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Patagônia argentina em emergência de incêndio |
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista, conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
O grupo Resistência Ancestral Mapuche (RAM) foi declarado na Argentina “organização terrorista” e lhe foi revogado, por meio de decreto no Diário Oficial, a transferência de milhares de hectares de terras em Mendoza, informou o jornal portenho “Clarín”.
“A RAM foi declarada uma organização terrorista. O Ministério da Segurança já está trabalhando no arquivo”, disse o porta-voz presidencial Manuel Adorni em Buenos Aires.
O líder do grupo subversivo, Jones Huala, que diz ser índio ‘mapuche’ assumiu a responsabilidade pelos incêndios florestais provocados na Patagônia apelando a sofismas ecologistas.
O porta-voz do governo Manuel Adorni enfatizou que as declarações de Jones Huala, “retratam o inimigo em sua totalidade”.
A ministra da Segurança, Patrícia Bullrich, introduziu o pedido de declarar o RAM organização terrorista e formalizou uma queixa criminal contra o homem que se diz ‘líder mapuche’.
Jones Huala já fora preso por tentar roubar carros, mas foi liberado por um juiz ideologicamente engajado.
Apenas solto “reivindicou a responsabilidade pela luta armada e pelos ataques cometidos contra indivíduos, bem como pelos incêndios que destruíram propriedades e custaram a vida de um cidadão na área de El Bolsón e Epuyén”, disse a ministra.
A decisão oficial entusiasmou aos habitantes da bela região que, durante o governo peronista do “socialismo do século XXI” vivia sob invasões, crimes e incêndios provocados nas vastas florestas patagônicas povoadas de espécies arbóreas únicas.
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Incêndios florestais provocados por indigenistas em El Bolsón |
O chefe do Instituto Nacional de Assuntos Indígenas (INAI), Claudio Avruj – um análogo da FUNAI – elogiou a decisão do governo.
Jonas Huala vivia fora da lei, disse Avruj, e a população mapuche não partilhava em nada suas violências tendo se integrado no progresso geral da região. Ele não os representava e lhes causava danos.
“Os territórios que estavam nas mãos dos terroristas estão de volta nas mãos dos argentinos.
“Além disso, o programa de fortalecimento comunitário que permitia que aqueles que se disfarçavam de indígenas contatassem advogados para representá-los em conflitos foi cancelado”, disse o porta voz Adorni.
O Instituto Nacional de Assuntos Indígenas (INAI) reconheceu a inconstitucionalidade e nulidade das reservas criadas pelo governo socialista-peronista e aprovou sua extinção.
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Indigenistas pegos pela polícia ateando incêndios |
Ativistas de diversas organizações sociais foram até a delegacia para exigir a libertação dos suspeitos, após o governador, Alberto Weretilneck, confirmar as prisões.
Mas homens de campo a cavalo e moradores da cidade, verdadeiros trabalhadores rurais ou pequenos comerciantes partiram para dispersar os cúmplices do crime que mantêm a população aterrorizada.
Os homens de campo a cavalo exibiam ostensivamente chicotes e lançavam seus cavalos sobre os agitadores, com um intuito psicológico sem causar feridos.
Uma mulher que engrossava a agitação clamava “A Pachamama está conosco”, tal vez em referência ao culto pagão indigenista promovido pelo Papa Francisco I em Roma.
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Populares dispersaram a cavalo agitadores diante da delegacia |
Identificados os estranhos foram detidos com suspeita de levarem combustíveis para atear o fogo e foram colocados à disposição do Ministério Público. O promotor Francisco Arrien deixou a porta aberta para “novas prisões”.
Os governadores de Chubut, Ignacio Torres, e de Río Negro confirmaram que os incêndios declarados nas cidades de Epuyén e El Bolsón foram intencionais.