segunda-feira, 10 de julho de 2017

Monumento a Colombo ou a índio
diante da Casa Rosada?

Monumento a Cristóvão Colombo em Buenos Aires
encolerizou Hugo Chávez:
“O que faz ali esse genocida? Ali temos que pôr um índio”
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs





Nos jardins defronte a Casa Rosada brilhava um belo conjunto escultórico em mármore de Carrara, dedicado ao descobridor da América Cristóvão Colombo.

A artística obra, de 623 toneladas e 26 metros de altura, foi doada em 1921 pela comunidade italiana imigrante. Entalhada na Itália, foi montada em arquitetônica perspectiva entre o palácio presidencial e o Rio da Prata.

Porém, ao vê-la em 2011, o falecido ex-presidente Hugo Chávez exclamou encolerizado:

“O que faz ali esse genocida? Colombo foi o chefe de uma invasão que provocou não um morticínio, mas um genocídio. Ali temos que pôr um índio”, noticiou “Clarín”.

Chávez não disse nenhuma insolência nova. Apenas repetiu um chavão da Teologia da Libertação martelado insistentemente por grupos subversivos contrários às missões católicas e à civilização, como o CIMI brasileiro.

Então no poder, o casal Kirchner, sempre ufano de seu nacionalismo, caiu de joelhos diante da imposição ideológica do ditador comunistoide da Venezuela.

Foram procurar o índio e não o acharam. Escolheram então uma revolucionária que respondia pelo nome de Juana Azurduy de Padilla, para lhe dedicar uma estátua em substituição à de Colombo.



Juana Azurduy, a "india" que substituiu Colombo foi uma rica dama, mas a vulgaridade a transformou nisto por um milhão de dólares.
A "india" que substituiu Colombo foi uma rica dama,
que a vulgaridade transformou nisto por um milhão de dólares.
A inauguração da nova estátua aconteceu não sem polêmica em 15 de julho de 2015, na presença do presidente da Bolívia, Evo Morales, que doou um milhão de dólares para a sua confecção.

Os argentinos ficaram então sabendo que Juana Azurduy de Padilla, segundo a saga esquerdista, fora uma heroína boliviana, “símbolo das mulheres que lutaram pela emancipação do vice-reinado do Rio da Prata”.

Era a “índia” procurada, julgaram todos!

Poucos, entretanto, sabiam que se tratava de uma aristocrática dama que professava os erros vindos de Paris e que estiveram na base da Revolução Francesa. Com suas riquezas, ela acolheu em suas fazendas um exército revolucionário proveniente da Argentina que invadiu a atual Bolívia.

Mas o ódio bolivariano e católico-comunista contra a evangelização de América prevaleceu por cima de qualquer verdade histórica.

Não passou um ano da solene inauguração quando a Comisión Nacional de Museos y de Monumentos não somente constatou que a milionária estátua não era devotada à índia, como também que estava caindo aos pedaços.

A Comissão constatou falhas estruturais nos encaixes, péssima qualidade dos materiais, corrosão e degradação das partes que se esmigalhavam na intempérie, riscos de desabar a má estrutura de 25 toneladas de massa e nove metros de altura.

O monumento populista logo deu sinais de desmanchar.
Foi desmontado antes de desabar. Mais uma realização populista-socialista!
O monstrengo acabou sendo removido aos pedaços e a praça recuperada com um novo espelho de água.

Por sua vez, o monumento de Colombo foi restaurado e ganhou uma localização prestigiosa junto ao Rio da Prata.

O ridículo do ódio igualitário populista-nacionalista contra a evangelização e a civilização de nosso continente, nas quais Colombo foi um instrumento providencial, ficou para sempre registrado na História.

Ódio esse associado visceralmente ao mau gosto, à chulice e torpe extravagância das realizações das esquerdas populistas.



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