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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Em tempo normal, o Estado cubano promete carne bovina às crianças de até 7 ou até 13 anos, dependendo da região. O drama é que a carne não chega e as famílias precisam procurá-la fora da lei. Tudo piorou com o coronavírus.
A médica Dra. Yasmín [os nomes foram alterados para proteger a identidade] só recebeu a entrega subsidiada de março, pouco antes da pandemia. Tampouco conseguiu no mercado negro ou nos camelôs que oferecem meio quilo por dois dólares, preço alto para a miséria geral, conta longa reportagem do “Clarin”.
E a Dra vive em Camagüey, a maior província de Cuba com melhores rendimentos de gado. Nem perto do Matadouro de Nueva Paz se consegue: vai tudo para o mercado negro.
Todos os dias, alguns casais de bolsa e mochila montam em um caminhão. Eles giram o dia todo descendo em cada povoamento para ver se há algo à venda.
A corrupção do governo está ligada à venda de alimentos básicos no mercado negro. Procurar “carne vermelha” é punido por lei com pesadas multas e perda da carteira de motorista. Mas ali entra a máquina da corrupção do Partido comunista.