Nas redes sociais, o inferno bolivariano-cubano causa horror |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
“Vou dizer a vocês quem vai defender a pátria se a atacarem: todo o mundo, todo o mundo! O Exército cubano é o povo”.
Enquanto Miguel Díaz-Canel parafraseava Fidel Castro comemorando seu “sucesso diplomático” na CELAC em Buenos Aires, um número recorde de cubanos se jogava no mar com recursos ultra-improvisados para escapar da ilha-prisão, observou “La Nación”.
O ditador voltou a Havana a bordo do avião que seu aliado bolivariano costuma lhe dar, tal vez temendo que o seu russo não completasse o percurso.
Díaz-Canel parou na capital venezuelana para contar a Maduro, num ambiente de emergência, as principais novidades do encontro ao qual o ditador venezuelano não assistiu temendo a prisão.
Enquanto os miserabilizados cubanos fugiam, o ditador comemorava sua democracia com Lula em Buenos Aires |
Nos dias da viagem, Cuba bateu o recorde de maior diáspora da sua história e a repressão somava 1.057 presos políticos, segundo a organização Defensores dos Prisioneiros (PD).
No total, são 1.575 na região, se somados os da Venezuela (273) e da Nicarágua (245).
O casal Mesa Vázquez tem uma de suas três filhas, Yarelis (25 anos) na prisão, condenada a sete anos por participar de protesto contra a ditadura mais antiga da América.
Suas outras duas filhas, Yamily (35) e Yailyn (27), faziam parte da jangada com 31 pessoas que partiu rumo aos EUA: uma está na lista de desaparecidas e o outra foi socorrida ferida.
Os homens sobreviventes do naufrágio estão na prisão. A rústica embarcação não resistiu às fortes ondas não longe de Varadero.
“Todos buscavam uma vida melhor porque esse país é muito ruim, não tem comida nem nada. Eles saíram procurando ajudar suas famílias, até minhas filhas deixaram seus três filhos para poder me mandar dinheiro e ter uma vida melhor. E para ajudar sua irmã presa”, disse a mãe.
Desespero para pisar solo dos EUA |
“Os cubanos e haitianos que se aventurarem no mar e desembarcarem em território estadunidense não serão elegíveis para o processo de liberdade condicional (programa de emigração) e estarão sujeitos ao processo de deportação”, lembrou Alejandro Mayorkas, secretário de Segurança Interna.
A repressão aos protestos populares provocou a maior crise migratória vivida pela revolução cubana: mais de 330.000 cidadãos deixaram o país.
Nos cárceres da ilha, o número de presos políticos ultrapassou mil.
Comunismo cubano encarcera mais do que a Rússia |
“Cuba tem mais presos que toda a América Latina junta e mais presos que a Rússia”, contabilizou o historiador e especialista em revoluções Armando Chaguaceda.
“Destruída boa parte da oposição, os cidadãos assumiram a resistência. Uma resistência fragmentada, sem liderança, somada ao êxodo”, concluiu.
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