segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Terrorismo islámico e Teologia da Libertação se abraçam na Nicarágua

Mohsen Rezai, vicepresidente doe Irã procurado por atentadso cna Argentina
Mohsen Rezai, vice-presidente doe Irã procurado por atentados na Argentina
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







A posse como presidente pela 5ª vez de Daniel Ortega, não só confirmou a ditadura do ex-guerrilheiro sandinista à desditada Nicarágua. Ela revelou para além das aparências o esforço de reconstituição das esquerdas que tentam abalar o mundo ex-cristão.

A pedra de toque foi a presença do vice-presidente de Assuntos Econômicos da República Islâmica do Irã, Mohsen Rezai. Ele compareceu como chefe da delegação enviada pelo presidente Ebrahim Raisi, líder religioso “conservador” outrora encarregado das execuções no país e hoje procurado internacionalmente, segundo informou “Clarín”.

Ele é um dos líderes iranianos acusados de autores intelectuais do ataque terrorista à Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA) em Buenos Aires, que causou a morte de 85 pessoas e feriu centenas nas ruas e vizinhanças em julho de 1994.

O terrorista islâmico procurado pela Interpol deu grande abraço a Daniel Ortega o combatente apoiado pela Teologia da Libertação.

Os extremismos xiita (que se diz fiel ao Corão no ódio ao cristianismo) e o cristão de esquerda não só mostraram sua afinidade profunda mas convidaram entre outros ao ditador de Cuba marxista Miguel Díaz-Canel.

Na festa fraternal representava o governo argentino, seu embaixador em Manágua Daniel Capitanich.

O governo de Fernández, como também o movimento peronista que o sustenta pretende ser nacionalista e pôr os interesses de seu país e seus habitantes por cima de tudo.

Mas a Argentina foi gravemente atingida por dois ferozes atentados assassinos encomendados e praticados por terroristas iranianos.

Ministro iraniano Mohsen Rezai indiciado por atentados assassinos, Nicolás Maduro e o cubano Miguel Díaz-Canel apoiando o ditador guerrilheiro Daniel Ortega
Ministro iraniano Mohsen Rezai indiciado por atentados assassinos,
Nicolás Maduro e o cubano Miguel Díaz-Canel apoiando o ditador guerrilheiro Daniel Ortega
E esses crimes foram sempre acobertados pelo mesmo governo nacionalista-peronista durante as investigações do crime. Mais uma contradição ovante do nacionalismo populista argentino.

Também se exibiu o ditador marxista-chavista Nicolás Maduro que jogou seu país em atroz miséria com a bênção do Papa Francisco.

O pontífice diz dar prioridade aos pobres, e outrora disse deplorar a massacre feita pelos iranianos em Buenos Aires onde era bispo.

Rezai foi Comandante da espécie de SS xiita, o Corpo dos Guardiões da Revolução-Pasdaran entre 1993 e 1994.

Rezai tem como cúmplice principal do massacre da AMIA a Ahmad Vahidi, que também tem mandado de prisão internacional da Interpol, e é ministro do Interior do Irã.

Durante o governo de Cristina Kirchner, Vahidi fez várias viagens à Bolívia e à Venezuela sem ser preso.

Para assistir ao evento Mohsen Rezai fez uma extensa viagem driblando os espaços aéreos dos países que o procuram, em complicados desvios desde Teerã e escalas na Mauritânia e em Caracas.

Assim descreveu o diretor da Fundação para a Defesa da Democracia (FDD) Emanuele Ottolenghi, também experto em antiterrorismo, informou “La Nación”.

Não faltaram delegações da China e de “países bandidos” como a Coreia do Norte. De acordo com a agência AFP, se exibiram representantes da Rússia, do Vietnã, de Laos, de Camboja, da Turquia e da Bielorrússia.

O vicepresidente iraniano fez combinações com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, na Nicarágua
O vicepresidente iraniano fez combinações
com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, na Nicarágua
A aparente salada de fatores de caos, esquerdismo e anticristianismo, patenteou a existência de uma organização subterrânea que os une no objetivo de destruir os restos de Cristandade.

Nem os EUA, nem a OEA nem a União Europeia reconhecem as eleições de fachada que deram continuidade a Ortega com 76% dos votos.

Ortega ganhou após prender no cárcere aos candidatos rivais pela presidência e sufocar todas as instituições democráticas. Os únicos candidatos “rivais” eram seus aliados.

No discurso de posse, Ortega voltou ao vetusto realejo antiamericano quase ecoando certos pronunciamentos do Papa Francisco. “Não vamos mais deixar que levem nossas riquezas e vamos buscar juntos projetos comuns para combater a pobreza de nossos povos. O exemplo da Venezuela é um exemplo de força e resistência contra os EUA.”

Mas, o povo venezuelano geme em horrível pobreza criada pelo regime do “socialismo do século XXI”, escreveu a “Folha de S.Paulo”.

Ortega também justificou a matança de mais de 300 oposicionistas durante protestos em 2018, dizendo que foi uma “luta contra o terrorismo interno”.

Os EUA e a União Europeia ampliaram sanções econômicas e diplomáticas contra Ortega e 116 de seus homens instalados no Exército, no Ministério da Defesa e na petrolífera estatal do país.

Prefeitos e outros políticos, promotores de Justiça e autoridades ligadas à polícia não poderão mais entrar em território americano.

A Polícia Nacional foi indiciada por praticar “torturas físicas e psicológicas, aos que se opuseram ao regime de Ortega”.

O presidente dos EUA, Joe Biden, havia qualificado as eleições da Nicarágua de farsa. E prometeu “ferramentas diplomáticas e econômicas”. O mesmo fez a União Europeia, repetindo ambos as mesmas inocuidades.

O pontificado de Francisco I vem acolhendo com agrado há anos os teólogos que estão por trás da ditadura assassina de Ortega e não teve nada a dizer contra o cenáculo subversivo manchado de sangue.


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