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Estátua do “Che” repudiada na sua cidade natal |
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Enquanto a grande mídia internacional dedicava destacados espaços ao cinquentenário da morte do guerrilheiro marxista Ernesto “Che” Guevara, em Rosário, cidade natal dele, milhares de argentinos assinavam uma petição à prefeitura pedindo remover todos os sinais públicos do “legado assassino do comunismo e dessa figura”.
O abaixo-assinado visa especialmente um monumento público do líder subversivo de quatro metros de altura e 1,5 toneladas de peso. Para isso já coletou mais de 19.000 adesões.
Mas também pede à prefeitura de Rosário “que remova todos os monumentos e honras para essa figura” incluindo “uma placa na casa natal, uma pintura mural e um percurso turístico, a nomeação como cidadão ilustre, a dedicação em seu nome de um trecho de uma autoestrada, uma praça e um Centro de Estudos Latino-americanos municipal”.
Também julgam preocupante o anúncio de um selo comemorativo pelo Correio nacional e a dedicação a seu nome da aula magna da Faculdade de Medicina na Universidade Nacional de Rosário.
A “Fundación Bases” que promove o abaixo-assinado afirma que “o legado assassino do comunismo não merece homenagens oficiais de feitio partidário-ideológico financiadas com os impostos de todos os cidadãos”.
A iniciativa lembra que o guevarismo tem parte
- no assassinato de 10.723 pessoas pelo regime comunista cubano,
- em 78.000 mortes de fugitivos que tentaram fugir da ilha,
- em 14.000 mortes em intervenções militares no exterior,
- em 5.300 falecimentos, especialmente de anciãos e crianças, na rebelião de Escambray,
- na perseguição de intelectuais e dissidentes,
- nos 1.500.000 cubanos exilados, e
- nos 11.000.000 de cidadãos confinados na ilha desempregados em péssimas condições de vida e de saúde, com inúmeras mulheres se prostituindo para chegar ao fim do mês e completar no mercado negro as insuficientes rações alimentares distribuídas pela ditadura comunista.
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Estátua do “Che” em Rosário 19.000 argentinos pedem que seja removida |
Franco Martín López, um dos diretores da iniciativa disse a “La Nación” que “há uma imagem mítica construída em torno de Guevara baseada na desinformação. Se desconhece sua verdadeira herança e é tratado como uma figura de futebol”.
A “Fundación Bases” planejou uma campanha com outdoors nas ruas, mas as empresas de publicidade advertiram contra o perigo de atentados de militantes de esquerda.
“Esse tipo de intolerância e violência é a herança verdadeira do Che”, explicou o movimento.
A colheita de assinaturas irritou os movimentos de esquerda que proclamam sua solidariedade com Cuba. Esses tentaram denegrir a iniciativa difamando os promotores como “seita” paga pelo governo argentino.
O movimento peronista-bolivariano liderado por Cristina Kirchner não esconde sua simpatia pelo homicida comunista.
Mas está engajado em campanha eleitoral que não se anuncia favorável e não quer perder ainda mais votos desvendando sua simpatia pelo terrorista repudiado até na sua cidade natal.
Até que finalmente descortinam a verdade sobre esta figura tanto cinematográfica como criminosa.
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