsapp para que sua divulgação seja mais abrangente ?
    Atenciosamente
    PS:se puderem enviarei o número de meu telefone ok

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    Respostas
    1. Clicando no título do post (neste caso China saqueia recursos pesqueiros sul-americanos ) o Sr chegará ao post original.
      Na parte de baixo do post aparecem os ícones de muitas redes sociais. Clicando no whatsapp entra em seu smartphone e encaminha segundo sua preferência.
      Atenciosamente, Luis

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