terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Retrospectiva 2014: Teologia da Libertação se instala no Vaticano

Francisco I concede entrevista ao jornal La Nación de Buenos Aires, em dezembro
Francisco I concede entrevista ao jornal La Nación de Buenos Aires

(Excertos de “2014: Na orla da III Guerra Mundial?” publicado na revista CATOLICISMO, janeiro de 2015, http://catolicismo.com.br/)

Após o Papa Bergoglio receber João Pedro Stédile, líder do MST, em dezembro de 2013, “o padre peruano Gustavo Gutiérrez Merino, fundador da Teologia da Libertação, foi recebido como herói no Vaticano” em fevereiro de 2014 (Exame, 25-2-14).

Pe Miguel D´Escoto oficia missa após levantamento de sanções
e faz apologia de Fidel: “é por meio de Fidel Castro que
o Espírito Santo nos transmite a mensagem de Jesus”

Na ocasião, ele lançou um dos livros de que foi co-autor juntamente com o cardeal Gerhard Müller, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.

Em agosto, o Papa Francisco revogou a suspensão a divinis do “teólogo da libertação” marxista Miguel D’Escoto, que continua sendo membro do governo sandinista da Nicarágua, razão pela qual fora condenado.

O sacerdote retribuiu o gesto dizendo que “é por meio de Fidel Castro que o Espírito Santo nos transmite a mensagem de Jesus [a respeito] da necessidade de lutar para estabelecer firme e irreversivelmente o reino de Deus nesta terra, que é a sua alternativa ao império” (terra.com.br, 6-8-14).

Pe Gustavo Gutiérrez. Caindo de velha a TL
encontrou as portas abertas de par em par no Vaticano
D’Escoto disse ainda que a “mensagem de Jesus” é “a luta pela igualdade, pela solidariedade e pela paz. Em uma Igreja imperial, antes de tudo o cristão tem que ser anti-imperialista e anticapitalista” (ACI, 4-8-14).

Nos dias 27 a 29 de outubro, o Vaticano patrocinou o “Encontro Mundial de Movimentos Populares”, com a participação de mais de uma centena de representantes de organizações revolucionárias de 80 países.

Fazendo uso da palavra, o líder do MST, João Pedro Stédile, afirmou: “Nós, marxistas, lutamos junto com o papa para parar o diabo. O capital financeiro, os bancos, as grandes multinacionais. Os ‘inimigos do povo’ são esses. Como diria o papa, esse é o diabo”.

Leonardo Boff, nem frei, nem católico, mas teólogo do panteísmo cósmico. Foi convidado a colaborar nova encíclica ambientalista de Papa Bergoglio
Leonardo Boff, nem frei, nem católico,
mas teólogo do panteísmo cósmico.
Foi convidado a colaborar em
encíclica ambientalista do Papa Bergoglio
E prosseguiu: “O papa deu uma grande contribuição, com um documento irrepreensível, mais à esquerda do que muitos de nós”, acrescentou, referindo-se ao discurso do Pontífice para os revolucionários ali reunidos (ihu.unisinos.br, 4-11-14).

O Pontífice exortou os participantes do Encontro à luta. E, entre muitas censuras à economia ocidental baseada na propriedade privada e na livre iniciativa, disse: “É estranho, mas se falo disso para alguns significa que o Papa é comunista” (vatican.va, 28-10-14).

Em 17 de dezembro, Barack Obama e Raúl Castro anunciaram simultaneamente o reatamento das relações diplomáticas, o levantamento das sanções econômicas e o fim do bloqueio militar americano a Cuba.

Os chefes dessas nações agradeceram o papel de Papa Francisco e da política vaticana para a obtenção desse acordo que beneficia o regime castrista.


3 comentários:

  1. Não pode ser isso!
    Tem que haver outra interpretação.
    Concordo que fica confuso.
    O Divino Espírito Santo assiste ao Papa.
    O próprio Papa deveria explicar.

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  2. Deus dizendo "vai fidel, fuzila"? Algo está mal...

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