A líder indigenista Elisa Loncón presidirá a nova Constituinte. |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
A Convenção que redigirá a futura Constituição do Chile começou com um ambiente de anarquia nas ruas.
As cartas estão marcadas: a maioria dos constituintes anuncia a primeira lei fundamental do mundo pela igualdade de gênero; os 10 povos indígenas representados por 17 deputados querem a autonomia.
Como diz o cientista político da PUC chilena Juan Pablo Luna haverá uma “mudança de lógica” que transformará a vida cotidiana, diz “O Globo” (3.7.21). Leia-se entrará a ilogicidade.
A bancada do bom senso não atingiu o terço para vetar as leis descabeladas propostas por grupos que não harmonizam suas esdrúxulas propostas e levam para o caos e para o desfazimento social e político do país.
A líder indígena mapuche Elisa Loncon presidirá a Convenção, fato inédito na História do país.
Loncon, participou da onda de manifestações incendiárias e predatórias inclusive de igrejas que começou em outubro de 2019 e exigiu uma nova Constituição.
“A Convenção vai transformar o país num Chile plurinacional, multicultural, que não atente contra os direitos das mulheres, das que cuidam da Mãe Terra [a “Pachamama”], que também limpa as águas, contra toda dominação — disse Loncon, em seu discurso de posse citado por “O Globo” (5.7.21).
Marco Moreno, da Universidade do Chile frisou que a escolha da líder tribal e panteísta faz “um retrato do Chile de hoje. Loncon é o Chile real”.
O anarquismo de minorias extremadas está poderosamente representado na Constituinte e agita as ruas |
Não espanta que o “Chile real” formado por grupos independentes de esquerda e indígenas tenha inaugurado as sessões com confronto aberto contra as forças de segurança e tentado invadir o prédio criando grande tensão obrigando a suspender a cerimônia, informou o “O Estado de S. Paulo” (5.7.2021).
O temor é de que as discussões naufraguem na confusão sem se chegar a um texto que atenda as expectativas de cordura acalentadas pela maioria dos chilenos.
Se não for atendido esse pressuposto de coesão do país que está na razão de ser de toda pedra fundamental que é a Constituição, o Chile rumará para o desfazimento.
Esse é o objetivo, aliás, dos teorizadores de uma América Latina tribal e anárquica e que foi tantas vezes proposto pelos arautos do Sínodo do Amazonas, não apenas para essa região, mas para o mundo todo.
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