segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Argentina faz maior estátua das Américas para Nossa Senhora

Nossa Senhora recebeu em homenagem a maior estátua das Américas, em Catamarca, Argentina
Nossa Senhora recebeu em homenagem a maior estátua das Américas,
Catamarca, Argentina
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Na montanha em que foi encontrada entre os anos de 1618 e 1620 a imagem original da Virgen del Valle (Nossa Senhora do Vale), na província (estado) de Catamarca, Argentina, foi inaugurada a maior imagem de Nossa Senhora do mundo.

Ela reina desde o Cerro Ambato, local do achado da imagem original, e pode ser vista desde diversos povoados da região: El Rodeo, La Cuesta del Portezuelo, a Capital, o Vale do Ambato e Las Juntas.

A imagem faz parte de um conjunto denominado “Caminho de Fé” pago pelo empresário Walter D'agostini, filho de imigrantes italianos que chegaram fugindo das consequências desastrosas da Segunda Guerra Mundial.

A mãe do empresário transmitiu ao filho sua devoção à Virgem do Vale e ele agradeceu com esta obra como um presente de sua família à Virgem do Vale aberto a todos os fiéis que queiram se aproximar.

A estátua por si só mede da base até a ponta que é um crucifixo, 52 metros de altura e é a mais alta das Américas, maior que o Cristo Redentor no Brasil ou a Estátua da Liberdade nos EUA, e equivale a um prédio de 11 andares.

Em baixo dela foi construída uma capela e, através de uma escadaria de 117 degraus, se chega a uma plataforma de 360 graus. A construção durou nove anos, período em que o doador teve que superar muitas dificuldades inclusive econômicas.

Mas a dedicação e sacrifício pessoal do empresário e sua família, conseguiu acabar a imensa imagem.

A Virgem do Vale é padroeira de muitos lugares da Espanha e da América Latina, da Argentina e da Venezuela especialmente.

A descoberta da venerada imagem da Imaculada Conceição, Nossa Senhora do Vale, ocorreu entre 1618 e 1620 numa gruta de Choya, na província de Catamarca, noroeste da Argentina.

A cidade de Choya, segundo documentos antigos, era composta por encomenderos espanhóis a quem a Igreja confiava os indígenas em grande maioria cristãos para lhes ensinar uma profissão, alfabetizar, trabalhar na agricultura e no pastoreio, respeitar a família e a propriedade particular.

Virgen del Valle, estátua em Catamarca
Virgen del Valle, estátua em Catamarca
Um aborígene desses a serviço do encomendero Manuel Salazar ouviu vozes e passos numa tarde e viu um grupo de meninas com lâmpadas e flores que iam em direção à montanha.

Na manhã seguinte, de volta àquele local, seguiu as pegadas das meninas durante vários quilômetros até achar um pequeno nicho de pedra cercado por restos de inúmeras flores.

Por fim, encontrou a imagem da Bem-aventurada Virgem Maria de rosto moreno e com as mãos unidas em forma de oração.

Depois de vários meses, ele contou a seu mestre o que havia visto. Disse-lhe que a veneravam, que ela estava ali entre as pedras, que era morena como os índios e que por isso a amavam e que ele também aprendera a amá-la. Hoje atrai multidões de devotos, sobretudo no Norte argentino.



segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Cuba diminui a ração de pão e troca a farinha por gesso

Filas por todo lado para conseguiir o pão racionado e 'engessado'.
Filas em toda padaria para conseguir o pão racionado e 'engessado'.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







A miséria em que o comunismo jogou o povo cubano cada dia bate um recorde in-imaginado. Agora, o governo cubano ordenou a redução do peso do pão incluído na cesta básica alegando a falta de farinha de trigo no país, noticiou “Poder 360”.

A medida, corta 1/4 do peso do pão que era de 80 gramas para 60 gramas. A disponibilidade desse pãozinho à população também deve ser afetada.

Acresce que a mesma ditadura ordenou a substituição do trigo por gesso deixando a proporção à discrição das padarias do Estado que o fabricam. Os pãozinhos assim chegam a ser quase tão duros como uma pedra.

