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Estudantes desmaiam de fome no Liceu Augusto D'Aubeterre, cidade de Boca de Uchire, Venezuela |
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
O sistema educacional do “socialismo do século XXI” venezuelano fez o contrário do que prometeu enganosamente de um acesso massivo de crianças e adolescentes à educação.
A Assembleia Nacional com maioria de oposição declarou em 2018 a “Complexa Emergência Humanitária da Educação na Venezuela” reconhecendo a falta de apoio estatal, os baixos salários dos professores, à interferência dos sindicatos de tendência populista-comunista, o abandono escolar e à emigração dos maestros, entre outros muitos problemas degradantes.
A ditadura de Nicolás Maduro desconheceu o apelo. A queda é tão pronunciada que, para esconder a realidade, o regime não publica dados oficiais básicos desde 2015.
Desde 1997, o país não aceita qualquer avaliação internacional da aprendizagem e há uma década que não as faz a nível nacional.
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Professores pedem acertar os salários diante do Ministério na capital. |
Segundo a Federação Venezuelana de Professores, mais de 100 mil maestros deixaram o sistema educacional entre 2015 e 2020.
As infraestruturas escolares e serviços básicos caem aos pedaços, sendo que o “Diagnóstico da Educação Básica na Venezuela” estima que cerca de 69% das escolas na Venezuela apresentam graves deficiências ou vulnerabilidades.
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Escolas ensinam alunos a se protegerem de tiroteios |
E menciona tetos caídos e constantes infiltrações de umidades, toaletes inoperantes, falta de funcionários e acesso precário à água potável, gás doméstico e eletricidade...
Entretanto, o ditador Maduro é abençoado calorosamente pelo Papa Francisco no Vaticano e entusiasticamente defendido por vários presidentes sul-americanos de esquerda que partilham os mesmos objetivos.