segunda-feira, 19 de maio de 2014

Crueldade e liberticidio
assomam no “Mais Médicos”

A Dra. Ramona Matos mostra pedido de refúgio no Brasil
Não ficou: tinha medo de ser deportada a Cuba

Os médicos cubanos Ramona Rodriguez e Ortélio Guerra, que abandonaram o “Mais Médicos” no Brasil, declaram que não lamentavam deixar o País.

Eles agora estão em Miami e querem trabalhar como assistentes ou técnicos em clínicas americanas, adaptando-se à nova realidade, segundo ouviu a “Folha de S.Paulo”.

Eles aceitaram postos inferiores na enfermagem, enquanto se preparam para revalidar seus títulos. Revalidação que não será fácil, considerando-se o abismo que separa o miserável sistema médico cubano e a exigente formação dos médicos nos EUA.

Mas, segundo Ramona, o esforço, vale a pena, pois no Brasil eles viviam na contínua insegurança de serem embarcados pela força para Cuba. “Minha primeira opção era os EUA. No Brasil, tinha medo de ser deportada”, disse ela à “Folha”.


“Aqui, acrescentou, não se pode trabalhar logo como médica, como no Brasil, porque é preciso revalidar o diploma. Mesmo assim foi uma opção melhor”.

O sofrimento de Ortélio Guerra era análogo: “No Brasil, eu não estava legal, não tinha residência permanente, então não poderia fazer o Revalida. Estava apenas com um contrato de trabalho, por meio do programa”. Estava à mercê do capricho dos chefes cubanos, como os escravos na Antiguidade.

“Aqui estou legal, mas tenho que atuar como assistente. Será um processo longo, mas vou estudar e tentar revalidar meu diploma”, explicou.

Os dois médicos obtiveram a tábua de salvação com que muitos de seus colegas sonham: o visto americano CMPP (Cuban Medical Professional Parole), programa para médicos que Cuba enviou em missões a outros países. O CMPP concede a residência permanente nos EUA.

Ramona obteve refúgio no gabinete do deputado federal Ronaldo Caiado, em Brasília, mas desconfiou, não perdeu tempo e obteve o CMPP na embaixada americana da capital federal em dois meses.

Guerra obteve o visto no consulado dos EUA em São Paulo, abandonou o Brasil em fevereiro e avisou aos colegas pelas redes sociais, de medo de ser interceptado no caminho.

Os dois sentem saudades do Brasil e dos amigos que deixaram. Assim que tirar a residência americana, com essa garantia de não ser preso e encaminhado a Cuba, Guerra quer voltar.

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Por sua vez, a revista “Isto é” denunciou mais uma cruel mazela resultante do caráter escravagista do plano “Mais Médicos”.

Cinco médicas cubanas teriam engravidado no Brasil e o governo castrista estaria exigindo sua volta para Cuba. Elas só poderiam ficar se matarem seus bebês, abortando-os.

De fato, se nascem no Brasil serão brasileiros e suas mães poderão também requerer a cidadania brasileira. Assim fugiriam da ditadura cubana de modo legal.

Porém, o aborto nessas circunstâncias é crime no Brasil.

Mais ainda, o acordo trabalhista Cuba-Brasil, que cria a Missão Médica Cubana no Brasil, é quem autoriza ou não o namoro das profissionais com homens não nascidos em Cuba.

Isso levanta mais um aspecto escravagista do programa. A legislação brasileira proíbe a discriminação de nacionalidades em relações de tipo matrimonial.

Crueldade e libertinagem estão indo de mãos dadas. Este é o rumo para o qual nos encaminham as esquerdas populistas.


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