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Campina Grande recebe a água do São Francisco. Pesadelo acaba e esperança para gerações futuras renasce |
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Após seis anos de seca, o açude Boqueirão, única fonte de abastecimento de Campina Grande (PB), registrava apenas 2,9% de sua capacidade.
Foi o nível mais baixo desde a inauguração, em 1957, escreveu a “Folha de S.Paulo”.
“Só tinha água duas vezes por semana. Enchia uns bocados de baldinho, porque não podia comprar a caixa-d’água”, lembra a pensionista Teresinha Peres, 77, citada pelo quotidiano paulistano.
“E cheirava horrível, tinha um mau gosto”, acrescentou Teresinha.
À beira do abismo, em abril de 2017 a água do São Francisco começou a encher o Boqueirão. Não havia plano B, escreve o jornal.
“É quase impossível imaginar o atendimento de Campina Grande com carro-pipa”, diz Ronaldo Meneses, gerente regional da Cagepa (Companhia de Água e Esgotos da Paraíba).
“Teria sido o caos. A transposição chegou no momento do quase colapso”, acrescentou.