segunda-feira, 17 de junho de 2024

Escolas em ruínas: mais um produto do “socialismo do século XXI”

Estudantes desmaiam de fome. Liceu Augusto D'Aubeterre, cidade de Boca de Uchire, Venezuela
Estudantes desmaiam de fome no Liceu Augusto D'Aubeterre,
cidade de Boca de Uchire, Venezuela
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







O sistema educacional do “socialismo do século XXI” venezuelano fez o contrário do que prometeu enganosamente de um acesso massivo de crianças e adolescentes à educação.

A Assembleia Nacional com maioria de oposição declarou em 2018 a “Complexa Emergência Humanitária da Educação na Venezuela” reconhecendo a falta de apoio estatal, os baixos salários dos professores, à interferência dos sindicatos de tendência populista-comunista, o abandono escolar e à emigração dos maestros, entre outros muitos problemas degradantes.

A ditadura de Nicolás Maduro desconheceu o apelo. A queda é tão pronunciada que, para esconder a realidade, o regime não publica dados oficiais básicos desde 2015.

Desde 1997, o país não aceita qualquer avaliação internacional da aprendizagem e há uma década que não as faz a nível nacional.

Professores pedem acertar os saalários diante do Ministério na capital.
Professores pedem acertar os salários diante do Ministério na capital.
Segundo a última Pesquisa Nacional de Condições de Vida da Universidade Católica Andrés Bello (Encovi), nos últimos nove anos 190 mil alunos abandonaram o sistema educativo e a proporção de jovens escolarizados de entre 3 e 24 anos caiu de 73% para 63%.

Segundo a Federação Venezuelana de Professores, mais de 100 mil maestros deixaram o sistema educacional entre 2015 e 2020.

As infraestruturas escolares e serviços básicos caem aos pedaços, sendo que o “Diagnóstico da Educação Básica na Venezuela” estima que cerca de 69% das escolas na Venezuela apresentam graves deficiências ou vulnerabilidades.

Escolas ensinam alunos a se protegerem de tiroteios
Escolas ensinam alunos a se protegerem de tiroteios
O relatório “Estudar entre ruínas” elaborado em julho de 2023 pela organização Centros Comunitários de Aprendizagem (Cecodap) em nove dos principais estados do país, constatou que cerca de 59% das escolas apresentam graves problemas de infraestrutura.

E menciona tetos caídos e constantes infiltrações de umidades, toaletes inoperantes, falta de funcionários e acesso precário à água potável, gás doméstico e eletricidade...

Entretanto, o ditador Maduro é abençoado calorosamente pelo Papa Francisco no Vaticano e entusiasticamente defendido por vários presidentes sul-americanos de esquerda que partilham os mesmos objetivos.


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