segunda-feira, 19 de junho de 2023

Esquerdas sulamericanas entaladas no tobogã

Boric no tobogã
Boric no tobogã
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








O presidente do Chile, Gabriel Boric, eleito por uma galáxia de grupos políticos, culturais e sociais que incluíam as mais violentas minorias anticatólicas incendiárias de igrejas, militantes da agenda LGBT e núcleos comuno-indigenistas envolvidos em crimes, assumiu a presidência prometendo um governo dos mais esquerdistas da história chilena.

Mas em muito pouco tempo verificou que o Chile nunca o acompanharia. A Constituição que quis fazer passar com os mais esdrúxulos e radicais artigos foi recusada por mais de dois terços do eleitorado.

Além do mais, rapidamente teve que voltar atrás em pontos ultrassensíveis e esquerdistas de sua plataforma eleitoral, que seria longo elencar.

Convocou, pois, para uma nova Constituinte que, como a anterior, jurava apagar o passado de governos direitistas. Para escolher os constituintes encarregados de redigir a nova Lei Fundamental, foi à sua cidade natal, Punta Arenas, para votar nas eleições do Conselho Constituinte.

E num momento livre lhe ocorreu de fazer uso do tobogã de um parquinho infantil em praça pública com brincadeiras para crianças.

Dois terços do eleitorado chileno recusou a caprichada Constituição de ultra-esquerd
Dois terços do eleitorado chileno recusou a caprichada Constituição de ultra-esquerda
E quando queria deslizar concluindo o entretenimento ficou preso dentro dele protagonizando um momento inusitado. Agitava suas pernas que tinham ficado de fora na tentativa de conseguir sair da ingênua prisão em que o resto de seu corpo estava entalado. Cfr “La Nación”.

O momento foi registrado e viralizou nas redes sociais. De alguma maneira, o episódio hilário reproduziu sua situação no cenário político chileno.

Quer dizer, de uma presidência ultra-esquerdista entalada inesperadamente num país em que ela não cabe e em consequência não consegue progredir não sentido que desejava e não pode sair de cômica situação em que ficou.

Entretanto o presidente vermelho de 37 anos preso na saída do tobogã, parece ter criado razão.

Deu sinais disso durante sua participação no encontro de presidentes, na sua maioria de esquerda, na Cúpula das Américas promovida pelo presidente Lula da Silva, no fim de maio em Brasília.

E advertiu respeitosamente a seu colega brasileiro de que é “impossível fazer vista grossa para as violações de direitos humanos na Venezuela”, como fez Lula na reunião.

Recepção de Lula a Maduro foi vexatória segundo imprensa nacional. Presidentes do Paraguai e Uruguai o advertiram
Recepção de Lula a Maduro foi vexatória segundo imprensa nacional.
Presidentes do Chile e do Uruguai o advertiram
Certamente ele quis fazer extensiva esta advertência aos demais presidentes esquerdistas presentes lhes desejando evitar a nível de opinião pública a sua episódica e histriónica entalada no escorregador e que agora está sofrendo a nível popular em seu país.

O presidente brasileiro tinha dito que havia se construído uma “narrativa de antidemocracia e de autoritarismo” contra a Venezuela.

E o presidente chileno lhe respondeu de público que “Não é uma construção de narrativa. É uma realidade, é séria, e tive a oportunidade de vê-la nos olhos e na dor de centenas de milhares de venezuelanos que vivem em nossa pátria e que exigem também uma posição firme e clara de que os direitos humanos devem ser respeitados”, segundo noticiou a UOL.

 Lula também foi reprovado pelo presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, que disse ter ficado surpreso com a fala do brasileiro, completou a UOL.


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