segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Livro desvenda luxo debochado do ídolo dos “defensores dos pobres”

Ilhas de prazer onde Fidel recebe teólogos e ativistas 'defensores dos pobres'.  Fonte: revista Veja
Ilhas onde Fidel recebe teólogos e ativistas 'defensores dos pobres'.
Fonte: revista Veja
Juan Reinaldo Sánchez, que durante 17 anos foi guarda-costa de Fidel Castro, denunciou que o “líder do povo” vive num luxo que ele diz reprovar nas elites cubanas e no “corrupto” capitalismo americano.

Até o regime cubano cair na mais negra miséria, após o desabamento do Muro de Berlim, e ficar privado das subvenções de Moscou, Fidel continuou sua vida nababesca.

Sánchez conta em seu livro A Vida Secreta de Fidel que ele foi preso pelo regime quando pediu aposentadoria. Era preciso silenciar a testemunha.

Ele padeceu entre 1994 e 1996 numa cela infestada de baratas, foi torturado e tentaram matá-lo. Sánchez procurou fugir oito vezes, até que conseguiu a liberdade viajando num barquinho até o México, passando depois a morar em Miami.

Em seu livro, Sánchez descreve o estilo de vida do “comandante supremo” em todo comparável à vida dos líderes marxistas de trás da Cortina de Ferro, ou de Viktor Yanukovich e Vladimir Putin no presente.


Segundo o autor, Fidel levava vida de ricaço extravagante e possuía o Aquarama II, único iate de luxo de Cuba, construído com madeira importada de Angola, para onde enviou seus esbirros.

Presidente Dilma segura Fidel periclitante.
Presidente Dilma segura Fidel periclitante.
Fidel navegava até a “ilha paradisíaca” Cayo Piedra, onde, em meio a exóticos prazeres, recebia os amigos mais íntimos como teólogos da libertação engajados “pelos pobres”, ou escritores do jet-set esquerdista como o colombiano Gabriel García Márquez.

Herói nacional, em 1989 o general Arnaldo Ochoa foi condenado por tráfico de drogas e fuzilado. Segundo Sánchez, o tráfico era avalizado pelo próprio Fidel com o pretexto de “arrecadar divisas para a Revolução”. Fidel quis eliminá-lo com uma ‘queima de arquivos”.

Durante a “crise de Mariel”, em 1980, quando milhares de cubanos desesperados fugiram da ilha, Fidel escolheu os piores delinquentes das penitenciárias cubanas e os misturou com os fugitivos para desmoralizá-los, afirma Sánchez.

Em seu livro, ele descreve o rosto oculto do totem das esquerdas latino-americanas, em cujo leito de doente acodem ínclitos presidentes populistas, teólogos e outros eclesiásticos que em seus países dizem ser defensores dos Direitos Humanos, inimigos da ditadura e advogados dos pobres.


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