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Órgão científico argentino desabona voto electrônico |
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
O Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (CONICET), órgão científico do governo argentino recomendou ao Ministério do Interior em documento oficial “não implementar” o voto eletrônico no país, nem “no curto e nem no mediano prazo”.
A instituição científica argentina contradisse a reforma eleitoral desejada pelo governo federal. Após grande vitória nas últimas eleições legislativas, o chefe de gabinete, Marcos Peña, exultou: “desejamos que esta seja a última eleição com boletim de papel”.
Por certo, historicamente, a votação com boletim de voto foi objeto de abusos. A presidente “bolivariana” Cristina Kirchner foi a mais recente e a mais destacada e ativa figura política nessas manipulações imorais.
Mas para os técnicos e cientistas argentinos a urna eletrônica é um instrumento ainda pior do ponto de vista da manipulação e seus resultados são ainda mais facilmente falsificáveis.
O relatório elaborado pelo CONICET recomendou mais sensatamente fomentar a educação moral e técnica dos responsáveis das mesas de voto.
Sem melhorar os “níveis de maturidade” moral não se pode pensar em “sistemas com a necessária qualidade particularmente nos quesitos de segurança e integridade”, observou.