A decisão da ditadura de Havana acontece num contexto crônico de escassez de ingredientes essenciais no país, mais especialmente daqueles que tem uma produção doméstica insuficiente, o que quer dizer quase todos.

O governo cubano, fez soar como sempre o ritornelo do embargo comercial dos EUA, culpando-o da falta de farinha e de dificultar as transações financeiras internacionais de Cuba.

Pão racionado é misturado com qualquer coisa para fazer volume
Pão racionado é misturado com qualquer coisa para fazer volume
A situação veio a se somar à falta de inúmeros produtos, notadamente dos combustíveis e dos medicamentos.

Moradores de Cuba declararam sua insatisfação à agência Reuters, queixosos pela “nova” política, que na realidade é aplicada há décadas em toda espécie de gêneros.

Mas a população ficou forçada a se resignar. Um protesto mais sonoro pode lhes custar a repressão e a prisão. “Temos que aceitar, o que mais podemos fazer? Não há escolha”, declarou uma moradora do país.

Foi mais uma restrição de um produto essencial acontecida em 2024.

Resignação fatalista à carência de tudo
Resignação fatalista à carência de tudo
Em março, o governo de Havana anunciou o racionamento de energia para evitar um colapso na ilha por conta da falta de combustível e da apodrecida rede de transmissão.

Cuba é o modelo de anti-consumismo aplaudido pelo comuno-progressismo católico que tende para uma miséria de tipo tribal, aplaudido pelas esquerdas latino-americanas.


segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Francisco I estimula invasão de propriedades

Francisco I recebe euforicamente ao chefe das invasões Juan Grabois
Francisco I recebe euforicamente ao chefe das invasões Juan Grabois
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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política internacional,
sócio do IPCO,
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O Papa Francisco assumiu o rol de principal crítico do governo argentino, questionando sua política de ordem social contra os subversivos “piquetes” e até criticando heróis históricos nacionais, segundo publicou “La Nación”.

Ele até aludiu a uma polêmica invasão de terras em La Paz, província de Entre Ríos, pertencentes a um ex-ministro, liderado pelo chefe das invasões e agitações sociais Juan Grabois.

O proprietário Luis Miguel Etchevehere denunciou atos criminosos e depredação da propriedade agrícola até que a Justiça deu ordem de despejo dos invasores executada pela polícia.

Grabois montou um projeto subversivo com grupos como Juventude pelo Clima e Produtores Rurais Unidos para “tomar posse de forma pacífica e legal” de uma parte da propriedade em litígio, até serem banidos pela Justiça.

O Papa Francisco referiu-se a este episódio para criticar a “má distribuição das terras e da marginalização que isso gera” no ambiente agropecuário. E também contra as propriedades urbanas dizendo: “a violência brutal nos bairros e todas as formas de crime organizado estão a crescer”,

Ele fez um apelo a “um planeamento territorial equilibrado. Apoio constante à agricultura familiar e respeito às famílias rurais que acabam sujeitas ao poder criminoso”, leia-se do poder que confere a legitimidade aos proprietários, no que foi entendido como um apoio a Grabois e um endosso implícito às suas invasões.

Juan Grabois havia sino premiado pelo Papa que o nomeou membro do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral do Vaticano.

Voltando de encontro com Francisco I, o agitador Juan Grabois promovido a Dicasterio vaticano protagonizou bochornosas violências
Voltando de encontro com Francisco I, o agitador Juan Grabois
promovido a Dicastério vaticano protagonizou vergonhosas violências
E eis que o líder da oposição esquerdista protagonizou um episódio violento ao chegar ao aeroporto de Ezeiza retornando da reunião promovida pelo Papa Francisco.

Os passageiros no terminal o reprovaram como ladrão que faria melhor em voltar a Roma com Francisco I. O agitador reagiu violentamente com raiva e a Polícia de Segurança Aeroportuária (PSA) teve de intervir para evitar piores incidentes, acrescentou ainda “La Nación”.

Vários vídeos viralizaram nas redes sociais mostrando a Grabois lutando com quatro agentes de segurança e um membro de seu grupo que tentavam contê-lo, enquanto os presentes gritavam para ele: “Vá com o Papa!” e “ladrão”.

