segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Francisco I estimula invasão de propriedades

Francisco I recebe euforicamente ao chefe das invasões Juan Grabois
Francisco I recebe euforicamente ao chefe das invasões Juan Grabois
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






O Papa Francisco assumiu o rol de principal crítico do governo argentino, questionando sua política de ordem social contra os subversivos “piquetes” e até criticando heróis históricos nacionais, segundo publicou “La Nación”.

Ele até aludiu a uma polêmica invasão de terras em La Paz, província de Entre Ríos, pertencentes a um ex-ministro, liderado pelo chefe das invasões e agitações sociais Juan Grabois.

O proprietário Luis Miguel Etchevehere denunciou atos criminosos e depredação da propriedade agrícola até que a Justiça deu ordem de despejo dos invasores executada pela polícia.

Grabois montou um projeto subversivo com grupos como Juventude pelo Clima e Produtores Rurais Unidos para “tomar posse de forma pacífica e legal” de uma parte da propriedade em litígio, até serem banidos pela Justiça.

O Papa Francisco referiu-se a este episódio para criticar a “má distribuição das terras e da marginalização que isso gera” no ambiente agropecuário. E também contra as propriedades urbanas dizendo: “a violência brutal nos bairros e todas as formas de crime organizado estão a crescer”,

Ele fez um apelo a “um planeamento territorial equilibrado. Apoio constante à agricultura familiar e respeito às famílias rurais que acabam sujeitas ao poder criminoso”, leia-se do poder que confere a legitimidade aos proprietários, no que foi entendido como um apoio a Grabois e um endosso implícito às suas invasões.

Juan Grabois havia sino premiado pelo Papa que o nomeou membro do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral do Vaticano.

Voltando de encontro com Francisco I, o agitador Juan Grabois promovido a Dicasterio vaticano protagonizou bochornosas violências
Voltando de encontro com Francisco I, o agitador Juan Grabois
promovido a Dicastério vaticano protagonizou vergonhosas violências
E eis que o líder da oposição esquerdista protagonizou um episódio violento ao chegar ao aeroporto de Ezeiza retornando da reunião promovida pelo Papa Francisco.

Os passageiros no terminal o reprovaram como ladrão que faria melhor em voltar a Roma com Francisco I. O agitador reagiu violentamente com raiva e a Polícia de Segurança Aeroportuária (PSA) teve de intervir para evitar piores incidentes, acrescentou ainda “La Nación”.

Vários vídeos viralizaram nas redes sociais mostrando a Grabois lutando com quatro agentes de segurança e um membro de seu grupo que tentavam contê-lo, enquanto os presentes gritavam para ele: “Vá com o Papa!” e “ladrão”.

Ele dizia não ter roubado a ninguém, mas o coro de passageiros replicava: “Você roubou dos pobres”, “você roubou tudo”, “você roubou de todos os argentinos”.

A violência continuou na calçada do aeroporto, enquanto Grabois repetia berrando “Não roubei ninguém”, e os passageiros revidando “Você foi mentir para o Papa, seu canalha. Você não contou a verdade a ele”, etc.

A viagem de Grabois a Roma teve um grande impacto político devido à recepção do Papa aos líderes de movimentos sociais, reunidos sob o lema “Plantar a bandeira face à desumanização”.

Ali, o Papa Francisco fez um discurso contundente com uma apologia do protesto social e criticou o governo argentino especialmente pela repressão dos “piquetes” subversivos.

Com Grabois ao seu lado, o Pontífice disse ter visto um vídeo da repressão aos piqueteiros que apresentou como “trabalhadores, pessoas pedindo seus direitos nas ruas”, mas recebendo gás lacrimogênio “de primeira qualidade” jogado pela Polícia. “O Governo em vez de pagar com justiça social, pagou com o spray de pimenta”, sublinhou.

Num outro momento pareceu justificar as invasões de propriedades dizendo genericamente que “se as pessoas pobres não se resignarem, não se organizarem, mas perseverarem na construção quotidiana da comunidade e, ao mesmo tempo, lutarem contra as estruturas de injustiça social, mais cedo ou mais tarde, as coisas mudarão para melhor”.

Relacionamento do subversivo com o Papa é muito próximo e intenso
Relacionamento do subversivo com o Papa é muito próximo e intenso
E exortou os movimentos sociais mundiais: “não encolham, vocês vão para a frente. (...) Uma das coisas que gosto em você é que você não escreve documentos ideológicos”, concluiu voltado para Grabois que se apresenta na Wikipedia como “escritor, dirigente social y político”.

O engajamento do Pontífice com os grupos de esquerda e esquerda radical atraiu as reações mais desagradáveis, mas não por isso desprovidas de de doses de realidade.

O deputado federal Alberto Benegas Lynch disse ser “esgotante” deplorou ter que ouvir “mensagens coletivistas” e “críticas errôneas” nas cerimônias católicas, atitudes que afastam da Missa, citou ainda “La Nación”.

Ele falou, aliás, após assistir à Missa na paróquia de Nossa Senhora do Carmo, na periferia de Buenos Aires: “os católicos deveríamos deixar de dar dinheiro [à Igreja] e de assistir à missa” enquanto continuar essa pregação ideológica e anticatólica.

E acrescentou: “se amamos a nossa Igreja, somos obrigados a defendê-la das infiltrações comunistas”.
E ainda: “sinto-me muito triste por sofrer por causa dos representantes da Igreja que tanto me dificultam a ida à missa aos domingos.

“É cansativo ouvir mensagens coletivistas sobre a propriedade comum, o destino universal dos bens e outras ideias ultrapassadas que, quando aplicadas, levaram à fome africana”, afirmou o legislador.

Território invadido na Patagônia com pretexto indigenista, recusado pela Justiça
Território invadido na Patagônia com pretexto indigenista,
aliás, recusado pela Justiça
“Como católico, penso que devemos ter em conta que, se acreditamos na mensagem de Cristo, alguns representantes da Igreja, como o Papa, têm desvios. Lembremos que a missa inicial do seu papado foi com Gustavo Gutiérrez, que é um dos promotores da Teologia da Libertação. Posteriormente, disse que o seu mentor foi monsenhor Angelelli, que celebrou missa com a bandeira Montoneros e as espingardas cruzadas atrás do altar”, continuou.

“Nas suas declarações ataca constantemente o sétimo e o décimo mandamentos relativos às tiranias [e que ordenam respeitar o direito sagrado da propriedade privada: ‘não furtar’ e ‘não cobiçar os bens alheios’], omitiu-se de as condenar enquanto mandava sinais de simpatia para Castro, Chaves e outros regimes”, lamentou.

À luz destes episódios vergonhosos, compreende-se que o Pontífice, com sua participação na política argentina como líder moral da oposição esquerdista, não tenha jamais pisado seu solo natal.


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