segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Venezuela confisca empresas, falta ração para cães e gatos; pobres usam remédios veterinários

O sistema hospitalar público está em estado falimentar
O sistema hospitalar público está em estado falimentar



Até os cachorros e os gatos estão ficando sem ter o que comer na Venezuela. Suas rações estão faltando nos supermercados de Caracas.

Segundo O Estado de S.Paulo, a falta de remédios obriga aos que fizeram transplantes a recorrer aos remédios veterinários. Tenho vontade de parar de escrever...

“É humilhante”, disse Kevin Blanco ao mostrar a caixa de remédios para animais que comprou após ter um rim transplantado.

Segundo dados particulares, a falta de medicamentos no país chega a 70%.

“Quando acabou a Prednisona [imunossupressores que evitam a rejeição do organismo aos órgãos transplantados] humana, todo mundo começou a procurar a canina”, disse o presidente da Federação Farmacêutica, Freddy Ceballos.

O médico de Blanco disse que consumir o medicamento para animais seria “por sua conta e risco”, pois não podia garantir quais seriam as reações adversas. 

Na carência crescente, a Câmara Venezuelana da Indústria de Alimentos (Cavidea) disse que o governo ordenou o desvio de 30% a 100% de sua produção para a rede de supermercados estatais, segundo a Folha.

Os produtos preferidos para o desvio são o leite, o óleo de cozinha, o macarrão, o arroz, o açúcar, a farinha de trigo e a farinha de milho pré-cozida, alimentos que fazem parte da cesta básica venezuelana e estão entre os mais escassos.

Eles já estavam na lista de produtos vendidos de forma controlada, como os remédios, e provocam filas nas lojas.

Filas em Caracas aguardando os cada vez mais raros produtos
Filas em Caracas aguardando os cada vez mais raros produtos
As ordens foram enviadas pela Superintendencia Nacional Agroalimentar (Sunagro), órgão que controla a saída da produção das fábricas para o comércio.

Para o presidente da união industrial, Pablo Baraybar, a concentração dos produtos nas redes estatais provocará o aumento das já imensas filas de espera pelos produtos e prejudicará cerca de 115 mil lojas.

Os supermercados estatais vendem produtos com preços subsidiados, mais baratos que os das redes privadas, porém não escaparam da falta de produtos desde a chegada de Maduro ao poder.

Para o mandatário, que reproduz habitualmente a velha cartilha da luta de classes, a ausência de alimentos é resultado de uma fantasiosa guerra econômica das indústrias contra ele.

Em abril, a empresa Polar foi obrigada a passar para a rede do governo 201 toneladas de farinha de milho, principal ingrediente da arepa, o prato mais popular do país.

A Polar também é responsável por 80% da cerveja venezuelana e deverá interromper a produção.

No fim de julho, enquanto explodiam saques e violências com mortos e feridos em várias cidades do país, as Forças Armadas invadiram um complexo de armazéns usado por empresas privadas da área de alimentos e bebidas numa área industrial a oeste de Caracas, noticiou a Folha.

O alvo principal da operação é a Empresa Polar, o maior grupo privado do país. Também foram ocupadas instalações da Pepsi (sócia da Polar), da Coca-Cola e da Nestlé.

O jornal “Últimas Noticias”, de Caracas, informou que uma juíza acompanhada por militares e policiais apresentou ordem do Executivo para que as empresas desocupem a área em 60 dias. O pretexto é que o governo socialista deseja construir moradias populares no local.

O mesmo produto enchendo prateleiras intérminas para fingir que não falta tanto.
O mesmo produto enchendo prateleiras intérminas para fingir que há variedade.
A Polar alertou que serão perdidos cerca de 600 empregos diretos e outros 1.400 indiretos ligados ao transporte e à logística.

Dezenas de trabalhadores protestaram no local para defender seus empregos. A frase “Não à expropriação” foi pintada nos muros do complexo. Agitadores governistas protagonizaram atritos.

Do centro de distribuição expropriado saem 12 mil toneladas mensais de alimentos para milhares de lojas em 19 municípios. Com o fornecimento interrompido faltarão ainda mais alimentos em Caracas.

No estilo de Fidel Castro, o presidente Maduro acusou os donos da Polar de “oligarcas” e capitalistas que, como todo o mundo dos negócios privados, conspiram com forças estrangeiras para ocultar os alimentos e revoltar a população contra o governo.

A ficção não resiste às evidências: as políticas socialistas de controle de preços e do câmbio e as expropriações de empresas produtivas estão jogando na miséria a Venezuela, outrora um dos países mais ricos da América Latina.









A espantosa “fronteira do desabastecimento”: um universo de decadência, crime e miséria. Numa palavra só: socialismo...




3 comentários:

  1. O presidente da Bolívia Evo Morales fez declarações preocupantes em relação ao Brasil, dizendo, que defenderá Dilma e o PT, em caso de um impeachment de Dilma. Ver a notícia.
    Morales vê risco de golpe de Estado no Brasil
    https://br.noticias.yahoo.com/morales-v%C3%AA-risco-golpe-estado-brasil-205206227.html

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  2. BOLIVIA Ameaça brasil de GUERRA se as forças armadas entrevirem no governo PETISTA
    https://youtu.be/4urwH5hhfI8

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  3. Olha que estranho "esse encrespamento" da Venezuela contra a Colômbia!
    Venezuela força colombianos a regressarem ao país natal
    https://youtu.be/icm7Gm8d6cc

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