terça-feira, 26 de outubro de 2021

Ecossocialismo causa catástrofe ambiental na Venezuela

Maravilhas do ecosocialismo o maior lago da América do Sul perece por abandono das instalações petrolíferas
Maravilhas do ecossocialismo o maior lago da América do Sul
perece por abandono das instalações petrolíferas
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







O regime venezuelano bem engajado com todas as causas das esquerdas é o responsável pela tragédia ecológica no Lago de Maracaibo no noroeste do país com partes na Colômbia, explicou Sharon Gómez, especialista em comercio marítimo internacional.

O lago é o maior de água doce da América do Sul e repousa sobre uma das maiores jazidas de petróleo do mundo, mas se está contaminando espantosamente pela dissidia dos regimes de Chávez e Maduro.

Está em curso a eliminação da flora e da fauna silvestres, a deterioração do ecossistema subaquático e o crescimento excessivo de fatores epidêmicos que causam graves prejuízos aos habitantes da área.

Os regimes socialistas do século XXI anunciaram com espalhafato planos e políticas públicas ambientais que ao mesmo tempo manteriam a infraestrutura petrolífera que extrai petróleo do lago.

De fato, o Socialismo do Século XXI, de Chávez e depois de Maduro não só levou à falência o aparelho produtivo do país, notadamente da companhia nacional de petróleo (PDVSA), mas colapsou a infraestrutura física do petróleo no Lago Maracaibo.

O estado de abandono em que foi jogada dita infraestrutura produtora de petróleo não só derrubou a Venezuela do topo dos exportadores aos mais baixos níveis históricos.

Estado da água no Lago Maracaibo
Estado da água no Lago Maracaibo
Mas, deixou as costas do Lago Maracaibo totalmente cobertas de óleo pela ausência de manutenção de dutos, destilarias e portos.

Sharon Gómez foi até o Lago de Maracaibo e ficou espantada pela viscosidade das águas contaminadas, o cheiro penetrante que empesta o ar.

Os pescadores da região lhe me contaram que o lago está devastado por um vazamento constante de óleo alimentado por dutos e poços sem manutenção.

A contaminação das águas é mais do que visível em todos os lugares. A água apresenta uma cor verde neon com grande número de estrias de óleo multicolorido e a orla está estragada com poças pretas e pastosas típicas do petróleo.

A entidade oficial de cuidar do desastre é o Instituto de Controle e Conservação da Bacia Hidrográfica do Lago de Maracaibo (ICLAM).

É um órgão autônomo, vinculado ao Ministério do Poder Popular para o Ecossocialismo para a gestão sustentável e racional dos recursos naturais da Bacia do Lago.

Essa tarefa do ICLAM não aparece. Há 20 anos age sob os preceitos do “Ecossocialismo”. Socialismo sim existe entre os burocratas pagos pelo regime.

Peixes morrem, algas desaparecem, pescadores tentam sobreviver
Peixes morrem, algas desaparecem, pescadores tentam sobreviver
Mas a alusão à ecologia é uma palhaçada. Sem manutenção a imensa malha de dutos e poços tem anos sem conserto e apodrece enferrujada nos fundos da água. O petróleo emerge e alimenta uma imensa vegetação superficial que impede a passagem do sol.

O resultado é que os peixes não têm como respirar e as algas que são seu alimento natural no fundo do lago, sem sol desaparecem.

A tóxica massa verde superficial encheu o Lago, no estado de Zulia, e deságua no Mar do Caribe para intoxicar as águas e as praias e se tornar uma emergência internacional, conclui a especialista Sharon Gómez.

Socialismo vermelho e ecologismo “verde” mais uma vez convergem na destruição da civilização e da própria natureza.


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