Boric no tobogã |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
O presidente do Chile, Gabriel Boric, eleito por uma galáxia de grupos políticos, culturais e sociais que incluíam as mais violentas minorias anticatólicas incendiárias de igrejas, militantes da agenda LGBT e núcleos comuno-indigenistas envolvidos em crimes, assumiu a presidência prometendo um governo dos mais esquerdistas da história chilena.
Mas em muito pouco tempo verificou que o Chile nunca o acompanharia. A Constituição que quis fazer passar com os mais esdrúxulos e radicais artigos foi recusada por mais de dois terços do eleitorado.
Além do mais, rapidamente teve que voltar atrás em pontos ultrassensíveis e esquerdistas de sua plataforma eleitoral, que seria longo elencar.
Convocou, pois, para uma nova Constituinte que, como a anterior, jurava apagar o passado de governos direitistas. Para escolher os constituintes encarregados de redigir a nova Lei Fundamental, foi à sua cidade natal, Punta Arenas, para votar nas eleições do Conselho Constituinte.
E num momento livre lhe ocorreu de fazer uso do tobogã de um parquinho infantil em praça pública com brincadeiras para crianças.
Dois terços do eleitorado chileno recusou a caprichada Constituição de ultra-esquerda |
O momento foi registrado e viralizou nas redes sociais. De alguma maneira, o episódio hilário reproduziu sua situação no cenário político chileno.
Quer dizer, de uma presidência ultra-esquerdista entalada inesperadamente num país em que ela não cabe e em consequência não consegue progredir não sentido que desejava e não pode sair de cômica situação em que ficou.
Entretanto o presidente vermelho de 37 anos preso na saída do tobogã, parece ter criado razão.
Deu sinais disso durante sua participação no encontro de presidentes, na sua maioria de esquerda, na Cúpula das Américas promovida pelo presidente Lula da Silva, no fim de maio em Brasília.
E advertiu respeitosamente a seu colega brasileiro de que é “impossível fazer vista grossa para as violações de direitos humanos na Venezuela”, como fez Lula na reunião.
Recepção de Lula a Maduro foi vexatória segundo imprensa nacional. Presidentes do Chile e do Uruguai o advertiram |
O presidente brasileiro tinha dito que havia se construído uma “narrativa de antidemocracia e de autoritarismo” contra a Venezuela.
E o presidente chileno lhe respondeu de público que “Não é uma construção de narrativa. É uma realidade, é séria, e tive a oportunidade de vê-la nos olhos e na dor de centenas de milhares de venezuelanos que vivem em nossa pátria e que exigem também uma posição firme e clara de que os direitos humanos devem ser respeitados”, segundo noticiou a UOL.
Lula também foi reprovado pelo presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, que disse ter ficado surpreso com a fala do brasileiro, completou a UOL.
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