segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Venezuela: o país em que foi esmagada a propriedade privada

Sem propriedade nem iniciativa privada a Venezuela foi jogada num empobrecimento brusco
Sem propriedade nem iniciativa privada
a Venezuela foi jogada num empobrecimento brusco
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






“Desde siderúrgicas até fábricas de sorvetes, prédios, casas, quase todas as propriedades agrícolas, etc., foram desapropriados.

“Todas essas propriedades nas mãos do Estado faliram em muito pouco tempo e a maioria fechou ou foi subsidiada pelas receitas do petróleo”, afirma o economista venezuelano José Noguera.

“Em 2004, cerca de 20 mil trabalhadores da indústria petrolífera foram despedidos por falta de lealdade à revolução bolivariana”, acrescenta Noguera.

A produção diminuiu de 3,5 milhões de barris por dia para 650 mil hoje, e a economia ficou insustentável e sob Maduro entrou numa crise sem precedentes.

A corrupção sistêmica, a agressiva nacionalização de empresas e de controle cambial levou à falência da Petróleos de Venezuela (PDVSA).

O desequilíbrio monetário e fiscal deu uma inflação de incontáveis números de zeros a cada ano.

O país mais rico do continente agora vive na fome (excetuados os membros do regime ditatorial)
O país mais rico do continente agora vive na fome
(excetuados os membros do regime ditatorial)
Maduro empreendeu um regresso silencioso à economia de mercado para estabilizar o país, cessou o discurso contra o capital e a “burguesia” deixou de ser responsabilizada.

Também o Banco Central da Venezuela voltou a publicar informações sobre as finanças do país, mas de forma seletiva e filtrada,.

A inflação em 2023 foi de 193%, inferior ao aos 305% de 2022. Mas não há nenhuma segurança jurídica para o capital.

“A principal receita do país provém da exploração do ouro, que está nas mãos do Irã e do tráfico de droga”, afirma o economista venezuelano José Noguera.