segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Milhares de argentinos pedem tirar referências públicas ao “Che” Guevara

Estátua do “Che” repudiada na sua cidade natal
Estátua do “Che” repudiada na sua cidade natal 
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs





Enquanto a grande mídia internacional dedicava destacados espaços ao cinquentenário da morte do guerrilheiro marxista Ernesto “Che” Guevara, em Rosário, cidade natal dele, milhares de argentinos assinavam uma petição à prefeitura pedindo remover todos os sinais públicos do “legado assassino do comunismo e dessa figura”.

O abaixo-assinado visa especialmente um monumento público do líder subversivo de quatro metros de altura e 1,5 toneladas de peso. Para isso já coletou mais de 19.000 adesões.

Mas também pede à prefeitura de Rosário “que remova todos os monumentos e honras para essa figura” incluindo “uma placa na casa natal, uma pintura mural e um percurso turístico, a nomeação como cidadão ilustre, a dedicação em seu nome de um trecho de uma autoestrada, uma praça e um Centro de Estudos Latino-americanos municipal”.

Também julgam preocupante o anúncio de um selo comemorativo pelo Correio nacional e a dedicação a seu nome da aula magna da Faculdade de Medicina na Universidade Nacional de Rosário.

A “Fundación Bases” que promove o abaixo-assinado afirma que “o legado assassino do comunismo não merece homenagens oficiais de feitio partidário-ideológico financiadas com os impostos de todos os cidadãos”.



A iniciativa lembra que o guevarismo tem parte
  • no assassinato de 10.723 pessoas pelo regime comunista cubano, 
  • em 78.000 mortes de fugitivos que tentaram fugir da ilha, 
  • em 14.000 mortes em intervenções militares no exterior, 
  • em 5.300 falecimentos, especialmente de anciãos e crianças, na rebelião de Escambray, 
  • na perseguição de intelectuais e dissidentes, 
  • nos 1.500.000 cubanos exilados, e 
  • nos 11.000.000 de cidadãos confinados na ilha desempregados em péssimas condições de vida e de saúde, com inúmeras mulheres se prostituindo para chegar ao fim do mês e completar no mercado negro as insuficientes rações alimentares distribuídas pela ditadura comunista.

Estátua do Che em Rosário 19.000 argentinos pedem que seja removida
Estátua do “Che” em Rosário 19.000 argentinos pedem que seja removida
Acresce ainda, diz a Fundação, que o comunismo internacional promovido pelo “Che”, admirador de genocidas como Josef Stalin, é responsável de dezenas de milhões de vítimas cruelmente chacinadas, torturadas e confinadas em campos de trabalho forçado.

Franco Martín López, um dos diretores da iniciativa disse a “La Nación” que “há uma imagem mítica construída em torno de Guevara baseada na desinformação. Se desconhece sua verdadeira herança e é tratado como uma figura de futebol”.

A “Fundación Bases” planejou uma campanha com outdoors nas ruas, mas as empresas de publicidade advertiram contra o perigo de atentados de militantes de esquerda.

“Esse tipo de intolerância e violência é a herança verdadeira do Che”, explicou o movimento.

A colheita de assinaturas irritou os movimentos de esquerda que proclamam sua solidariedade com Cuba. Esses tentaram denegrir a iniciativa difamando os promotores como “seita” paga pelo governo argentino.

O movimento peronista-bolivariano liderado por Cristina Kirchner não esconde sua simpatia pelo homicida comunista.

Mas está engajado em campanha eleitoral que não se anuncia favorável e não quer perder ainda mais votos desvendando sua simpatia pelo terrorista repudiado até na sua cidade natal.


Um comentário:

  1. Até que finalmente descortinam a verdade sobre esta figura tanto cinematográfica como criminosa.

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