segunda-feira, 8 de junho de 2015

Havana sente as costas quentes para reprimir

Damas de Blanco pedem em Havana a libertação
de seus maridos prisioneiros políticos, 16.3.2015



“Nas últimas semanas, e especialmente nos últimos dias, estamos padecendo o enrijecimento da repressão em Cuba”, disse Orlando Gutierrez Boronat, do Directorio Democratico Cubano, uma organização de cubanos exilados que denuncia a multiplicação de modo “dramático” da repressão comunista na ilha, informou o site 20minutes.fr.

Num só dia domingo, as organizações livres de cubanos em Miami receberam o aviso de mais de cem encarceramentos de dissidentes e um recrudescimento das violências contra as casas dos opositores.

“Há uma relação direta entre a política de normalização das relações do regime castrista com os EUA e o reforço da repressão. Por quê? Porque o regime se sente impune”, explicou Gutiérrez.

Em Havana, o dissidente Elizardo Sánchez confirmou a captura “de uma centena de pessoas” simpatizantes da marcha das Damas de Blanco, um grupo de esposas de prisioneiros políticos formado em 2003. Como é costumeiro, os presos foram liberados algumas horas mais tarde, não sem antes receberem uma explícita ameaça.

As cenas da repressão se repetem, mas o regime sente as costas quentes.
As cenas da repressão se repetem, mas o regime sente as costas quentes.
O degelo entre o EUA e Cuba sob a égide do Papa Francisco não existe para quem não afina com o regime comunista.

A normalização passa pelos sinistros cárceres, mas foi reforçada pela visita do impopular presidente socialista francês François Hollande. Esses gestos diplomáticos foram interpretados pela ditadura como uma “luz verde para esmagar a oposição e receber investimentos estrangeiros”, explicou Orlando Gutierrez Boronat.

Por sua vez, a secretária de Estado americana para a América Latina, Roberta Jacobson, reconheceu diante da Comissão de Relações Exteriores do Senado que a questão dos direitos humanos e da democracia continuavam sendo o principal escolho para restabelecer relações sinceras e justas dos EUA com Cuba.

A perseguição anticatólica em Cuba se sente apoiada pela escalada da Teologia da Libertação no Vaticano, a qual vem inspirando a política de aproximação da Santa Sé com países comunistas ou ditaduras socialistas.


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