Ele dizia não ter roubado a ninguém, mas o coro de passageiros replicava: “Você roubou dos pobres”, “você roubou tudo”, “você roubou de todos os argentinos”.

A violência continuou na calçada do aeroporto, enquanto Grabois repetia berrando “Não roubei ninguém”, e os passageiros revidando “Você foi mentir para o Papa, seu canalha. Você não contou a verdade a ele”, etc.

A viagem de Grabois a Roma teve um grande impacto político devido à recepção do Papa aos líderes de movimentos sociais, reunidos sob o lema “Plantar a bandeira face à desumanização”.

Ali, o Papa Francisco fez um discurso contundente com uma apologia do protesto social e criticou o governo argentino especialmente pela repressão dos “piquetes” subversivos.

Com Grabois ao seu lado, o Pontífice disse ter visto um vídeo da repressão aos piqueteiros que apresentou como “trabalhadores, pessoas pedindo seus direitos nas ruas”, mas recebendo gás lacrimogênio “de primeira qualidade” jogado pela Polícia. “O Governo em vez de pagar com justiça social, pagou com o spray de pimenta”, sublinhou.

Num outro momento pareceu justificar as invasões de propriedades dizendo genericamente que “se as pessoas pobres não se resignarem, não se organizarem, mas perseverarem na construção quotidiana da comunidade e, ao mesmo tempo, lutarem contra as estruturas de injustiça social, mais cedo ou mais tarde, as coisas mudarão para melhor”.

Relacionamento do subversivo com o Papa é muito próximo e intenso
Relacionamento do subversivo com o Papa é muito próximo e intenso
E exortou os movimentos sociais mundiais: “não encolham, vocês vão para a frente. (...) Uma das coisas que gosto em você é que você não escreve documentos ideológicos”, concluiu voltado para Grabois que se apresenta na Wikipedia como “escritor, dirigente social y político”.

O engajamento do Pontífice com os grupos de esquerda e esquerda radical atraiu as reações mais desagradáveis, mas não por isso desprovidas de de doses de realidade.

O deputado federal Alberto Benegas Lynch disse ser “esgotante” deplorou ter que ouvir “mensagens coletivistas” e “críticas errôneas” nas cerimônias católicas, atitudes que afastam da Missa, citou ainda “La Nación”.

Ele falou, aliás, após assistir à Missa na paróquia de Nossa Senhora do Carmo, na periferia de Buenos Aires: “os católicos deveríamos deixar de dar dinheiro [à Igreja] e de assistir à missa” enquanto continuar essa pregação ideológica e anticatólica.

E acrescentou: “se amamos a nossa Igreja, somos obrigados a defendê-la das infiltrações comunistas”.
E ainda: “sinto-me muito triste por sofrer por causa dos representantes da Igreja que tanto me dificultam a ida à missa aos domingos.

“É cansativo ouvir mensagens coletivistas sobre a propriedade comum, o destino universal dos bens e outras ideias ultrapassadas que, quando aplicadas, levaram à fome africana”, afirmou o legislador.

Território invadido na Patagônia com pretexto indigenista, recusado pela Justiça
Território invadido na Patagônia com pretexto indigenista,
aliás, recusado pela Justiça
“Como católico, penso que devemos ter em conta que, se acreditamos na mensagem de Cristo, alguns representantes da Igreja, como o Papa, têm desvios. Lembremos que a missa inicial do seu papado foi com Gustavo Gutiérrez, que é um dos promotores da Teologia da Libertação. Posteriormente, disse que o seu mentor foi monsenhor Angelelli, que celebrou missa com a bandeira Montoneros e as espingardas cruzadas atrás do altar”, continuou.

“Nas suas declarações ataca constantemente o sétimo e o décimo mandamentos relativos às tiranias [e que ordenam respeitar o direito sagrado da propriedade privada: ‘não furtar’ e ‘não cobiçar os bens alheios’], omitiu-se de as condenar enquanto mandava sinais de simpatia para Castro, Chaves e outros regimes”, lamentou.

À luz destes episódios vergonhosos, compreende-se que o Pontífice, com sua participação na política argentina como líder moral da oposição esquerdista, não tenha jamais pisado seu solo natal.